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Os 10 principais serviços do centro espírita

Os 10 principais serviços do centro espírita

 

A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, tem como lema a liberdade de expressão.
Assim, não há um órgão centralizador, como ocorre, por exemplo, na Igreja
Católica. Há apenas os princípios básicos que sustentam a Doutrina, ou seja: a
existência de Deus, dos Espíritos, a possibilidade da comunicação com eles, a
existência do mundo espiritual, da Lei de causa e efeito e a reencarnação.
Diante disso, cada centro espírita tem a possibilidade de praticar as atividades
doutrinárias da maneira que achar melhor.
Colocaremos abaixo 10 das principais funções que devem ser praticadas dentro de
um verdadeiro centro espírita. A prática correta ou não destas atividades vai
variar de acordo com o conhecimento do grupo que dirigir a casa. E a melhor
maneira de sabermos se os trabalhos estão sendo feitos dentro dos preceitos de
Allan Kardec é analisarmos os resultados obtidos na
orientação e tratamento dos problemas materiais e espirituais dos que buscam
ajuda no centro espírita.

Recepção:
aquele que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem uma série
de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá
encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre
o que é e o que não é Espiritismo. Havendo uma
recepção, que pode ser uma simples mesa ou uma sala, o indivíduo poderá para lá
se dirigir e obter as informações sobre horário de funcionamento da casa,
trabalhos desenvolvidos etc.
É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das
atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos
lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita.
E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do
grupo.

Palestras:
é o principal trabalho de uma casa espírita (veja exemplos de
palestras escritas). O ser humano só consegue
libertar-se de seus vícios morais ou materiais quando se esclarece dos
malefícios que os mesmos trazem para sua existência. É através das palestras que
os oradores conseguem levar o conhecimento espiritual existente na Doutrina
Espírita.
Porém, por ser uma atividade de maior seriedade, deve ser entregue a pessoas
preparadas doutrinariamente e experientes em relação à vida cotidiana.
O assistente precisa sentir no palestrante o que a Doutrina chama de força
moral. Ou seja, que o expositor esteja falando de algo que conhece e pratica.
O tempo destinado à palestra também é importante. Muito curtas, são
superficiais; compridas, tornam-se exaustivas. O ideal são palestras que tenham
duração de no mínimo 30 minutos e no máximo 40 minutos.
Seu teor deve mesclar os postulados da Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus.
Sempre que possível, relacioná-los com o dia-a-dia da sociedade. Assim, o
ouvinte poderá fazer ligações do que está ouvindo com seus próprios problemas e
dúvidas.

Importante: no momento da palestra,
é aconselhável que as demais atividades da casa sejam interrompidas para que
todos os trabalhadores e público possam escutá-la. Lembremos que a palestra será
o agente modificador do necessitado e incentivador dos que prestam assistência
no núcleo.

Atendimento
particular:
chamado em alguns centros espíritas de consulta
ou entrevista, este trabalho visa orientar e ajudar espiritualmente pessoas
detentoras de problemas mais graves, e quando necessário, submetê-las a um
tratamento espiritual.
Em uma sala reservada, um atendente e um auxiliar (trabalhadores experientes da
casa) receberão para uma conversa íntima indivíduos desajustados emocionalmente,
desesperados, com dificuldades familiares, amorosas, financeiras, desiludidos da
vida.
A recepcionista da casa se encarregará de preencher uma ficha com os dados
básicos do atendido (nome, idade, estado civil, endereço), encaminhando-a aos
atendentes. Estes, após conversarem com a pessoa, farão os demais apontamentos
que julgarem necessários para o acompanhamento do caso, como: estado emocional,
religião praticante, se é portador de algum desequilíbrio mental já
diagnosticado por médicos, se está sob efeito de remédios, e outras informações
que poderão ajudá-los em um possível tratamento espiritual.
Casas que já possuem médiuns devidamente preparados poderão detectar durante a
entrevista ou em uma reunião mediúnica se há ou não uma influência espiritual
atuando junto ao ser, orientando-o após isso sobre as atitudes a serem tomadas.
Caso contrário, o atendente terá seu trabalho limitado, mas poderá orientar o
indivíduo dentro de um posicionamento cristão, ajudando-o a corrigir seus
defeitos e encontrar a paz procurada.

Importante:
a) Todas as informações prestadas pelo entrevistado ao atendente serão
altamente sigilosas. As fichas que contêm anotações sobre a vida particular da
pessoa deverão ficar em um fichário sob a responsabilidade daqueles que
participaram da entrevista.
b) Caso haja a utilização de um médium verificando a atividade espiritual ao
lado do atendido, possíveis manifestações de Espíritos nunca devem
ocorrer na presença do necessitado, para evitar possíveis distúrbios psíquicos
ou impressões indesejadas.

