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Distinção dos Bons e Maus Espíritos

Distinção dos Bons e Maus Espíritos

Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Leon Denis
http://www.celd.org.br

Palestrante: Amália Silveira
Rio de Janeiro
01/12/2000

Organizadores da palestra:

Moderador: “Luno” (nick: [Moderador])
“Médium digitador”: André Alcântara (nick: Amalia_Silveira)

Oração Inicial:

<[Moderador]> Amado Jesus, que possamos fazer destes momentos de estudo momentos proveitosos. Que possamos absorver de nossa amiga Amália Silveira as informações que por ela nos serão passadas. E pedimos aos amigos espirituais todo o auxilio necessário ao bom andamento do trabalho da noite de hoje. Esteja conosco neste momento. Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

<Amalia_Silveira> Amália Silveira, estou na Casa há 31 anos, participo de várias atividades, até mesmo pelo tempo de Casa. Coordeno os cursos, dou aula de “O Livro dos Espíritos”, de “O Livro dos Médiuns”, “O que é o Espiritismo”, “A Gênese”, “A Família na Visão Espírita”, sou médium e participo de outros trabalhos. (t)

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Amalia_Silveira> Este tema se encontra em “O Livro dos Médiuns” – “Da identidade dos espíritos”. É importante sabermos que para podermos ter alguma noção deste assunto é preciso ter como base crença nos espíritos.

Como nos disse Kardec na “Revista Espírita – 1865”: – É necessário conhecer os princípios básicos do Espiritismo para se julgar os espíritos em sua identidade.

Primeiramente, como princípio básico, precisamos avaliar que, para podermos distinguir a qualidade ou a identidade dos espíritos, temos que crer neles. Perguntando a nós mesmos: Há espíritos? (t)

Perguntas/Respostas:

<[Moderador]> [01] <Dourado-sp> Há pessoas que têm dificuldades para distinguir a vibração dos espíritos inferiores e ou mesmo superiores. A estes, o que seria recomendado? Existem algumas observações simples a se verificarem de pronto?

<Amalia_Silveira> Sim. Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, nos afirma que, depois da obsessão, a identificação dos espíritos é a maior dificuldade do Espiritismo prático. Por isso, não esqueçamos da recomendação de Kardec de que é preciso estudar o Espiritismo para termos a condição de fazermos essa distinção.

Uma das grandes dificuldades nossa é o atavismo de crermos nos espíritos e suas manifestações. Existe um verdadeiro bloqueio em nossa mente por não termos o hábito de pensarmos como espíritos e nos espíritos. Trazemos como ranço o medo de termos qualquer relacionamento com os espíritos, pensamos logo em fantasmas ou alma de outro mundo. Quando temos muito recente em nossa vida crença trazida pelas religiões de que espírito é demônio, torna-se pior a situação.

Porém, graças a Deus, temos hoje a Doutrina Espírita que nos dá a possibilidade de modificarmos este quadro em nossa existência.

Vejamos: como poderemos distinguir as vibrações dos espíritos? É preciso termos noções claras de como isto acontece.

Kardec em “O Livro dos Médiuns” faz um verdadeiro tratado sobre todo e qualquer tipo de relacionamento entre os espíritos encarnados e desencarnados.

Precisamos ter em mente o objetivo das comunicações dos espíritos, porque não depende somente do nosso querer. É necessário que eles queiram ou possam. Para isto é básico que tenhamos noções do mundo espiritual e das condições dos espíritos. Como poderei sentir ou saber se o espírito tem boa ou má vibração? Aí entra a necessidade de sabermos identificá-los.

Kardec nos orienta de que os espíritos antigos são mais difíceis de serem identificados quanto a sua personalidade. Os contemporâneos, os familiares e amigos, se tornam mais fáceis por termos conhecimento de alguns dos seus comportamentos aqui na Terra quando encarnados.

Por isso, identificar os espíritos, na verdade, é mais importante a sua condição de moralidade do que de personalidade. A preocupação maior para nós deverá ser no seu grau de bondade ou de maldade.

Diz Kardec no item 262: “Se a identidade absoluta dos espíritos é, em muitos casos, uma questão acessória e sem importância, o mesmo já não se dá com a distinção a ser feita entre bons e maus espíritos. Pode ser-nos indiferente a individualidade deles, suas qualidades, nunca”. Como poderei distinguir, pelas vibrações, os espíritos? Os bons espíritos nunca nos farão sentir mal, incomodados, suas vibrações são sempre de bem-estar, enquanto que os maus nos fazem o contrário, nos dão muita sensação de mal-estar. (t)

<[Moderador]> [02] <Dourado-sp> Quando temos famílias perturbadas, com o lar em desequilíbrio e a presença constante de espíritos inferiores, além dos procedimentos clássicos (evangelização, transformação interior etc.), existiria uma forma rápida e eficaz para suspendermos temporariamente as perturbações até que o lar se restabeleça em Cristo? É permitido pelo Alto isto?

<Amalia_Silveira> Claro que o Cristo sempre permitirá um meio de conseguirmos uma paz para o lar, desde que tenhamos desejo sincero de conseguir esta transformação no lar. A grande recomendação dos espíritos em “O Livro dos Espíritos” em relação aos perturbadores é cansar-lhes a paciência tendo paciência para com eles.

