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Prática Educativa

Aflições provindas de cruéis indecisões, imaturidades, fugas e desesperos que
levam ao suicídio ou às drogas, na adolescência e mesmo na vida adulta, tem sua
origem na ausência de experiências que construíssem na infância os sentimentos que
formam a maturidade. Expliquemo-nos.

Na orientação religiosa, por exemplo, alguém que apenas ouviu para simplesmente
decorar – muitas vezes sem entender e também não recebeu explicações que o fizessem
compreender -, como poderá sair-se de uma situação difícil ou enfrentar os embates
existenciais sem apelar para a violência, as drogas e até para o suicídio? Falta-lhe
o essencial, a base construída no afeto, nos sentimentos das experiências vividas.

Isto não é apenas na questão religiosa. A construção da honestidade, da ética,
do dever, do respeito ao próximo, da solidariedade, entre outras virtudes, é feita
a partir de experiências vividas e não somente de teorias. O exemplo dos pais e
educadores, a convivência com situações que ensejem experimentar esses valores é
que marcam definitivamente a personalidade do futuro adulto seguro de si mesmo.

Pais que socorram necessitados, com os filhos ou à frente deles, estão a lhes
demonstrar o valor do amor ao próximo; instituições religiosas que estimulem o debate
das ideias estão construindo pessoas que enxergam o cotidiano com a visão do bom
senso; familiares que exemplificam a honestidade à frente das crianças estão a ensinar
a honestidade. Ao mesmo tempo famílias que valorizam a religião, encarando-a com
a seriedade e responsabilidade de conduta que caracteriza o comportamento cristão
estão a formar cidadãos conscientes e responsáveis. Há milhões de outros exemplos…

O fato é que toda teoria moral é bela, mas é a prática educativa que forma a consciência.
Por esta única razão é que pais, educadores, administradores, autoridades e lideranças
– inclusive religiosas – devem estimular e favorecer a construção desses valores
através de experiências reais. Para jovens e crianças. É a única maneira de transformar
o planeta.

Esta a razão pela qual o Espiritismo, estimulando o estudo aliado ao aprimoramento
moral pelo esforço diário do adepto – do qual a consciência é o único juiz -, inspira
atividades diversas de integração para todas as idades, de socorro aos necessitados
e indica que é muito grande a responsabilidade dos pais na formação moral dos filhos.
E nesta formação, mais do que levar os filhos ao templo religioso – seja de que
crença for -, é ir com eles e ainda mais: viver em família os ensinos da religião.
Inclusive através do diálogo sobre as questões fundamentais da vida humana: quem
sou? De onde vim? Para onde vou? Que faço aqui? Qual a finalidade de viver?