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O Divórcio face a Moral Cristã

O Divórcio face a Moral Cristã

Naquele tempo, entre os judeus, era permitido ao homem repudiar sua mulher
sob os mais fúteis pretextos.

Eis, na íntegra, o texto do Velho Testamento que regulava o assunto:

“Se um homem tomar uma mulher, e a tiver consigo, e ela não for agradável a
seus olhos por causa de alguma fealdade, fará um escrito de repúdio, lho dará na
mão, e a despedirá de sua casa.

“E se ele, depois de Ter saído, casar-se com outro e este também a aborrecer,
e lhe der escrito de repúdio, e a despedir de sua casa, ou se ele veio a morrer,
não poderá o primeiro marido tornar a tomá-la por mulher, porque ela ficou
poluta e fez-se abominável diante do Senhor.” (Deuteronômio, 24:1-4.)

Como se vê, o que se exigia do homem, a esse respeito, era apenas que desse à
esposa repudiada carta de divórcio, para que pudesse casar-se com outro marido,
ou enviuvasse.

Em virtude de tais facilidades, os divórcios ocorriam com muita freqüência,
tornando assaz precária a estabilidade da família, enquanto o grande número de
mulheres repudiadas fazia que o meretrício proliferasse em larga escala,
originando-se desse estado de coisas um gravíssimo problema social.

Jesus, modificando os preceitos da Lei mosaica, só admite um motivo justo
para a quebra dos vínculos matrimoniais: a prostituição.

Nega, assim, tanto ao homem como à mulher, o direito ao divórcio, por
“incompatibilidade de gênios” ou outras “causas” de menor peso, comumente
invocadas para justificá-lo, causas que mal encobrem o desejo impuro de
experimentar novas sensações, através de diferentes uniões, ou evidenciam
ausência completa de paciência e boa-vontade para suportar as falhas do outro
cônjuge.

Sendo o casamento uma instituição divina, destinada, não só à conservação da
Humanidade, como também a oferecer aos espíritos, que se unem no grupo familiar,
apoio recíproco para suportarem as provas da existência, deve ser resguardado e
protegido contra os germes da dissolução, quais os desquites e divórcios que,
ainda hoje, são obtidos por qualquer razão, ou mesmo sem razão nenhuma.

A Doutrina Espírita esclarece-nos, a respeito dessa seríssima questão, que,
não raro, espíritos inimizados em encarnações pregressas são ligados pelos laços
do matrimônio para que, nesta nova relação, mediante as vicissitudes e as lutas
a serem enfrentadas lado a lado, possam vencer o ódio que os separava,
reconciliem-se e tornem-se, afinal, bons amigos.

Isto posto, a separação de cônjuges desajustados só serve para interromper o
processo de harmonização entre ambos (que precisará ser reiniciado em existência
próxima), retardando o aperfeiçoamento de suas almas e, conseqüentemente, sua
felicidade futura.

“Não separe, pois, o homem o que Deus ajuntou.” (Mateus, 19:6.)

(Do Livro “O Sermão da Montanha” – Pág. 81)

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