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Segurança

Segurança

A delinqüência está implantada na Terra em proporções catastróficas,
imprevisíveis, seu nível esta exigindo de todos os homens probos e lúcidos
acuradas reflexões.

Sociólogos, educadores, psicólogos, religiosos, políticos, cidadãos comuns,
preocupados com a expressiva mole de delinqüentes de toda a lavra, especialmente
os perversos e violentos, aprofundam pesquisas, improvisam soluções,
experimentam métodos, aderem aos impositivos da precipitação, oferecem sugestões
que triunfam por um dia e sucumbem no imediato, tudo prosseguindo como antes, se
não mais turbulento, mais inquietador.

Os milênios de cultura e civilização parece que em nada contribuíram a
benefício do homem.O ser humano esta mais esclarecido, porém não civilizado.

CAUSAS DA VIOLÊNCIA

A Política de conquista e expansão, geradora do vandalismo, por parte de
algumas civilizações, resultando, numa visão superficial, por via de
conseqüências desse estado sócio-moral decorrente: a delinqüência, a
perversidade e a violência que fluem abundantes, dos campos das guerras sujas e
cruéis;

necessidade da moderna tecnologia em libertar os países super-desenvolvidos
do excesso de armamentos bélicos e dos equipamentos militares ultrapassados,
gerando focos de conflitos a céus abertos entre povos em fases embrionárias de
desenvolvimento ou sub-desenvolvidos, martirizados e destroçados às expensas dos
interesses econômicos alienígenos, dominadores arbitrários;

condicionamento psicológico do homem à técnica da matança desenfreada e
selvagem, atormentado pelo medo contínuo às demoradas contingências da
insegurança, incerteza e angústia disso resultantes, adestrado para matar antes
e examinar depois, a fim de a si mesmo poupar-se, obrigando-se a cruciais
Situações, ingerindo drogas para sustentar-se, açular sensações, aniquilar
sentimentos, só, mui dificilmente, poderá reencontrar-se, mesmo que transladado
dos campos de combate para as comunidades pacíficas e ordeiras;

injustiça social, parece ser a causa eficiente de nosso Pais, vigente
entre as diversas classes humanas, de que padecem os trabalhadores e os menos
favorecidos sempre arrojados às posições subalternas ou nenhures, mal
remunerados, ou sem salário algum, subnutridos, abandonados, atirados aos
redutos sórdidos das favelas, guetos e malocas, vivendo de “expedientes”,
dependentes uns dos outros, em aventuras, urdem na mais penosa miséria
econômica, da qual se derivam as condições mosológicas deploráveis – causas de
enfermidades orgânicas e psíquicas de diagnose difícil quão ignoradas, geradoras
de ódios, brutalidades e sevícias, nos quais se desarticulam os padrões do
sentimento, substituídos por frieza emocional resultante de inditosa
esquizofrenia paranóide – os desforços contra a Sociedade indiferente que os
relega a estágio primitivo, sub-humano;

indiferença social; condições morais das famílias abastadas – tendo-se
em conta que a delinqüência flui, também, abundante e referta, assustadora e
rude, em tais meios assinalados pela linhagem social e pela tradição – cujos
exemplos, nem sempre salutares, substituem o cumprimento dos retos deveres pelo
suborno ou os transferem para a realização a empregados e ou pedagogos
remunerados, enquanto os pais se permitem desconsiderações recíprocas, desprezo
a leis e costumes, impondo os seus caprichos e desaires como normas aceitas,
convenientes, sobre as quais estatuem as diretrizes do comportamento, agindo de
maneira desprezível, apesar da aparência respeitável…;

leviandade de mestres e educadores imaturos;

honorários indignos pagos aos Educadores pelos relevantes serviços e misteres
de preparação das mentes e caracteres em formação, contribui, igualmente, com
larga quota de responsabilidade no capítulo da delinqüência juvenil, da
agressividade e da violência vigentes, ameaçadoras, câncer perigoso a dizimar
com crueldade o organismo social do Planeta;

vida estrangulada nos congestionamentos urbanos, onde as cifras da
delinqüência se fazem superlativas, cada dia ultrapassando as anteriores;

falência da ética religiosa do passado, que depois da constrição proibitiva a
todos os processos evolutivos viam-se ultrapassadas, sentindo necessidade de
atualização para a sobrevivência, saltando do estágio primário da proibição pura
e simples para o acumpliciamento e acomodação a pseudo valores novos, não
comprovados pela qualidade de conteúdo;

orquestração, por parte da mídia, assim como da arte cinematográfica e
televisiva das ocorrências configuradas como crime ou contravenção;

sistema policial ultrapassado;

