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10º Encontro Espírita Sobre a Vida e a Obra de Eurípedes Barsanulfo

10º Encontro Espírita Sobre a Vida e a Obra de Eurípedes Barsanulfo

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Rosângela Pertile
Rio de Janeiro
27/05/2000

Dirigente do Estudo da Noite:

Mauro [MBueno]

Oração Inicial:

_DulceEstudos_ Boa noite, amigos. 🙂
Vamos iniciar então o nosso encontro da noite, sintonizando-nos uns com os outros,
através da alegria em nossos corações,
pela oportunidade que temos de aqui estar, nesse espaço de estudo e aprendizado,
tão querido aos nossos corações.
Lembrando da figura amiga de Jesus,
Mestre dos mestres,
amigo de todas as horas,
elevemos a nossa vibração até ele, modelo e guia de nossas vidas, e com muita fé e muita confiança,
conversemos com ele:

Amigo Jesus,
obrigada pela oportunidade renovada,
do estudo e da ampliação de nossa visão do mundo e da Vida. Que possamos ter as mentes e os corações abertos para assimilar todos os ensinamentos da noite, de modo a que eles penetrem profundamente em nossas mentes, e possamos, a pouco e pouco,
colocá-los em prática,
em nossos atos,
nas nossas palavras,
em nossos pensamentos e em nossos sentimentos. Inspira a palestrante da noite,
com a Tua luz e a Tua sabedoria.
Obrigada ainda uma vez, por tudo quanto nos dás. Graças a Deus. Graças a Jesus.

Mensagem Introdutória:

MENSAGEM PARA O 10º ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE A VIDA E A OBRA DE EURÍPEDES BARSANULFO

Segue a humanidade em busca de Deus…
Em todas as épocas, o homem sentiu a necessidade de entender a divina manifestação. Deu-lhe nomes diversos, atribuindo-lhe valores misteriosos ao homem comum. Até mesmo alguns cientistas tentaram reduzir a Divindade a simples secreção glandular, mas a sabedoria popular, que busca Deus infinitamente, nunca se deixou seduzir, inteiramente, pelas idéias esdrúxulas criadas pela descrença da mente de alguns cientistas. Por isso acontecer, o homem busca, pela fé que já possui, as sublimes manifestações de Deus, em todos os seus momentos.

Criança espiritual, considerava que as oferendas o faziam chegar mais perto de Deus. Mais senhor da razão, concluiu pela idéia de um Deus Despertado em sua natureza espiritual, tem buscado na relação psíquica as formas de entrosamento com as maiores, melhores e bondosas formas de vida. Assim, se o homem primitivo imolava criaturas, para entregá-las a Deus, o homem de hoje sacrifica o seu orgulho e a sua vaidade, justamente para aprender a conviver com todos os seres, porque já percebe que somos de Deus. Eleva-se, portanto, a Deus, porque já entende que os fenômenos tão lindos e bons surgem à sua frente para que creia em bondade e paz. Abraços Fraternais! :))
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 10/05/2000) Luiz
Paz

Exposição:

Boa noite a todos.

Que as nossas primeiras palavras sejam de um profundo agradecimento a Deus, pela oportunidade da vida, e a Jesus, nosso Mestre Maior pela responsabilidade que temos em divulgar o trabalho tão dignificante que é a Doutrina Espírita.

Hoje para nós, é um dia muito especial. Viemos como “mestre de cerimônias” convidar a todos vocês para participarem do nosso 10º Encontro Espírita sobre a vida e obra de Eurípedes Barsanulfo.

Este ano o tema gira em torno do Espírito Eurípedes Barsanulfo e sua relação com a mediunidade e com Deus.

Desde os primórdios dos tempos, o homem busca a origem de sua vida, a razão de sua existência.

A relação do homem com a divindade e a crença da vida após a morte é estimada existir desde o antigo período paleolítico (50.000 a 30.000 a.C.).

