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Você Sabia?

Você Sabia?

Era Madrugada, forte tempestade desabava numa cidade do interior brasileiro.
Nos fundos da igreja, num singelo quarto, o padre dormia. Alguém bate à sua porta
com insistência. Ele levanta e vai atender. Era uma pobre mulher toda molhada, descalça
que lhe disse, angustiada: “Padre, o filho de D. Isaura (nome fictício) está à beira
da morte. Por favor, corra até lá para dar-lhe a extrema-unção! – Mas a esta hora
e com esse aguaceiro? – Pelo amor de Deus não deixe o rapaz morrer sem o sacramento!
– Está bem! daqui há pouco estarei lá. Qual é o endereço? – Rua tal….., n.º tal.
O padre foi surpreendido, pois na casa indicada não havia ninguém doente. Mas enquanto
conversava com D. Isaura e lhe explicava o motivo de sua visita, um grito de desespero
ecoou pela casa. Ambos correram para o andar de cima. Num dos quartos, sobre a cama,
um rapaz, presumivelmente de 15 anos, gemia e se contorcia de dor. Instantes depois
o moço perdeu os sentidos, o padre deu-lhe a extrema unção e ele faleceu. Trinta
dias depois o sacerdote voltou a visitar a família enlutada e D. Isaura lhe perguntou:
– Padre, como é que o senhor soube naquela noite de um fato que ainda estava por
acontecer? – O padre pigarreou e apontando para uma fotografia pendurada na parede
disse convicto: – Esta mulher foi quem me avisou. – O senhor tem certeza? Essa é
a foto de minha irmã, já falecida há anos. – Mas foi ela mesma que me pediu para
dar a extrema-unção ao seu filho naquela madrugada. – Padre, o filho não era meu,
era dela. Ela arrumou uma gravidez extemporânea e não tendo como criar o menino,
me pediu que o criasse. Só eu, o meu esposo e ela sabíamos disso. Criei o menino
como se fosse meu. Mas diante do que o senhor acaba de me confirmar, acho que não
devo mais esconder esse segredo. (1)

O que aconteceu quando morri

Sob este título o “Psyc News” reproduziu parcialmente um artigo da revista da
Universidade de Manchester, que engloba uma mensagem psicografada por um jovem universitário,
Nigel Peace. Esse médium foi instado por alguns amigos a tentar se comunicar com
um colega desencarnado num acidente de automóvel. A tentativa foi positiva e o morto
relatou todo o acidente e falou de sua chegada no mundo espiritual. Em sua narração
não há nenhuma novidade. A literatura espírita é em pauta, entretanto é válido porque
surgiu no meio universitário e confirma tudo aquilo que está contido na Doutrina
Espírita, ou seja o período de sono que vivemos depois do desencarne, o amparo de
pessoas amigas, médicos, e enfermeiros, os estágios em zona sombria, em hospitais,
escolas, etc. e o labor intenso de missionários em favor dos que sofrem. (2)

O zuavo curador

Conta-se que na França, no ano de 1866, um zuavo (soldado argelino a serviço
da França) virou notícia por causa das curas que fazia. O “Éco de L’Aisne” publicou
em 1º de agosto de 1866: “Não se fala em nosso interior senão das maravilhas realizadas
no campo de Châlons, por um jovem zuavo espírita que diariamente faz novos milagres”.
Sua mediunidade desabrochou numa praça pública e ali mesmo ele realizou sua primeira
cura que é assim relatada: “Chegando a Ferté-sous-Jouarre, e dirigindo-se para o
campo, o regimento de zuavos estava reunido na praça pública. Antes de debandar
a banda executa uma marcha. No número dos espectadores achava-se uma menina num
carrinho, empurrado por seus pais. A menina foi assinalada ao zuavo por um de seus
camaradas. Terminada a música, ele se dirige aos pais dela e pergunta: “Então esta
menina é doente?” – Ela não pode andar, foi a resposta. Há dois anos tem na perna
um aparelho ortopédico. – “Tira, então, o aparelho, do qual não mais precisa”. Isto
foi feito, não sem alguma hesitação e a menina andou. Então foram ao café e o pai,
louco de alegria, queria que o homem dos refrescos abrisse o seu negócio para que
os zuavos bebessem”. (3)

“Largue a arma, senhor Arlindo”

