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Especialmente aos Jovens IV: Morte

Especialmente aos Jovens IV:  Morte

Imaginemos que alguém esteja com aids, câncer ou outra moléstia, prestes
a desencarnar, sem saber da gravidade do problema. Devemos cientificá-lo dessa gravidade
ou mantê-lo na ignorância do fato?

R. – Esses estados de saúde apontados comumente já estabelecem um estado
de profundas perturbações para o organismo físico, como um todo, permitindo ao paciente
ter noção de que seu caso requer muito cuidado. No caso da aids, por exemplo, será
muito difícil um tratamento sem que o paciente saiba do que sofre, para que tenha
sentido o tratamento que lhe será indicado. É muito raro que um paciente canceroso,
diante de todo o amontoado de tratamentos cirúrgicos, quimioterápicos ou radioterápicos,
aos quais será submetido não venha a pelo menos desconfiar da sua situação. Quanto
a nós, os que acompanhamos os nossos enfermos, será um dever verificar-lhes as resistências
morais para suportarem uma notícia mais drástica.

Seria muito bom se pudessem ser preparados os companheiros em processos terminais
para a “grande viagem”, sem temores, conscientemente, organizando-se mentalmente,
para esse inarredável dia. Entretanto, caberá à família do enfermo, por ele responsável,
e à equipe médica a iniciativa de conversar, de anunciar, de posicionar o problema
orgânico, prevenindo a todos sobre a situação iminente. Quando em nossa responsabilidade
pessoal semelhante desafio, deveremos ir buscando uma forma segura e fraternal,
lúcida e equilibrada, a fim de preparar a mente do nosso ser querido para o grande
momento. Nesse particular, o conhecimento espírita autêntico, com os ensinos do
Cristo em seu bojo, na feição de eminente Consolador, poderá realizar prodígios
de coragem e fé.

Por que as criaturas, geralmente, têm tanto medo da morte?

R. – O medo de qualquer coisa está vinculado, primordialmente, à ignorância
dessa coisa. A morte não foge a essa regra. Durante muitos séculos, no Ocidente,
as pessoas aprenderam a encarar a morte como o fim de tudo. Aprenderam, também,
a ver na desencarnação a definição plena das condições espirituais do indivíduo:
ou vai para o céu, ou vai para o inferno, com ligeiras possibilidades de um difuso
e estranho purgatório. É compreensível que semelhantes concepções, assim, hajam
perturbado o discernimento e imposto às pessoas esse pavor tão característico.

Allan Kardec, estudando a questão do passamento, em O Céu e o Inferno,
esse notável livro da Codificação Espírita, aborda a situação com um subtítulo:
“por que os espíritas não temem a morte”, assinalando que o entendimento correto
das suas condições e finalidades auxilia o indivíduo a não guardar medos, mas a
viver de modo consciente e digno no mundo a fim de encontrar ventura e paz para
além das dimensões corporais.

O que existe depois da morte física?

R. – Após a ruptura dos laços do corpo físico, quando o Espírito se liberta,
prossegue a Vida, pujante e bela para aqueles que souberam atravessar os dias de
aprendizados terrenos com prudência e nobres realizações, ou pujante e atormentada
para os que transformaram seus dias terrestres em verdadeiros infernos conscienciais,
pelo mal que impuseram a si mesmos ou aos semelhantes.

Fonte: Ante o vigor do espiritismo/Raul Teixeira

(Jornal Mundo Espírita de Abril de 2001)

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