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Mediunidade e Médiuns

Mediunidade e Médiuns

Um grande número de indivíduos procura o Centro Espírita com um diagnóstico
próprio ou de terceiros, afirmando que a mediunidade está atrapalhando suas
vidas e lhes causando sérios problemas. Desfilam queixas e lamentações sem
nenhum cabimento asseverando uns que se fosse para libertá-los dos vexames,
estariam prontos para iniciar o desenvolvimento da faculdade de que se dizem
portadores; outros, todavia, numa atitude irreverente, preferem solicitar pura e
simplesmente uma fórmula milagrosa, a fim de se livrarem, segundo eles, dessa
doença que lhes está a impingir sofrimentos injustos. Terminam, via de regra,
com a seguinte frase: ” Nunca pedi a Deus tal faculdade”...

Torna-se necessário esclarecer de imediato que a mediunidade nunca foi fator
de desditas e nem tampouco, o querer desenvolvê-la ou deixar de fazê-lo que
propiciará a alguém liberar-se dos compromissos pessoais assumidos no âmbito
moral-espiritual. Para que fique bem claro, a faculdade medianímica é o meio, um
instrumento de trabalho, capaz de produzir quando utilizada para o bem do
semelhante sem qualquer interesse preconcebido, o ressarcimento de pesados
débitos do Espírito encarnado catalogados na contabilidade Divina.

Todos os males que assinalam os indivíduos têm suas matrizes no cerne da
alma. As realizações positivas ou negativas estão impressas na tecelagem sutil
do perispírito. Alí se encontram os registros da boa ou má utilização que se
fazem dos patrimônios que a Vida nos concede. O mau uso desses valores fica
regido pelas conseqüências dos atos do homem, obrigando-o, para efeito de
reeducação, a ser o seu próprio herdeiro. Daí, o conceito espírita de que
ninguém sofre injustamente, nem por imposição da Divindade.

Portanto, esses que se fazem passar hoje, como vítimas, são facilmente
identificados, embora estejam numa nova indumentária carnal. Como a
individualidade não se destrói na sepultura, eles retornam ao palco da vida
física com a finalidade de se submeterem ao impositivo do progresso. São os
trânsfugas da Lei Divina, procurando fugir de si mesmos, atormentados por um
passado culposo e um presente vazio de realizações na prática do bem.
Injustamente transferem para a mediunidade o motivo das suas frustrações e
infelicidades. . .

Pergunta-se, então: são todos, os que assim sofrem, realmente médiuns, na
acepção exata da palavra?Precisam desenvolver de pronto a faculdade que existe
latente em todos eles?Obviamente, a resposta é uma negativa. A maioria desses
indivíduos é constituída de almas acicatadas por profundas ulcerações morais.
Portadores de doenças espirituais, necessitados de tratamento a longo curso, mas
que se resolvessem beber a água lustral do Evangelho de Jesus, encontrariam a
cura antecipada para os sofrimentos atuais. No entanto, uma parcela deles,
possui a mediunidade aflorando e precisa desenvolvê-la, tornando-se instrumento
maleável nas mãos dos Instrutores Espirituais. Por falta de definição com
respeito aos compromissos assumidos no Mundo Espiritual para o labor em
beneficio dos sofredores da Erraticidade, são presas fáceis, nas mãos dos
Espíritos inferiores, com os quais sintonizam, acarretando-lhes distúrbios
emocionais de vária ordem, inclusive obsessões pertinazes de caráter complexo.

Como atendê-los, porém?Em ambos os casos são dadas orientações para o estudo
sistemático das obras da Codificação Kardequiana, a freqüência às reuniões
doutrinárias, recebendo o benefício do passe e da água fluidificada. Esta é a
fase de desintoxicação dos fluidos grosseiros a que estão habituados, causa das
chamadas doenças enigmáticas. Conforme a disposição de cada um é o interesse que
demonstrem em se renovarem moral-espiritualmente, começam a sentir depois de
algum tempo os efeitos salutares da terapêutica recomendada, com reflexos
imediatos no psiquismo e na saúde física.

Para efeito de uma melhor aclimatação aos hábitos novos que deverão adquirir,
hão que encontrar tempo para o estudo e ensejo para as reflexões necessárias.
Como conseqüência de uma nova ordem de idéias de que vão tomando conhecimento, o
melhor seria um convivências na Casa Espírita por um período mínimo de dois
anos.

Em seguida, por uma deliberação espontânea solicitar permissão para ingressar
no grupo mediúnico de desenvolvimento e posteriormente de desobsessão.

Naturalmente que a decisão final neste particular ficará a cargo dos Mentores
Espirituais ou então dos dirigentes encarnados que procurarão selecionar os
necessitados de tratamentos específicos e também os que reunam as melhores
predisposições para esse trabalho de grande responsabilidade, exigindo de cada
participante desejo de servir sem exigências, disciplina, e, sobretudo,
pontualidade na freqüência.

Revista Presença Espírita.

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