Reunião
mediúnica:
trata-se de uma reunião íntima onde apenas
participam os médiuns (pessoas com maior capacidade de sentir a influência dos
Espíritos) da casa e algum trabalhador auxiliar, pois ali muitas vezes serão
tratados assuntos que dizem respeito à vida particular de pessoas que buscaram
auxílio no centro espírita. Depois de passarem pela sala de atendimento, e
verificado possíveis influências espirituais (obsessão), os casos serão levados
às reuniões mediúnicas, ou de desobcessão. Nestas reuniões, o dirigente da
sessão fará o que Allan Kardec denominou de evocação, ou seja: solicitará a
Jesus e aos Espíritos superiores que permitam a manifestação da entidade
espiritual que está acompanhando determinado ser. Ao se manifestar em um dos
médiuns presentes, este Espírito receberá o que o Espiritismo chama de
doutrinação, que nada mais é do que uma conversa franca e amigável com o
Espírito comunicante. O trabalhador responsável tentará obter do Espírito o que
ele deseja ao lado do necessitado e tentará convencê-lo a afastar sua
influência, com a ajuda dos Espíritos que dirigem a casa.
A reunião mediúnica também pode servir para que os bons espíritos dêem
orientações e para que os sofredores manifestem-se, podendo ser ajudados através
da conversa.

Importante: para conseguirem-se
bons resultados na doutrinação dos Espíritos é necessário que médium e
doutrinador tenham uma vida moral sadia. Vícios materiais, como o cigarro, a
bebida ou as drogas; e vícios morais, como o adultério, o orgulho, a
sensualidade exagerada e a mentira devem ser combatidos rapidamente por aqueles
que se dispõem a trabalhar em nome de Jesus em um centro espírita.
Assim como nas palestras, onde o exemplo moral do palestrante é que tocará o
indivíduo que o escuta, na mediunidade o Espírito só será convencido de que
precisa se modificar se sentir que quem o está orientando ou dando-lhe passagem
está esforçando-se também para isso. Caso contrário, a evocação dificilmente
trará benefícios ao sofredor.

Tratamento
espiritual:
todo aquele em que foi diagnosticada uma influência
espiritual (obsessão) deverá passar por um tratamento espiritual. Ele consiste
na aplicação de passes semanais, a ingestão de água fluidificada e o
acompanhamento das palestras no centro espírita, buscando a análise constante
das imperfeições que possibilitaram à má influência instalar-se ao seu lado,
tentando melhorar-se moralmente a cada dia.
Este tratamento será complementado nas reuniões mediúnicas, onde os responsáveis
pela ajuda continuarão a evocar a entidade perturbadora no sentido de orientá-la
a seguir outro caminho.
Assim, atua-se nos dois campos que geram o problema obsessivo: o obsedado,
orientando-o moralmente e auxiliando-o fluidicamente; e o obcessor, alertando-o
de seu estado e encaminhando-o para um melhor estágio espiritual.

Passes:
os passes são transmissões de fluidos de um ser para outro. Os fluidos são
energias que fazem parte da estrutura material e espiritual dos seres. Nos
centros espíritas é aconselhável que os médiuns passistas tenham uma vida
regrada, sem os vícios já citados no item “Reuniões mediúnicas”. Afinal, se seus
fluidos estiverem contaminados por maus pensamentos ou atitudes indevidas
poderão prejudicar ao invés de auxiliar quem os recebe.
O passe é aplicado apenas com a imposição das mãos do passista sobre a fronte do
indivíduo. Não é necessário tocá-lo.
No momento do passe, o passista busca sintonia com os Espíritos superiores,
geralmente através de uma prece feita de pensamento. Com isso, estes amigos
espirituais poderão ajuntar seus fluidos aos fluidos do médium, favorecendo
ainda mais quem está recebendo. A pessoa após o passe irá se sentir fortalecida
e mais disposta frente aos problemas por quais passa.

Importante: o passe é um
complemente espiritual, e não a solução. Para que o indivíduo possa melhorar é
necessário que busque constantemente a libertação de suas imperfeições. Aqueles
que buscam a casa espírita apenas para receber o passe devem ser orientados
sobre a necessidade do esclarecimento através das palestras e das boas leituras.

