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Conhecimento do futuro / Resumo teórico do móvel das ações humanas

Conhecimento do futuro / Resumo teórico do móvel das ações humanas

“O Livro dos Espíritos” Questões 868 a 872

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Flávio Mendonça
31/08/2002

Dirigente do Estudo da Noite:

Ioio

Oração Inicial:

<Ioio> Senhor Jesus, Bom e amado mestre, aqui estamos Senhor, mais uma noite, para podermos estudar os seus ensinamentos. Que nós possamos refletir sobre as palavras que nosso querido amigo Flávio irá nos trazer. Envolva-o com seus fluidos de paz, amor e harmonia para que ele conduza nossos pensamentos em sua direção. E assim Senhor, certos da presença amiga de Cairbar Schutel, Gabriel Dellane e Allan Kardec, mas sobretudo em seu nome, que possamos dar por iniciado o estudo da noite. Fica conosco Mestre amigo, porque de ti muito precisamos .

Exposição:

<Flavio_Mendonca> Obrigado Ioioamiga !

Queridos amigos, estudantes da Doutrina renovadora, muita Paz! É com imenso prazer que divido com vocês este momento bonito de aprendizado rumo ao progresso moral e intelectual. Iniciemos os estudos pelo CAPÍTULO X, parte 3º da lei de liberdade questões 843 a 850 do Livro dos Espíritos:

LIVRE-ARBÍTRIO

“O FUTURO A DEUS PERTENCE”

Este ditado popular revela uma verdade, a qual todas as consciências intuem, porém, não tem domínio absoluto. É que nossa ainda pobre capacidade perceptiva não alcança as dimensões transcendentes da divindade. Somos qual cegos a olhar para o infinito desejando vislumbrá-lo, porém, nossas ferramentas limitas, nos impedem de ver.

Quer a Natureza que assim seja, pois, como somos construções inacabadas, nossos sensores desenvolvem-se concomitantemente. Todavia, há pessoas dotadas de certas faculdades que lhes permitem vislumbrar um pouco mais além, e assim ver e anunciar predições.

A Natureza se mostra sábia quando permite que cada indivíduo, proporcional a sua própria construção consciencial, revele-se com faculdades mais desenvolvidas, porém, poucos são os que possuem. É que não tendo, a maioria, a maturidade suficiente para agir com independência, suas ações apaixonadas, o fariam negligenciar o seu progresso.

Vislumbrar um acontecimento futuro seria para muitos uma prova deveras pesada para suportar, e assim, sua falência seria inevitável. Contudo, Deus permite, com as Leis Naturais, que as coisas se revelem ao seu tempo, dando-lhes, por misericórdia, a oportunidade de crescerem na mesma medida que desenvolvem-se os atributos morais e intelectuais. Ao mesmo tempo, quer Ele que desenvolvamos o nosso livre-arbítrio na medida que ultrapassamos as provas impostas pelas escolhas que fizemos. É para nós uma ferramenta de progresso.

Assim nos é lícito entender que o futuro está ao alcance daqueles que, entendendo o mecanismo da Lei de Causa e Efeito, age conforme esta perspectiva. Mas não tratamos aqui do futuro absoluto, mas de ações que tem conseqüências previsíveis baseadas numa causa conhecida. Exemplo: Uma pessoa que vive no vício, estando esclarecida sobre as conseqüências, é responsável pelo que lhe vier a acontecer. Da mesma forma, quando entendemos os efeitos das causas criadas, agimos pensando no bom resultado.

Mas há também faculdades que levam as pessoas a vislumbrarem situações das quais não tem consciência de suas causas, tão pouco de seus efeitos. São situações em que o espírito antevê um acontecimento, seja por ação do intercâmbio mediúnico, seja por ação anímica. Nestes casos estas situações lhes servem também de prova, colocando-os em condições onde teram que decidir por ações construtivas ou não. Na questão 870, os Espíritos nos trazem um exemplo que nos esclarece a idéia:

“Se um homem vem a saber, por exemplo, que vai receber uma herança, com que não conta, pode dar-se que a revelação desse fato desperte nele o sentimento da cobiça, pela perspectiva de se lhe tornarem possíveis maiores gozos terrenos, pela ânsia de possuir mais depressa a herança, desejando talvez, para que tal se dê, a morte daquele de quem herdará. Ou, então, essa perspectiva lhe inspirará bons sentimentos e pensamentos generosos. Se a predição não se cumpre, aí está outra prova, consistente na maneira por que suportará a decepção. Nem por isso, entretanto, lhe caberá menos o mérito ou o demérito dos pensamentos bons ou maus que a crença na ocorrência daquele fato lhe fez nascer no íntimo.”