“justiça lenta”;

“superlotação carcerária”;

“crime organizado”;

 

ENTENDENDO O DELINQÜENTE

O delinqüente padece, não raro, de distúrbios endógenos ou exógenos que o
impelem ou predispõem à violência, que se desdobra ante os demais contributos
sociais, econômicos, mesológicos…

Sem qualquer dúvida, a desarmonia endocrínica, resultante da exigência
hereditária, as distonias psíquicas se fazem vigorosos impositivos para a
alienação e a delinqüência. Muitos traumas psicológicos e recalques que procedem
do próprio espírito aturdido e infeliz espocam como complexos destrutivos da
personalidade, expulsando-os para os porões do desajuste da emoção e para a
rebeldia sistemática a que se agarram, buscando sobreviver, não raro
enlouquecendo pela falta de renovação e pela intoxicação dos fluidos e miasmas
psíquicos que cultivam.

Além disso, os distúrbios orgânicos, as seqüelas de enfermidades várias, os
traumatismos ocasionados por golpes e quedas são outra fonte de desarranjos do
discernimento, ensejando a fácil eclosão da violência e da agressividade.

O MOMENTO ATUAL

As causas são alarmantes, há que se tomar providencias urgentes e
emergenciais. Todos os segmentos da Sociedade têm que se engajar no combate a
violência.

A reforma dos Códigos de Justiça se impõe para agilizar o andamento dos
Processos. Políticas de:

  • emergência ou seriam de urgência?!;
  • reestruturação do Sistema Policial;
  • emprego das Forças Armadas;
  • construção de presídios – escolares – agrícolas e de trabalhos forçados,
    todos com as devidas assistências orgânicas – psicológicas;
  • participação da Mídia.
  • Reforma Social.
  • Saúde.
  • Educação.

Educação-Moral, conforme estudamos nas obras Básicas da Doutrina Espírita.

REFORMA SOCIAL

A reforma social deve partir da reforma moral do ser humano, de dentro para
fora, do indivíduo para a sociedade. O instrumento adequado para a realização
desse ideal é a EDUCAÇÃO, no seu mais amplo e abrangente sentido, como
promotora da cultura intelectual e da elevação dos padrões éticos, sem esquecer
o trabalho de adequação do corpo físico…

Não podemos pensar em educação sem proporcionarmos condições de Saúde “saco
vazio não para em pé”, aqui também O Momento Atual requer um esforço concentrado
total.

EDUCAÇÃO

A valorização da Vida e o Respeito pela Vida conduzirão pais, mestres,
educadores, religiosos e psicólogos a uma engrenagem de entendimento fraternal
com objetivos harmônicos e metódicos – exemplos capazes de sensibilizar a alma
infantil e conduzi-la com segurança às metas felizes que devem perseguir.

Por coerência, espiritualmente renovado e educado, o homem investirá contra a
chaga vergonhosa da injustiça social, contra os torpes métodos que fomentam a
miséria econômica e seus fâmulos, contra o inditoso e constritivo meio-ambiente
pernicioso, contra o orgulho, o egoísmo e a indiferença.

O Homem iluminado interiormente pela flama da Consciência Cósmica, que se
segue a Consciência de Si (Psí), sabendo-se herdeiro de si mesmo, modifica-se e
muda o meio onde vive, transformando a comunidade que deixa de a ele se impor
para dele receber a contribuição expressiva, retificadora.

Os Homens são, pois, seus feitos.

A sociedade é os homens que a constituem.

A vida humana resulta dos Espíritos que a compõem.

Nesse cometimento todos estamos engajados e ninguém se pode omitir, porquanto
somos igualmente responsáveis pelas ocorrências da delinqüência, perversidade e
violência – esses teimosos remanescentes da natureza animal do homem em luta
consigo mesmo para insculpir o bem e libertar dos grilhões do primarismo terreno
a sua natureza espiritual.

