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A Religião De Maomé

“O futuro permanece escondido até dos homens que o fazem”
(Anatole France).

Pertencia à tribo dos coraixitas, que tinha como missão zelar
pela Kaaba de Meca. O avô de Maomé, além de possuir cargo religioso importante,
era um comerciante bem sucedido. Entretanto, Maomé sofreu dificuldades econômicas
em sua infância e adolescência: aos sete anos, já tinha perdido os pais, tendo sido
criado por um tio e teve que começar a trabalhar muito cedo, como pastor de carneiros.

A tradição menciona que, em sua juventude, teve feito viagens à Síria,
onde talvez estabeleceu seus primeiros contatos com o cristianismo e com o Judaísmo.

Aos 25 anos de idade Maomé casou-se com Khadija, uma rica viúva que o incumbiu
da direção de seus negócios comerciais. Com esse casamento deixou a vida de
pobreza, subindo na escala social. Mas apesar da riqueza conquistada Maomé sentia-se
interiormente insatisfeito e, por isso, dedicava-se à meditação.

Aos 40 anos, passou a ter uma série de visões que o convenceram de que ele era
o profeta escolhido por Deus (Alá) para anunciar aos homens uma nova doutrina religiosa.
Iniciando suas pregações religiosas, Maomé entrou em conflito com os sacerdotes
de Meca, que eram politeístas e estavam interessados em manter a cidade de Meca
como centro religioso e comercial dos árabes.

Em razão desse conflito em 622 e a fugir para Yatrib, posteriormente denominada
Medina, a cidade do profeta. Essa data denomina-se Hégira e marca o início do calendário
muçulmano. Aos poucos, Maomé estruturou sua religião e organizou um exército de
seguidores que, em 630, conquistou Meca.

A Kaaba foi transformada num centro de orações, mas Maomé proibiu todos os cultos
muçulmanos idólatras que antes existiam.

A doutrina muçulmana também chamada islâmica ou maometana impõe cinco regras:

  1. Crer em Alá, o único Deus e em Maomé, seu profeta;
  2. Realizar cinco orações diárias;
  3. Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
  4. Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual do jejum);
  5. Ir a peregrinação a Meca pelo menos uma vez durante a vida.

Seu livro sagrado o Alcorão, tinha crença na predestinação.

Publicado no Diário do Nordeste do dia 14/08/99.