Fundação Espírita André Luiz
Allan Kardec no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” capítulo 5º diz que “a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio”.
A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral.
Dr. Jorge Andréa no livro “Enfoques Científicos na Doutrina Espírita” abordando essa mesma temática tece as seguintes considerações.
“O homem moderno materializou-se, exaltando a deusa – máquina e o deus técnica, não percebendo a fragilidade desses totens de barro. O deus em que confiou e acreditou esboroou-se ao menor dos ventos. Não acontecendo o mesmo com aqueles que asseguram os seus alicerces psicológicos – emocionais numa ética valorosa que o espiritualismo pode oferecer; e mais ainda, numa fé lógica, harmoniosa e inteligível por ser raciocinada , aos que se acercam do estofo dinâmico que caracteriza a Doutrina Espírita. O suicídio , como resultado de um imenso desequilíbrio emocional poderá ser um ato voluntário, porquanto existem outros fatores que concorrem para um suicídio lento despercebido e por isso, considerado involuntário, ou seja, suicídio consciente e inconsciente.
As conseqüências são dolorosas. Não morrerão, ninguém se destrói ante a morte.
Há, sem dúvida, agravantes e atenuantes, no exame do suicídio. Eliminam, no mundo espiritual com muito sofrimento o ônus da atitude desequilibrante e quando retornarem à Terra em novas reencarnações terão que passar, por expiações aflitivas.
Joanna de Ângelis no livro “Após a Tempestade” nos fala dessas conseqüências: aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada, os que tentaram o enforcamento, reaparecem, com os processos da paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar, tiros no coração, cardiopatias congênitas irreversíveis, os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres. É Joanna ainda que nos diz:
-“Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia”.
Lembremo-nos de Kardec quando coloca no “Evangelho Segundo o Espiritismo” – “Com o Espiritismo a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida”.
Bibliografia
1.Kardec, Allan – Evangelho Segundo o Espiritismo
2.Andréa, Jorge – Enfoques Científicos na Doutrina Espírita
3.Angelis, Joanna de – Após a tempestade – psic. De Divaldo Pereira Franco