Considero perfeitamente natural a busca por mensagens dos entes queridos que nos precederam na grande viagem de retorno ao mundos dos Espíritos. Quem ama quer saber como, onde e com quem está.
E como a interação entre as vidas, a de lá e a de cá é constante, claro que se torna possível, por via mediúnica, a comunicação com nossos entes queridos.
Portanto, basta que algum afeto desencarne para as buscas por notícias tornarem-se objeto de cogitação por parte dos profitentes das mais diversas religiões.
Normal que procurem o centro espírita, afinal, somos nós os defensores e divulgadores da imortalidade da alma.
Mesmo pessoas mais intransigentes acabam, não raro, curvando-se quando experimentam a dor da morte em suas famílias e vão ao centro.
É que enquanto as outras religiões param no túmulo o Espiritismo adentra esse universo do além.
Em face disto tenho visto e recebido muita gente que chega ao centro espírita ávida por notícias de seus familiares. Entretanto, como dissemos há pouco, embora seja possível a comunicação vale salientar que isto não é a principal função do Espiritismo.
Então, não vai aqui nenhuma crítica a médiuns que se dedicam a este belo trabalho que, claro, é válido e importante, porém, não é o “prato principal do Espiritismo.
Aliás, assim como não é o prato principal tantas outras coisas, como, por exemplos, o passe, o trabalho na mediunidade, a promoção social.
É preciso distinguir o importante do principal.
A função principal do Espiritismo não é produzir cartas psicografadas ou contatos com os entes queridos que já se foram. Isso ocorre por acréscimo da misericórdia de Deus.
A função principal do Espiritismo não é aplicar passes. Isso ocorre para mostrar que há ferramentas que nos possibilitam um processo de reernegização.
A função principal do Espiritismo não é abrir campo para trabalharmos na mediunidade. Isso ocorre para dar-nos emprego no campo do bem.
Em suma, a função principal do Espiritismo é promover a educação moral do indivíduo, educar a mente humana e sensibilizar o seu coração direcionando-o à caridade para consigo mesmo e depois ao próximo.