Um pouco mais a frente, já no mesolítico, surge o animalismo, onde o homem tenta controlar os animais selvagens e promover sacrifícios destes em arenas,

criando oráculos com os ossos e encenando danças mímicas dos animais e ritos de fertilidade.

Para estes primitivos, os animais tinham poderes mágicos e eram considerados como espíritos guardiões.

O pensamento humano foi evoluindo, aos animais sucederam as forças da natureza, os deuses antropomórficos, mas a relação com a divindade sempre foi de barganha, de favores e pedidos.

Os xamãs, magos, curandeiros e pitonisas intercediam a estes pedidos e oferendas, onde a resposta da divindade era quantificada no valor ou na extravagância das oferendas. Muitos cultos tinham como objetivo chocar a imaginação do povo e controlá-lo pelo temor.

Léon Denis nos fala que todas as grandes religiões sempre tiveram duas faces: a aparente, popular e a oculta, onde debaixo de cada símbolo material se esconde uma significação mais profunda, onde para entender esta significação, faz-se necessário penetrar no pensamento mais íntimo, que lhes inspira e motiva a existência.

E quando penetramos neste pensamento íntimo, recôndito, encontramos a base de tudo o que existe, o princípio gerador, imutável, superior, cujas religiões não são mais do que adaptações imperfeitas da relação da criatura como Criador.

Há sempre na alma um sentimento natural que a arrasta para um ideal de perfeição em que se identificam o Bem e a Justiça. O homem sabe, em sua consciência, que há algo nele que sobrevive à morte do corpo físico. Como vemos nas escrituras védicas: “há uma parte imortal do homem que é aquela ó Agni, que cumpre aquecer com teus raios, inflamar com teus fogos – de onde nasceu alma? Umas vem para nós e daqui partem, outras partes e tornam a voltar”

E como a alma sobrevive ao corpo, como fazemos para pedir auxilio, por exemplo daquele que sempre foi sábio enquanto reencarnado?

Neste intermédio plano carnal / plano espiritual, temos a figura do médium , com suas várias denominações através dos tempos e das religiões.

E como era esta relação? Com mística, com oráculos, com rituais. Os médiuns de outrora, se afastavam do mundo de relação,

eram iniciados que viviam isolados em seus estudos, em seus templos, em suas catacumbas, em comunhão com o plano invisível, eram “diferentes” do resto da população.

Carregavam em si uma atmosfera mágica, de sobrenatural, de temeroso, de incompreensível.

Até que veio Jesus, nosso mestre maior, e popularizou os fenômenos mediúnicos e anímicos, mostrou a toda a população a cura, a desobsessão, a doutrinação de Espíritos sofredores; mostrou aos seus apóstolos que eles também poderiam curar, desde que tivessem fé. Nos disse “vós sois deuses, podeis fazer o que faço, e muito mais. Após sua volta ao plano espiritual, seus apóstolos continuaram seu trabalho, levando a palavra do Cristo por vários locais, curando, auxiliando e amando-se. A humanidade caminhou, se afastou da idéia de Deus Pai, bom e justo, esqueceu do sermão da montanha, esqueceu do mandamento maior do Cristo – amar a Deus sobre todas as coisas, e o próximo como a si mesmo.

Após a idade da razão, quando a humanidade estava imersa em um materialismo sem futuro, um positivismo cego, o consolador prometido pelo Cristo chegou até nós. Não um personagem, um único indivíduo, mas o mundo invisível, os Espíritos, dizendo – “estamos aqui, o que morreu foi nosso corpo de carne, nós continuamos aqui, trabalhando amando e evoluindo” Em 1861, Allan Kardec publica O Livro dos Médiuns, que não diz respeito apenas aos médiuns ostensivos, mas a todos nós, de uma forma geral, pois como está escrito em sua folha de rosto: guia dos médiuns

E dos evocadores, ou seja, de todos aqueles que elevam seus pensamentos aos céus, seja aos parentes, amigos, santos, Espírito Santo, todos, indistintamente, visto que todos somos Espíritos imortais, e que uma reencarnação como Santo Agostinho ou São Paulo, foi apenas uma, dentre centenas ou milhares. E dezenove anos após, em 1º de maio de 1880, no pequeno povoado de Sacramento, Minas Gerais, reencarna aquele que seria um dos maiores exemplos do mandamento do Cristo – Eurípedes Barsanulfo. Nasce em uma família católica. Ele mesmo sendo católico apostólico romano praticante, se depara com a grande pergunta de sua vida: seguidor inconteste do Cristo, Não conseguia perceber, entender de coração o Sermão da Montanha.

