A lei moral sinaliza ao ser humano o que deve ou não fazer, e ele só é infeliz
quando dela se afasta. ela é a diretriz verdadeira para a felicidade do homem.
O dever é responsabilidade no conjunto das determinações da lei moral, a regra
pela qual o homem deve conduzir-se primeiro consigo e depois em conseqüência com
seus semelhantes.
O dever inspira os grandes sacrifícios, os puros devotamentos, os grandes entusiasmos.
Ele não é idêntico para todos, variando de acordo com o grau evolutivo de cada
um.
Quanto mais a criatura se eleva, mais percebe sua grandeza, majestade, extensão
e o seu exercício torna-se agradável, pois, produz alegrias íntimas, sem igual.
Os Espíritos Superiores têm profundamente arraigados em si o sentimento do dever.
Sem esforços seguem o seu próprio caminho. Para eles o dever é situação de todos
os momentos, a condição indispensável da existência.
Por mais obscura que seja uma criatura, por mais humilde que pareça a sua sorte,
o dever cumprido enobrece sua vida, esclarecendo a razão e fortalecendo a alma.
Ele dá a calma interior, serenidade de espírito, mais preciosa que todos os bens
da Terra, e que podemos experimentar mesmo estando em meio a grandes provações e
infortúnios.
Na ordem dos sentimentos o dever é, às vezes, difícil de ser cumprindo, porque
se encontra em oposição às seduções do interesse, O dever íntimo do homem está confiado
ao seu livre-arbítrio, por isso, a consciência o adverte e sustenta, mas ele muitas
vezes fraqueja diante dos enganos da paixão, entretanto esse dever quando com responsabilidade
, eleva o homem.
Mas como determinar com exatidão? Saber onde começa, e onde acaba o dever?
Começará precisamente no ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranqüilidade
do nosso próximo, e termina no limite que não desejaríamos ver transposto em relação
a nós.
O homem deve amar o dever, não apenas porque ele o livra de males maiores na
vida, e dos quais a Humanidade não está isenta, mas porque transmite ao Espírito
o fortalecimento necessário para que possa progredir.
Dever não tem limites e o homem que cumpre o seu dever ama a Deus acima de todas
as criaturas, e as criaturas mais que a si mesmo, e ao fim de cada dia pode dizer:
hoje consegui vencer-me, assisti, consolei, esclareci meus irmãos, cumpri o meu
dever!
Bibliografia:
- Depois da Morte – Léon Denis – cap. XLIII
- O Evangelho Segundo o Espiritismo – A. Kardec – cap. XVII, item 7
(Jornal Verdade e Luz Nº 188 de Setembro de 2001)
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