Educação, o aprendizado da Vida. Processo de desenvolvimento da capacidade
física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua
melhor integração individual e social. (Aurélio). Idéias básicas:
desenvolvimento físico, intelectual e moral, portanto, dentro do dualismo
corpo/espírito e integração individual e social. É tanto necessário cuidar do
físico como do componente espiritual, dois aspectos distintos que exigem
tratamento diferenciado, mas integrado, visando uma finalidade única: a
otimização de suas condições evolutivas. Podemos observar ainda que na
conceituação do processo educacional o dicionarista caracteriza com prioridade
dois aspectos fundamentais: o intelectual e o moral.

A falta de ética adequada na estruturação do processo educacional pode
acarretar conseqüências calamitosas para toda a comunidade humana. Seria
contraditório e moralmente inaceitável um processo educacional que treinasse e
produzisse indivíduos anti-sociais. Entende-se o ser humano como entidade
eminentemente social, que não vive só. É nas inúmeras comunidades espalhadas
pelo mundo que homens e mulheres convivem, aprendem, trabalham e buscam suas
realizações pessoais. A idéia diretora de toda essa programação humana é a
educação física, intelectual e moral do ser humano, visando à sua melhor
integração individual e social.

Iniciar desde já o emprego de maciços recursos orçamentários na área da
SAÚDE e EDUCAÇÃO
: o Governo, a Classe Empresarial, a Classe Rural, a Classe
Agrícola, a Classe “A”, a Classe dos Banqueiros, a Classe Esportiva que já vem
dando Bons exemplos.

Temos, também, o Terceiro Setor com a Lei do Voluntariado, já dando mostra de
um Caminho de Luz e não poderia deixar de lembrar as Sociedades assistenciais de
todos os segmentos filosóficos e religiosos, há tanto tempo exemplificando
estoicamente qual é o caminho.

Temos ouvido apregoar a Distribuição de Renda. Entendo que seja distribuição
de recursos amoedados. Não surtirá efeitos. Melhora judiciosa de salários
sim. Distribuição igualitária não.
Pois que as pessoas são desiguais; os
méritos as
capacidades as inteligências são desiguais; os níveis de
consciência são diferentes
. Então pensamos que os governantes em particular
e os Cidadãos em geral devem pensar e executar a divisão de Bem-Estar o
que é diferente. Pois o Ser Humano deve viver Bem (com BEM-ESTAR) no seu nível,
social, moral, intelectual, para que dinamizando-o, dê um SALTO QUÂNTICO.

CONCLUSÃO

A simples preocupação dos interessados – E A QUESTÃO NOS DIZ RESPEITO A
TODOS NÓS
-, não resolve, se medidas urgentes e práticas, mediante uma
política educativa
generalizada, não se fizerem impor, antes da erupção de
males maiores e das suas conseqüências em progressão geométrica, apavorantes,
com as cidades transformadas em imensos palcos para o espetáculo cada vez mais
rude da delinqüência e dos seus famigerados comparsas; bem como Políticas
resultantes de Altos Estudos Estratégicos elaboradas por Personalidades de
Notório Saber.

Tem-se procurado reprimir a delinqüência sem se combaterem as causas fecundas
da multiplicação. Muito fácil, parece, a tarefa repressiva, inútil, porém,
quando não se transforma em um fator a mais para a própria violência.

A terapêutica para tão urgente questão há de ser preventiva, exigindo dos
adultos que se repletem de Amor, a fim de que moralizando-se, possam educar as
gerações novas, propiciando-lhes clima salutar de sobrevivência psíquica e
realização humana.

Os distônicos mento-psicossomáticos catalogados com psicopatologias e
sociopatias qualificadas receberão a benção da reclusão em ambientes humanizados
e não animalizados como os atuais;

Portadores de perturbação psíquica de qualquer procedência e violenta serão
amados e atendidos por uma Medicina mais humana e mais interessada nos pacientes
que preocupada em auferir lucros e homenagens com que muitos profissionais se
envilecem, em tortuosa correria para a fama e o poder…

PARA MEDITAR

ARISTOCRACIA

Aristos, o melhor, e kratos, poder. Poder dos melhores.