Há porém, uma indagação inevitável: Pois que Deus tudo sabe, não ignora se um homem sucumbirá ou não em determinada prova. Assim sendo, qual a necessidade dessa prova, uma vez que nada acrescentará ao que Deus já sabe a respeito desse homem? Bem, não tem por finalidade saber Deus do valor do homem, mas sim de pôr-lhe a prova, dando a ele a liberdade proporcional ao seu estágio evolutivo, ou seja, a sua responsabilidade ( A cada um conforme suas obras – Mateus 16:27 ). Desta forma, pode o homem sofrer com base na Lei de Causa e Efeito, as vicissitudes ou os júbilos a que se fez merecedor. É por este mecanismo que a Justiça Divina providencia o progresso da humanidade.

RESUMO TEÓRICO DO MÓVEL DAS AÇÕES HUMANAS

Uma grande questão que sempre se levanta é a de que seremos dotados de livre-arbítrio realmente, uma vez que acredita-se também no destino e na fatalidade ? Os benfeitores espirituais nos asseveram que a liberdade que gozamos nunca é maior que o grau de elevação alcançada durante a construção do nosso íntimo. Em outras palavras, somos tão livres quanto somos responsáveis por nossas ações. Decorre daí que nossa liberdade é proporcional a nossa condição na vida. Nos dizem também, que não há arrastamento irresistível ao que se fortalece no alforje moral.

O Espírito na condição de candidato a reencarnação, escolhe as provas que deve passar no mundo corporal, todavia, é na existência corpórea que deve suportá-la. De suas decisões decorrem todas as conseqüências a que se submeterá, seja proveitosa ou não, conforme sua resistência ao mal. Neste caso, há fatalidade ? Apenas no aspecto que determina as provas, porém a condução pertence ao espírito livre que vence ou sucumbe a prova escolhida. Nisso consiste o livre-arbítrio que goza toda consciência.

Podemos entender que quanto mais consciente for o espírito, mais liberdade goza, pois percebe muito bem os frutos de suas realizações. Faz-se mister ao Homem, aprofundar-se no conhecimento do aspecto moral da vida, a qual suscita muita investigação e reflexão. Cumpre ele educar-se com base nestas novas perspectivas, amealhando novos condicionamentos, estimulado pela compreensão da Lei de Causa e Efeito e pelo exercício no bem, na caridade, enfim, no amor ao próximo.

O Espiritismo traz esta proposta, ampliando os ensinamentos morais contidos no Evangelho, revelando a uma concepção mais atual a compreensão contemporânea. Sua proposta de conscientização sublima as atitudes ainda materializadas, promovendo-as a prática caridosas a partir do íntimo de quem a compreende ! Como ferramenta divina, nos induz ao auxílio ensejando a busca através da oração e da prece, onde solicitamos dos amigos benevolentes inspirações e forças para resistir ao mal, incentivando-nos ao bem.

Sem o livre-arbítrio, seríamos como máquinas, ou pior, seríamos um vazio imenso, pois que estaríamos a mercê do acaso. Neste caso, por que seríamos dotados de inteligência e senso moral ! É de se julgar que houve ai uma providência para que desenvolvêssemos estes atributos. A lógica e a razão nos conduzem a esta idéia. E é justamente isso que nos diferencia das demais criaturas da orbe, a liberdade de pensar !

FIM

Perguntas/Respostas:

01. <anjinha26PE> Alguém já me disse que eu tenho que desenvolver a minha mediunidade, e me disseram que quando um médium não desenvolve, a sua vida atrapalha-se um pouco é verdade?

<Flavio_Mendonca> Bem anjinha, na realidade a mediunidade deve ser compreendida e educada a fim de atender as necessidades que a suscitou. Assim, podemos dizer que sendo a pessoa médium, deve ela buscar esclarecimentos para que utilize-a da melhor maneira. Evidente que isso só pode ocorrer com os devidos esclarecimentos, fazendo com que, o médium consciente de suas responsabilidades, atue com a educação necessária. Neste caso, fica melhor dizermos que em sendo médium, deve a pessoa buscar esclarecimento a fim de educar aquele compromisso (t)

02. <anjinha26PE> Onde eu pego esse esclarecimento , já freqüento um centro kardecista aqui em Recife, só que o processo de desenvolvimento é lento, então pode se desenvolver em outra linha de mesa branca?

<Flavio_Mendonca> [anjinha26PE] Não se constrói um conhecimento sólido com pressa. Devemos compreender os fenômenos através de estudos profundos, os quais encontram-se bem elaborados na Codificação Espírita ! (t)

03. <anjinha26PE> Mas já ouvi falar de pessoas que vivem um pouco agitadas , por não desenvolverem. Essas pessoas que tem pressa?

<Flavio_Mendonca> [anjinha26PE] Sim, há pessoas que sofrem bastante pela negação de seus compromissos, seja psicologicamente, seja fisicamente .

Oração Final:

<Ioio> Senhor Jesus, bom e amado mestre,
obrigado Senhor, por esta oportunidade de estudo e reflexão agradecemos o estudo
dado pelo amigo Flávio. Que nós possamos refletir sobre o tema e nos
conscientizarmos que somos artífices de nosso destino. Que sua paz e sua luz
caia por sobre todo nosso orbe. Que assim seja !!! (t)

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