Naturalmente é necessário usar a lógica e o bom-senso, colocando as coisas no lugar. Os bagunceiros que atraem esses espíritos inferiores deverão ser educados com amor e energia. Os espíritos inferiores só agem quando encontram campo propício para isso. Além da evangelização e transformação interior é imprescindível a utilização do nosso tempo no trabalho do bem. (t)

<[Moderador]> [03] <Nadja> Em “O Livro dos Médiuns” Kardec afirma que, experimentalmente, comprovou-se que uma forma de testar a identidade de um Espírito é faze-lo “afirmar em nome de Deus todo-poderoso” que é a pessoa que afirma ser. Isso funciona com todos os Espíritos? Ou há entidade que sequer respeitam o nome do Criador?

<Amalia_Silveira> Também Kardec nos ensina em “O Livro dos Médiuns” que não basta falar em nome de Deus, pois os hipócritas fazem isso com muita tranqüilidade. É preciso ter-se crença sincera em Deus e condições morais elevadas para conseguí-lo. (t)

<[Moderador]> [04] <Winnie> Na incorporação das entidades africanas no candomblé e umbanda, os membros geralmente passam muito mal no momento da incorporação. Isso quer dizer que são espíritos pouco evoluídos?

<Amalia_Silveira> Sim. Não maus, porém, pouco evoluídos.(t)

<[Moderador]> [05] <Luno> Em uma comunicação, a inteligência é um indício certo de superioridade do Espírito comunicante?

<Amalia_Silveira> Não. “A inteligência longe está de constituir um indício certo de superioridade, porquanto a inteligência e a moral nem sempre andam emparelhadas. Pode um espírito ser bom, afável e ter conhecimentos limitados ao passo que outro, inteligente e instruído, pode ser muito inferior em moralidade.” (Kardec, “O Livro dos Médiuns” – item 265). E isto temos muito claro em nossa sociedade, não é mesmo? (t)

<[Moderador]> [06] <Luno> Sabemos que a identidade absoluta dos espíritos comunicantes está em plano secundário. Porém distinguir a natureza boa ou má destes Espíritos é de extrema importância. Como, então, diferenciar um bom de um mau Espírito? Há algum procedimento básico a ser seguido?

<Amalia_Silveira> Sim. Primeiro estudarmos a única fonte esclarecedora que é a Doutrina Espírita. Segundo: termos o sincero propósito de aprendizado no trabalho prático. (t)

<[Moderador]> [07] <Dourado-sp> Poderia me responder por que os espíritos perturbadores têm pavor de luz acesa? Quando era pequeno, eles me perturbavam, nada sabia de Espiritismo. Eu orava, mas eles conseguiam travar minha boca e mente. Tentava me livrar, eles me imobilizavam fluidicamente. Eu escapava, acendia a luz, “pronto” não perturbavam mais. Quando apagava a luz, começava tudo de novo.

<Amalia_Silveira> Isto acontece com espíritos perturbados mesmo que se aproveitam primeiro da ignorância de quem sofre, e da facilidade de aproximação deles que têm prazer de perturbar quando encontram chance.

Isso é conseqüência, muitas vezes, da falta da oração no lar. Pois o culto cristão no lar tem sido o grande remédio para a proteção das crianças que trazem mediunidade desde pequenos. (t)

Considerações Finais do Palestrante:

<Amalia_Silveira> Eis aqui o conselho do espírito São Luiz sobre o assunto:

“Qualquer que seja a confiança legítima que vos inspirem os espíritos que presidem os vossos trabalhos, uma recomendação há e nunca será demais repetir e que deveríeis ter presente sempre na vossa lembrança, quando vos entregais aos vossos estudos:

É de pesar, meditar. É de submeter ao cadinho da razão mais severa todas as comunicações que recebemos; é a de não deixardes de pedir as explicações necessárias a formardes opinião segura desde que um ponto vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro.” (“O Livro dos Médiuns” questão 266).

Então amigos, tudo podemos saber sobre os espíritos, desde que com eles façamos um curso de aprendizado da Doutrina Espírita. Deus nos abençoe. (t)

Oração Final:

<Seheiah> Pai Amado de infinita bondade e misericórdia, agradecemos a oportunidade de estarmos aqui reunidos, mais uma vez, para falar sobre a Doutrina Espírita. Agradecemos as explicações que a querida irmã nos deu essa noite.

Agradecemos esse canal de comunicação que tanto tem feito pela Doutrina e pelos Homens.

Pai, olhai por todos àqueles que ainda têm dificuldade de enxergá-lo, de sentí-lo. Que todos possam carregar a certeza que estás conosco e que possamos, por meio dos ensinamentos de Jesus e da Doutrina dos Espíritos, procurarmos não só a nossa melhoria interior, mas de todas as pessoas, espalhando o nosso conhecimento como uma leve brisa a acariciar delicadamente a todos.

Continuai a ser nosso Guia, nossa Luz, hoje e sempre. Assim seja!