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Pedra no Edifício

Pedra no Edifício

O êxito das ações do movimento espírita é como uma construção que vai tomando
forma gradualmente. Inspirado pelo ideal, ele, o movimento espírita, sujeita-se
às fragilidades humanas e move-se pelo entusiasmo e dedicação daqueles que lhe
reconhecem o valor.

A Doutrina Espírita, com seus fundamentos e reflexões
científica-filosófica-religiosa inspirou a movimentação dos adeptos, que se
organizaram em instituições e promovem a divulgação das idéias espíritas, bem
como iniciativas que estimulem a vivência e a exata compreensão dos princípios
espíritas.

E cada integrante do citado movimento é como alguém (seja uma pessoa ou
instituição que congrega outros tantos adeptos) que coloca sua pedra para
construção do monumental edifício que representa a movimentação que visa fazer o
Espiritismo conhecido, vivido e principalmente beneficiando com seu conteúdo
incomparável os caminhos humanos, onde ainda imperam a angústia e proliferam as
dificuldades.

Ora, mas cada integrante, numa linguagem simbólica, carrega uma pedra de peso
e tamanho diferente. Pois isso depende das forças, da consciência doutrinária
adquirida, da perseverança, da dedicação. Pedras que vão influenciar na harmonia
e na consistência do edifício. As bases, os alicerces nos foram entregues pelo
Codificador Allan Kardec. São inabaláveis. O edifício, representando o
movimento, todavia, fica sujeito à ação dos adeptos.

Ora, considerando a importância da união de esforços para o fim maior que é
viver e divulgar tais ensinamentos, vale recordar instrução transmitida pelo
Espírito Fénelon e colocada por Allan Kardec em sua Revue, na edição de
janeiro de 1865 (edição Edicel, tradução de Júlio Abreu Filho). Transcrevemos
parcialmente:

“(…) Todo homem necessita de conselhos. Infeliz aquele que se julga
bastante forte por suas próprias luzes, porque terá numerosas decepções. O
Espiritismo está cheio de escolhos, mesmo nos grupos e, com mais forte razão, no
isolamento. (…) É preciso provar pela união que todos os adeptos sérios
trabalham de concerto na vinha do Senhor, que vai estender seus ramos sobre o
mundo inteiro. Quanto mais reunirem os obreiros, mais depressa será formada a
grande cadeia espírita e, também, mais depressa a família humana será inundada
pelos eflúvios divinos da fé e da caridade, que regenerarão as almas sob o poder
do Criador. Cada um de nós leva sua pedra ao edifício na medida de suas forças;
mas se cada um quiser construir à sua vontade, sem levar em conta as instruções
que temos dado e que formam a sua base; se não houver entendimento entre vós; se
não tiverdes ligação, então fareis uma torre de Babel. (…) Espíritas, sede
fortes de coragem, de perseverança e de firmeza, mas humildes de coração,
segundo o preceito do Evangelho e Jesus vos conduzirá através das tormentas e
abençoará os vossos trabalhos.(…)”

A expressão usada pelo espírito, …se não houver entendimento entre
vós…
, representa bem um alerta para as dificuldades do movimento espírita.
Para bem cumprirmos nossa função e contribuirmos com uma “pedra” consistente e
útil ao edifício, é preciso antes de mais nada despir-se do considerar-se
auto-suficiente, para evitar-se os prejuízos do isolamento que cria edifícios
diferentes e distantes do alicerce principal…

Matéria publicada originariamente no jornal O Clarim, de agosto de
2004.

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