Como os pacíficos poderão herdar a terra? Como aliviar os que sofrem? Eurípedes vira tantos desconsolados permanentes da vida baixarem sepultura sem os prometidos reconfortos, exarados na promessa divina… Até que em 1903, seu tio querido, de nome Sinhô, o oferta com um livro que seria a mola propulsora na condução de sua vida. Seu tio lhe dá um exemplar de “Depois da Morte” , de autoria de Léon Denis, e então Eurípedes passa a noite inteira lendo o livro, à luz de lampião de querosene, saciando suas dúvidas com aquele manifesto de amor escrito pelo mestre de Lion. Ele repete mais uma vez a leitura, e finalmente entende o Pai.

Agora Deus se mostrava com todos seus atributos. Agora Deus se mostrava misericordioso, bom, justo… agora sim, Jesus, o enviado de Deus, lhe descortinava toda a beleza da Criação através do Sermão da Montanha.”Vinde a mim todos vós que estão aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei”. Não mais a morte, não mais a separação, não mais a dor, apenas o Cristo de braços abertos, nos repetindo seu convite. E Eurípedes desta forma, certo, seguro da sua condição de Espírito imortal, de sua condição de médium, trabalha incessantemente na Seara do Cristo. Este Espírito de luz então, se converte ao Espiritismo e começa o seu trabalho de divulgação doutrinária em cada ato de sua vida.

A cada gesto, a cada auxílio, a cada lição ensinada no Colégio Allan Kardec, fica patente a marca do Cristo em sua fronte. Eurípedes dá provas de ser um médium sério, em vários momentos de sua vida, com o auxilio constante de Dr. Bezerra de Menezes Eurípedes dá provas de ser um médium modesto, quando não se jubila de seus feitos, quando se encontra com Jesus na espiritualidade e ao invés de alardear este encontro, o guarda para si e passa a trabalhar mais do que nunca no ideal evangélico, até no momento de sua morte. Eurípedes dá provas de ser um médium seguro, quando seu mentor espiritual Vicente de Paulo, o convida a se afastar da Igreja e criar outra instituição, o avisa que seguirá sozinho no mundo, que os amigos o abandonarão, a cidade lhe virará as costas, sua família o deixará.

Mesmo assim, ele confiou na espiritualidade maior e seguiu. Enfim, Eurípedes foi o exemplo vivo que Kardec classifica como bom médium. Eurípedes também sobre aproveitar da melhor forma possível as suas faculdades anímicas, como a dupla vista, a bicorporeidade, outros estados de emancipação da alma. Quando ocorriam estes fenômenos, ele sempre fez da situação um instrumento de elevação moral e auxilio ao próximo. Eurípedes ensinou aos seus alunos mais do que matérias clássicas, ensinou-os o evangelho de Cristo, ensinou-os que a comunicação com o plano espiritual é natural do ser humano, e como tal não deve ser mistificada ou alardeada.