As Aristocracias tiveram sua razão de ser; nasceram do estado da Humanidade:

a Patriarcal;

a da Autoridade da Força Bruta, que dividiu a sociedade em duas classes, a
dos superiores e a dos inferiores, os que mandam e os que obedecem gerando a
aristocracia do Nascimento, com força mercenária e Poder Divino;

a Burguesa;

a da Inteligência.

A inteligência nem sempre constitui penhor de moralidade e o homem mais
inteligente pode fazer péssimo uso de suas faculdades. Doutro lado, a
moralidade, isolada, pode, muita vez, ser incapaz. A reunião dessas duas
faculdades, INTELIGÊNCIA E MORALIDADE, são, pois, necessária a criar uma
preponderância legítima, a que a massa se submeterá cegamente, porque lhe
inspirará plena confiança, pelas suas luzes e pela sua justiça.

Será essa a última aristocracia, a que se apresentará como conseqüência, ou,
antes como sinal do advento do reinado do bem na Terra. Ela se erguerá muito
naturalmente pela força mesma das coisas. Quando os homens de tal categoria
forem bastante numerosos para formarem uma maioria imponente, a massa lhes
confiará seus interesses.

Todas preencheram ou preencherão seu tempo, conforme os países, porque
nenhuma teve por base o princípio moral; só este princípio pode constituir uma
supremacia durável, porque terá a animá-la sentimentos de justiça e caridade. A
essa aristocracia chamaremos: aristocracia intelecto-moral.

Mas, semelhante estado de coisas será possível com o egoísmo, o orgulho, a
cupidez que reinam soberanos na Terra? Responderemos terminantemente: sim, não
só é possível, como se implantará, por ser inevitável.

Já hoje a inteligência domina; é soberana, ninguém o pode contestar. É tão
verdade isto, que já se vê o homem do povo chegar aos cargos de primeira ordem.
Essa aristocracia não será mais justa, mais lógica, mais racional, do que a da
força bruta, do nascimento, ou do dinheiro? Por que, então, seria impossível que
se lhe juntasse a moralidade? – Porque, dizem os pessimistas, o mal domina sobre
a Terra. Quem ousará dizer que o bem nunca o sobrepujará? Os costumes e, por
conseguinte as instituições sociais, não valem cem vezes mais hoje do que na
Idade Média? Cada século não se assinala por um progresso? Por que, então, a
humanidade pararia, quando ainda tem tanto a fazer? Por instinto natural, os
homens procuram o seu bem-estar; senão o acharem completo no reino da
inteligência, procurá-lo-ão algures, e onde poderão encontrá-lo, senão no reino
da moralidade? Para isso, torna-se preciso que a moralidade sobrepuje
numericamente. Não há contestar que muitíssimo se tem que fazer; mas, ainda uma
vez, fora tola pretensão dizer-se que a Humanidade chegou ao apogeu, quando é
vista a avançar continuamente pela senda do progresso.

Digamos, antes de tudo, que os bons, na Terra, não são absolutamente tão
raros como se julga; os maus são numerosos, é infelizmente verdade; o que,
porém, faz pareçam eles ainda mais numerosos é que têm mais audácia e sentem que
essa audácia lhes é indispensável ao bom êxito. De tal modo, entretanto,
compreendem a preponderância do bem, que, não podendo praticá-lo, com ele se
mascaram.

Os bons, ao contrário, não fazem alarde das suas boas qualidades; não se põem
em evidencia, donde o parecerem pouco numerosos. Pesquisai, no entanto, os atos
íntimos praticados sem ostentação e, em todas as camadas sociais, deparareis com
criaturas de natureza boa e leal em número bastante a vos tranqüilizar o
coração, de maneira a não desesperardes da Humanidade. Depois cumpre também
dizê-lo, entre os maus, muitos há que apenas o são por arrastamento e que se
tornariam bons, desde que submetidos a uma influencia boa.

TODA CONTRIBUIÇÃO DE AMOR COMO DE PACIÊNCIA, TODA DÁDIVA DE LUZ COMO DE
SABERES SÃO VALIOSAS OFERENDAS PARA O AMANHÃ DE PAZ E VENTURA QUE ANELAMOS
.

Bibliografia:

  • O Espiritismo e os problemas humanos, U.S.E. Editora.
  • Conduta Espírita, FEB Departamento Editorial.
  • Estudos Espíritas, FEB Departamento Editorial.
  • Obras Póstumas, FEB Departamento Editorial.