Quando releio a biografia de Eurípedes Barsanulfo, fico a me perguntar porque
sumiram do nosso meio espírita médiuns desse porte. Vejamos mais um exemplo do que
esse médium era capaz. Arlindo Gomide (tio de Jerônimo Cândido Gomide, fundador
de Palmelo, em Goiás) era fazendeiro em Sacramento, MG. Um dia, por questões amorosas
empurraram-no para a obsessão. Quis suicidar-se. Tomou excessiva dose de tártaro
emético e, em crise convulsiva, armou-se com um revólver e uma carabina e se pôs
dar tiros ao mesmo tempo em que berrava. Jerônimo, apavorado, correu chamar Eurípedes
Barsanulfo: – Vamos lá, disse o médium. – Não, replicou Jerônimo. O tio está dando
tiros em todas as direções e podemos morrer “seu” Eurípedes. – Vamos lá, retrucou
o médium. a arma e puxou o gatilho. Jerônimo, tremendo de medo, gritou: – Vamos
Voltar, “seu” Eurípedes! – Avance comigo Jerônimo! – enfatizou Eurípedes Barsanulfo.
Quando estavam bem próximos do obsediado, o médium, calmamente, disse: – Largue
a arma, senhor Arlindo! Pôs a mão na testa do fazendeiro e orou. Arlindo, com os
olhos vidrados, deixou cair a carabina, imediatamente. Eurípedes conduziu-o à farmácia,
onde introduziu através de uma sonda uma porção de leite e fê-lo vomitar o tártaro
emético (4)

“Transportes” de flores

A sra. Guppy chegara à Florença. Fez amizade com a condessa Enrichetta Bartolomei,
esposa do conde Tomasa Passarini, ambos espíritas e faziam experiência em sua residência.
A sra. Guppy foi convidada por eles a dar provas de suas extraordinárias faculdades
mediúnicas. A primeira sessão ocorreu na noite de 23 de dezembro de 1898. Os convidados,
em número de 14 ou 15, eram todos espíritas e, em volta de uma mesa redonda, de
cerca de um metro de diâmetro, se sentaram os cônjuges Guppy e alguns assistentes.
A médium pediu que lhe ligasse as mãos e que a dona da casa as prendesse entre as
suas e assim se fez. O Dr. Wilson, um dos convidados, segurou as mãos do sr. Guppy.
As demais pessoas sentaram em torno da mesa, formando uma Segunda linha em cadeia.
Após alguns minutos, a médium sempre com as mãos seguras pela sra. Passarini mandou
apagar a luz. Com a sala em profunda escuridão, ouviu-se pancadas na mesa como se
alguém, com os nós dos dedos, batesse sobre ela. Então, por meio da tiptologia,
houve um diálogo entre o sr. Guppy e o espírito que se manifestava. A sra. Bulli,
médium vidente, disse que estava vendo uma grande quantidade de flores, entre as
quais distinguia, claramente, uma belíssima rosa vermelha, muito grande e com três
folhas. Alguns minutos após, foi por todos sentido um suave perfume de flores e
depois como que uma chuva que caísse em cima da mesa. Cessado o rumor ouvido e acesa
a luz, ficaram todos maravilhados ao verem a mesa inteiramente coberta de flores
fresquíssimas. As flores eram junquilhos, violetas, gerânios, magnólias, cravos
e uma belíssima camélia vermelha com três folhas, que a médium vidente já vislumbrava
na escuridão e que, pela sua semelhança, julgara ser uma rosa. (5)

A semeadura espírita

O semeador espírita deve se entregar à sua faina sem esperar resultado, pois
a lavoura não é nossa. Ela pertence a Jesus, que sempre colhe os frutos… Certa
feita, o Espírito Martins Pereira, manifestou-se numa reunião mediúnica e deixou
o seguinte recado, que bem ilustra a questão da semeadura espírita: – “Um dia, ao
efetuar uma compra, recebi a mercadoria embrulhada num jornal espírita. Por curiosidade,
comecei a lê-lo e senti uma atração muito grande por aquelas idéias. Busquei outras
leituras espíritas, que me descortinaram um outro mundo e me trouxeram uma nova
maneira de pensar. Não parei mais, comprei livros, assinei jornais e revistas espíritas,
freqüentei reuniões, contatei diversos espíritas e fiquei entusiasmado ao vê-los
lutando para crescerem moral e culturalmente. Decididamente me tornei espírita.
dediquei-me às obras assistenciais e alguns anos depois cheguei ao mundo espiritual
sem as caraminholas dos mistérios que me haviam ensinado, até a “casualidade” do
encontro com o Espiritismo. Martins Pereira assinalou ainda que as mensagens espíritas
são como sementes bem selecionadas, que ao caírem sobre terra boa produzem bons
frutos. (6).

Bibliografia:

  • (1) “Mensagens de Esperança”;
  • (2) “revista Internacional do Espiritismo” dezembro de 1971;
  • (3) “Revista espírita” – Outubro de 1866;
  • (4) “Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade”;
  • (5) “Fenômenos de “Transporte”;
  • (6) “Reflexos das Atitudes”