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O Poder da Oração

O Poder da Oração

O homem tem estado vivendo internamente em profunda escuridão e decepção. Sua
mente, canal ,maior de exploração das verdades e do mundo invisível, só tomou
conhecimento do mundo espiritual com o advento do espiritismo.

Agora, já sabemos disso, já sabemos que a vida é perene e não se finda com a
caída do corpo ao chão, mas continua bela e exuberante em sua essência. Difícil
tem sido para a humanidade aceitar algumas idéias espiritualistas com referencia
a vida após a morte, mas que é uma das maiores certezas que temos na existência
a famosa e ainda para alguns “misteriosa”, morte.

E com esse receio, alguns se afastam de nossa realidade mais íntima,
realidade espiritual. Vamos com isso, nos apegando a cada dia, ainda mais, as
preocupações terrenas e nos olvidando das incorruptíveis, as espirituais. E com
tudo isso, as dificuldades do dia-dia, problemas emocionais, flagelos do medo e
receio, pavor da morte, o homem em meio de tantos desafios, esmorece e
esquece-se de recursos simples, mas que podem fazer e fazem a diferença.

A prece, por exemplo, sendo ela um dos principais instrumentos que conduz ao
esclarecimento e a iluminação, não é utilizada largamente, como deveria.

Se para alguns as realidades espirituais parece ser coisa inatingível, com a
prece não acontece o mesmo, visto que qualquer pessoa independente de concepção
religiosa, pode evocar a prece que mais gosta e entrar em sintonia com Deus.
Ainda que simples, mas mister se faz ser de coração.

Certa feita, nos foi dito que o tempo é questão de preferência e de fato,
concordamos com a seguinte opinião, pois diariamente os afazeres tais como:
dinheiro, preocupação demasiadas, intrigas e etc., nos afastam de nossos
horizontes e estão em maior cotação que o próprio caminho espiritual de
libertação, do qual a prece, a simples prece, é o portal.

A questão da prece é tão importante que o Dr. Sang Lee, médico, autor de
livros, teria comprovado, regenerações celulares, já desenganadas por outros
médicos, através do eficiente tratamento médico e orações, momento em que se
reunia com os enfermos e faziam juntos orações em prol de suas curas, tendo
logrado êxito em várias experiências como essa, tudo isso citado didaticamente
em seu livro Saúde, novo estilo de vida.

Sem a oração, dificultamos o nosso maior aliado no fortalecimento de nossas
defesas orgânicas – a esperança. Quando a esperança nos abandona, tornamos
extremamente difícil a produção de qualquer substância orgânica que nos faça
fortalecer nosso corpo, nossas células.

A esperança faz toda a diferença. Todos precisamos de esperança para
prosseguir na luta pela vida e por mais saúde, ou recuperação dela. A esperança,
porém, pode ser exercitada, comecemos mudando nosso modo de ver as coisas,
acreditando que há uma causa que deságüe sempre numa conseqüência, e que nada na
vida é por acaso, para tudo existe uma explicação e que Deus nos ama, e quer que
possamos ser felizes.

A falta de perspectiva, ou a falta de esperança, abate nossas forças minando
nossa coragem de viver, fazendo-nos doentes.

O poder da prece exerce modificações substanciais e profundas nas situações
de fraqueza emocional que muitas das vezes nos torna criaturas sempre
pessimistas. Quando oramos abrimos possibilidades para que a luz se faça perene
em nosso derredor e possibilitamos receptividade para que Deus, através de seus
emissários nos auxilie e nos fortaleça. Neste caso a prece abre cominhos mentais
e espirituais para o caminho mais direto da redenção. Um único e mínimo ponto de
luz que façamos já é bastante suficiente para destruir ou minorizar as
impregnações de desanimo, depressão, desilusão e as forças contrárias, que não
nos desejam a felicidade, afastando de nós os sentimentos muitas vezes
alimentados também por focas exteriores, de vingança, ódio e ressentimento.