Quando Eurípedes ia atender a um chamado em desdobramento, mesmo quando ele estava dando aulas, seus alunos mantinham a clama a pacificação e sabiam que seu professor estava, com certeza, a auxiliar um dos aflitos. Eurípedes desencarnou auxiliando o próximo, Eurípedes viveu auxiliando o próximo, Eurípedes nos mostra o caminho a seguir, e nos diz: “o fardo não é pesado, pesados são nossos erros, pesada é a nossa omissão. Desta forma, amigos, convidamos a todos para participar amanhã das palestras virtuais a serem realizadas simultaneamente com o Encontro Espírita sobre a vida e obra de Eurípedes Barsanulfo, no Centro Espírita Léon Denis. Com certeza aprenderemos muito com o exemplo deste Espírito amigo. E é para terminar esta noite de jubilo, de emoção, quando deixamos falar mais alto o coração, que repetimos uma prece feita por Eurípides:

DEUS

O Universo é obra inteligentíssima, obra que transcende a mais genial inteligência humana. E, como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é superior a toda inteligência. É a inteligência das inteligências, a causa das causas, a lei das leis, o princípio dos princípios, a razão das razões, a consciência das consciências; é Deus! Deus!… nome mil vezes santo, que Isaac Newton jamais pronunciava sem descobrir-se!…

É Deus! Deus, que vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe. Reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza! Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na justiça do justo, na misericórdia do indulgente, na fé do pio, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros! Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no estro do vate, na eloquência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio! Deus!

Reconheço-vos eu, Senhor, na flor dos vergéis, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das francas, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento! Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, nos lindos antélios, no íris multicolor, nas auroras polares, no argênteo da Lua, no brilho do Sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações! Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço da humanidade, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito! Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, com Jesus, quando ora: “Pai nosso que estais nos céus…” ou com os anjos, quando cantam: “Glória a Deus nas alturas…” Aleluia!…

Paz a todos, e que a doce e serena paz do Senhor Jesus possa nos amparar os corações e mentes.

Perguntas/Respostas:

01 <_Dulce_> Bem, antes de mais nada, gostaria de agradecer ao Pai a oportunidade de aqui estar hoje. Foi muito legal conhecer um pouco da vida de Eurípedes Barsanulfo que já conhecia um pouco, mas não como hoje. Acho que conhecemos um pouco da pessoa pela sua obra… então, gostaria se possível, que você indicasse algumas obras dele.

<Rosangela_Pertile>Ele não deixou obras escritas, mas a sua biografia está muito bem escrita por Corina Novelino “euripedes, o homem e a missão, O Apostolo da Caridade eu tenho as bibliografia completas, mas não aqui, pedirei ao Mauro para anexar na palestra, quando enviar a vocês, ok????

02 <OdRaX> Essa é a primeira palestra desse canal que eu assisto. Gostei muito, e gostaria de saber se há periodicidade nelas, e onde eu me informo sobre? (t)

<Rosangela_Pertile> é toda semana od, informe-se no www.irc-espiritismo.org.br

03<EdHide> Qual o envolvimento dele com Bezerra de Menezes? Ele era médico tabém??

<Rosangela_Pertile> Não, Euripedes não era médico, embora fosse médium receitista. O Dr. Bezerra de Menezes era mentor espiritual, que o auxiliou, ou melhor, se serviu da mediunidade de Euripedes para a cura, para partos, pequenas cirurgias, etc

04<jal> Peço informar qual bibliografia fala de vidas passadas de Eurípedes Barsanulfo (t)

<Rosangela_Pertile> Corina Novelino, o espírito é o próprio Euripedes Barsanulfo do Instituto de Difusão Espírita- SP

Oração Final:

<Wania> Jesus amigo,
companheiro nosso de todas as horas,
Te agradecemos por mais esta oportunidade, que nos é concedida.
Fortaleça em nós, a vontade de Te servir, seja nas atividades da tua seara,
seja na figura do próximo.
Que o Teu amor infinito vivifique nossos espíritos, que a Tua luz, nos ilumine o caminho,
que a tua serenidade, pacifique nossos corações diante dos nossos testemunhos, que a Tua fé nos certifique da Tua presença ao nosso lado. Que a Tua misericórdia nos alcance hoje e sempre. Que seja em Teu nome, Senhor da Vida,
em nome dos espíritos que conduzem este trabalho, mas sobretudo em nome de Deus,
Assim Seja !

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