Livro de preces:
muitas pessoas que vêm ao centro têm parentes e amigos que não podem
acompanhá-los por variados motivos: doença, viagem, trabalho ou mesmo ignorância
sobre o que é a Doutrina Espírita. Outras há que gostariam que seus entes
desencarnados recebessem boas vibrações através de orações feitas no núcleo. O
livro de preces serve para isso. As pessoas deixam lá os nomes, idade e endereço
dos que elas gostariam que fossem beneficiados pela prece. Um trabalhador da
casa pode ficar responsável por anotar os dados, que posteriormente serão
levados para a reunião mediúnica. Assim, em determinada parte do trabalho, será
feita uma prece a Jesus e aos bons Espíritos, pedindo que possam interceder
junto àqueles que ali estão anotados.

Importante: sempre que possível,
orientar ao público que embora as preces à distância possam levar ajuda, o ideal
é a presença da pessoa na casa espírita, onde o amparo será mais direto e os
resultados melhores.

Estudo doutrinário:
é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da
Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os trabalhadores em geral, é
aconselhável a leitura de “O Livro dos Espíritos” e de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”. Quanto aos que trabalham na mediunidade, a leitura de “O Livro dos
Médiuns” torna-se obrigatória para o bom desenvolvimento de suas faculdades.
Se a casa espírita fica sem estudo torna-se presa fácil de Espíritos atrasados
que vez por outra tentam atrapalhar o bom andamento dos trabalhos em nome de
Jesus. Conhecendo as Obras Básicas da Doutrina, as orientações de Kardec e os
conselhos dos Espíritos superiores os trabalhadores do centro estarão mais
atentos para saberem se estão ou não fazendo da casa um núcleo espírita sério.
As obras acessórias que existem no movimento espírita, psicografadas (escritas
através de médiuns influenciados por Espíritos) por Chico Xavier, Divaldo
Pereira Franco e tantos outros médiuns de renome também podem ser estudadas,
desde que não sejam o alvo principal dos estudos. O trabalhador precisa estudar
e revisar constantemente as obras de Kardec para poder separar o joio do trigo
existente nas obras acessórias.

Importante: Para os que estão
ingressando ou querendo ingressar nos trabalhos da casa, é importante que o
centro tenha um curso para iniciantes.
Há vários cursos deste tipo no movimento espírita, que trazem um resumo da
Doutrina e de sua história. É aconselhável que diferente dos trabalhadores, que
devem estudar sempre, os iniciantes tenham um curso de curta duração (no máximo
5 meses, com aulas semanais). Caso contrário, poderão desanimar antes de
conhecerem mais a fundo o Espiritismo.
Se o curso seguir estas dicas, com certeza será um grande auxiliar na captação
de novos trabalhadores para o centro.

Assistência
material:
a caridade material deve fazer parte de toda casa
espírita. Se ficarmos apenas na teoria, sem colocar “a mão na massa”, o centro
corre o risco de tornar-se apenas um núcleo de muita conversa e pouco serviço.
Trabalhos assistenciais a serem desenvolvidos não faltam: visitas a enfermos em
hospitais, manicômios, orfanatos, asilos; distribuição de cestas de alimento, de
roupas, de comida; desenvolvimento de escolas profissionalizantes, cursos de
gestantes, e evangelização infantil em favelas e muitas outras formas de auxílio
aos carentes do pão material.
Todo trabalhador do centro espírita deve buscar ao menos um tipo de caridade
material por semana. Isso desenvolverá dentro dele o sentimento de compaixão ao
próximo, que lhe será muito útil em sua vida, dentro e fora da casa espírita.

Divulgação
doutrinária:
a Doutrina Espírita precisa ser bem divulgada para
que diminuam as confusões existentes entre ela e cultos espiritualistas ou
afro-brasileiros. Ter uma biblioteca na casa é de extrema importância. O centro
poderá comprar ou receber em doações uma série de livros doutrinários que possam
esclarecer o leitor sobre as bases do Espiritismo e do mundo espiritual. Estas
obras devem ser emprestadas ao público que terá cerca de vinte dias para ler e
devolvê-la para a casa. Uma pessoa fica responsável pelo empréstimo e anotação
do nome, endereço e telefone do locatário. Com isso, se caso houver uma demora
na devolução, o bibliotecário poderá contatar o leitor e lembrá-lo de devolver a
obra para que outras pessoas possam usufruí-la também.
Outra forma importante de divulgação são os folhetos (veja
exemplo
) ou jornais doutrinários que podem ser confeccionados pelo grupo. O
teor das matérias deve ser o esclarecimento das práticas espíritas, a exposição
de temas evangélicos e o comentário de situações e fatos do cotidiano à luz da
Doutrina Espírita.
Estes veículos de divulgação podem ser entregues aos freqüentadores da casa,
como também distribuídos nas redondezas do centro espírita, de casa em casa,
servindo como propaganda para o núcleo espírita.

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