É importante que busquemos a prece em nossa prática diária, pois nos
beneficiaremos quando orarmos e também quando alguém ora por nós.

O que nos falta é hábito de fazermos essa prática todos os dias, então agora
façamos uma análise de nosso cotidiano e sem mentiras, vamos ver o que estamos
fazendo dele, como estamos vivendo, estamos de fato resguardando um tempo para
nossa prece, meditação que tanto precisamos.

O bem é a nosso favor, não fosse assim, Deus não seria Pai, mas Ele é, então
se temos esses recursos de refazimento e alegria ao nosso alcance, o que nos
falta para usá-lo. Não precisamos de palavras eloqüentes, pois o Próprio Jesus,
nos legou ensinamentos sobre a singeleza da prece e que “ela deveria ser feita
de portas fechadas, tu e teu Pai que esta no Céu”, o que nos acrescenta, que não
precisamos fazer a prece gritando para outros ouvirem, basta que a façamos de
coração limpo e sincero.

Pela prece o homem atrai o concurso dos bons Espíritos, que vêm sustentá-lo
nas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Assim, adquire ele a força
necessária para vencer as dificuldades e entrar no bom caminho, se deste se
houver afastado. Também assim, desviará de si os males que por sua culpa
atraísse.

Por exemplo: um homem vê a sua saúde arruinada pelos excessos cometidos e
arrasta, até ao fim de seus dias, uma vida de sofrimentos. Terá razão de se
queixar quando não alcançar a cura? Não, porque pela prece poderia ter obtido
força para resistir às más tentações.

Separando-se os males da vida em duas partes, uma formada pelas tribulações
que o homem não pode evitar e a outra pelas que lhe causam sua incúria e
excessos, ver-se-á que esta excede de muito àquela.

Torna-se, pois, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas
aflições, e que as evitaria se sempre agisse com prudência e acerto.

É igualmente real que essas misérias resultam de infringirmos as leis de
Deus, e que, se as observássemos, fielmente, seríamos perfeitamente felizes. Se
não excedêssemos o limite do necessário na satisfação das nossas necessidades,
evitaríamos as enfermidades que são a conseqüência dos excessos, e as
vicissitudes a que essas moléstias nos arrastam; se limitássemos as nossas
ambições, não teríamos a ruína; se não quiséssemos subir além do que podemos,
não teríamos a queda; se fôssemos humildes, não passaríamos pela decepção de ver
abatido o nosso orgulho; se praticássemos a lei da caridade, não seríamos
mendigos, nem invejosos, ou ciumentos; evitaríamos as questiúnculas e as
dissensões; se não fizéssemos mal aos outros, não recearíamos as vinganças, etc.

Admitindo que o homem nada possa contra os outros males, e que a prece seja
ineficaz para deles preservá-lo, já não será bastante que possa libertar-se de
todos os que provêm de si mesmo? Ora, aqui a ação da prece se concebe
facilmente, pois tem por fim obter a inspiração salutar dos bons Espíritos e a
força para resistir aos maus pensamentos, cuja execução pode ser funesta. Neste
caso, não é o mal que eles desviam, mas o nosso mau pensamento que, aliás, nos
pode causar grande mal; não embaraçam, em coisa alguma, os decretos de Deus; não
suspendem o curso das leis da Natureza; apenas impedem que infrinjamos essas
leis dirigindo o nosso livre-arbítrio. Mas fazem-no sem que o saibamos, de modo
oculto, para não nos tolher a vontade.

O homem ficará, então, na posição de quem solicita bons conselhos e os põe em
prática, mas conservando sempre a liberdade de os seguir ou não. Deus assim o
quer para que o homem tenha responsabilidade dos seus atos e para lhe deixar o
mérito da escolha entre o bem e o mal. Isso, o homem pode ter a certeza de obter
sempre, se pede com fervor. A esse caso é que se aplicam estas palavras do
Evangelho: «Pedi e obtereis.»