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Obsessão e Divórcio

Obsessão e Divórcio

E não temos livre-arbítrio? – Perguntarão os opositores à tese obsessiva. Não
o estamos negando. Aliás, essa liberdade de escolha pode representar, em si, o
acolhimento de sugestões do mundo invisível ou, após a decisão tomada, a
sintonia com os que nos são afins. A autonomia absoluta é praticamente nula.
Positivo será então se optarmos pela boa influência…

Entretanto, todo esse preâmbulo visa alertar para o fato de que a
interferência extra-física existe nos mínimos detalhes da vida. E nesse ponto,
desejamos nos deter quanto ao divórcio.

Se os consortes devem, antes de decidir pela separação, avaliar todos os
fatores de ordem psicológica; fazer o balanço daquilo que foi construtivo ou não
no relacionamento, também deverão analisar se suas escolhas não estão sendo
movidas por influências de Espíritos que desejam vê-los infelizes. Qual o
interesse dessas entidades nisso? Ora, há seres no mundo invisível ainda ligados
pelos laços reencarnatórios do erro e do ódio às criaturas humanas que pelejarão
por separar o casal, a fim de atingir outros objetivos.

É imensa a lista de casos relatados pelos mais diversos médiuns que notaram
entidades vingativas acompanhando os cônjuges que atendiam. Divaldo Franco, por
exemplo, cita o caso de uma senhora traída pelo marido que se viu envolvida no
desejo de suicídio. Indo em busca do médium após ler-lhe uma mensagem (daquelas
que se distribuem nos centros), descobriu a influência de um Espírito que
promovia a situação. Atualmente o casal está recuperado e o obsessor renasceu
como filho. E se esse casal tivesse se fechado na idéia de que a decisão pelo
divórcio era exclusivamente sua…

Mas quais seriam os sinais precisos para entender se os consortes estão ou
não sendo obsidiados? Antes de relacionarmos alguns apontamentos nesse sentido é
necessário uma disposição imprescindível: humildade de ambas as partes.

A influência é perceptível quando:

Um dos cônjuges ou o casal se isola daqueles que
podem ajudá-los, movidos por uma ilusão de auto-suficiência;

Se magoam, advertidos quanto à possibilidade de influência, inclusive, se
afastando daqueles que consideram mais amigos (aliás os amigos verdadeiros são
aqueles que advertem…)

Não se submetem a qualquer tratamento espiritual que possa equilibrá-los;

Evitam o diálogo reparador;

Dizem um ao outro palavras agressivas, distantes do comportamento comum,
movidos pelo ciúme doentio ou pela desconfiança;

Afirmam não mais sentir nada um pelo outro sem que haja situações concretas
para o desgaste do sentimento;

Só buscam aqueles que apoiam a decisão do divórcio, por medo de encarar
outras tentativas;

Se dizem no direito de ser felizes, movidos pela luxúria, pela aventura, pelo
descompromisso com a vida, desrespeitando cônjuge e filhos;

Se verificam sexualmente desmotivados em relação ao consorte e envolvidos por
uma curiosidade exagerada por viverem novas experiências.

Um dia uma amiga nos disse: “os Espíritos não forjam sentimentos”.
Imaginemos que seja verdade. Mas, o que dizer dos filhos que passam a odiar seus
pais sem qualquer motivo material, descobrindo-se depois a influência de
Espíritos? Por que o médium, quando um suicida se aproxima dele, sente e
expressa um desespero incomensurável? Não se trata de forjar sentimentos; é o
próprio ambiente mental do Espírito que, por invigilância do encarnado, neste se
instala fazendo-o decidir e agir de conformidade com os pensamentos invasores.

Nessa mesma linha de raciocínio, quando a esposa ou o esposo, de uma hora
para outra, diz ter deixado de amar o cônjuge, esse estado d’alma pode ter
origem na influência obsessiva. Feito o tratamento espiritual, o sentimento
antes nutrido volta ao seu natural.

É imperioso, portanto, esgotar todas as possibilidades, a fim de tomar a
decisão acertada. Um divórcio nunca é fácil. E pode ser um erro muito grave que
comprometerá aspectos importantes da própria encarnação.