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Resiliência

Resiliência

Você conhece esta palavra? Eu a conheci esta semana. Ela significa, entre outras
definições do dicionário, poder de recuperação. A palavra surgiu em meu caminho
em virtude de entrevista publicada pela revista Veja, edição 1852, de 5 de
maio de 2004, com a professora Andréa Salgado que, no fim do ano passado, teve suas
duas pernas decepadas na colisão de uma lancha em que passeava numa praia do litoral
fluminense. Imagine uma mulher aos 33 anos, casada, mãe de 2 filhos de 4 e 7 anos,
com as duas pernas amputadas. E mesmo assim seu comportamento é de coragem, otimismo
e determinação.

Mas, vamos à palavra que usei como título. Utilizo aqui o depoimento da amiga
Fátima Araújo de Carvalho, Mestre em Psicologia da Educação – PUCSP, de São José
dos Campos: “(…) Tive meu contato com a resiliência ao estudar o estresse docente,
para minha dissertação de mestrado, buscando entender por que alguns professores
sabiam lidar com as adversidades da profissão enquanto outros sucumbiam diante das
mesmas. Na tentativa de entender essa variação de comportamento, aprendi que existe
um fator importante que faz a diferença. Atribuem os estudiosos à personalidade
mais resistente ou não ao estresse. Os professores que não se deixavam abater apresentavam
certas características que compunham a personalidade resiliente. A resiliência é
caracterizada por um conjunto de atitudes adotadas pelo ser humano para
resistir aos embates da vida.
O termo vem de uma propriedade da Física sobre
a capacidade que os corpos têm de voltar à sua forma original, depois de submetidos
a um esforço intenso. Fazer a simples transposição da Física para a Psicologia não
é possível porque, aplicado aos seres humanos, o conceito se destaca exatamente
pela capacidade do indivíduo dar a volta por cima das situações de risco e voltar
TRANSFORMADO, crescendo com a experiência
.”. E continua: .

A análise dos comportamentos leva à idéia de que todo ser humano traz dentro
de si essa capacidade inata. Alguns a estimulam por si mesmos sobrepujando guerras,
maus tratos, conflitos diversos. Outros precisam de ajuda externa, seja de comunidades
religiosas ou não, da família ou de terapeutas para ajudá-los a criar os fatores
de proteção que suavizam os fatores de risco. Ou seja, são as forças internas e
externas que contribuem para minorar esses fatores de risco. E a essa força chama-se
resiliência
. Assim diz-se que um indivíduo é resiliente quando consegue superar
(e não necessariamente eliminar) as adversidades, encontrando forças para aprender
com elas.
(…)”

E Andréa Salgado, a professora, revela como encontra forças (p.13):

“Como não posso voltar atrás, tenho de dar a volta por cima. Quando vejo que
estou ficando triste, digo a mim mesma: levanta essa cabeça!”

Nada mais tenho a dizer. Deixo a reflexão com o leitor. Não é mesmo o que estamos
precisando fazer diante das adversidades de cada dia? Bela lição para todos nós!

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