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Felicidade e Infelicidade Relativas

Felicidade e Infelicidade Relativas

“O Livro dos Espíritos” – Questões 926 e 931

Estudo Espírita
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Mauro Bueno
Manaus
31/07/1999

Dirigente do Estudo:

Pedro Vieira (nick: Brab)

Oração Inicial:

<Valeryy> Meus queridos irmãos, após essa mensagem maravilhosa, que nos chama a vivenciar cada vez mais o amor, vamos elevar nosso pensamento e pedir a participação dos espíritos de luz para iniciarmos mais um estudo, mais um capitulo, do longo livro do conhecimento no caminho da evolução, com muita paz, amor e resignação! Sendo assim, abençoa-nos, oh Pai, para que possamos assimilar nem que seja um parágrafo, do nosso estudo e que ele nos dê força para continuar nossa caminhada! Deus está presente!(t)

Exposição:

<MBueno> Boa noite a todos. Paz e muita Luz a todos os corações.

Diversos são os livros onde os espíritos nos demonstram que é justamente a eliminação de necessidades o que marca ascensão. A maioria de nós olha com desdém aquelas pessoas cheias de necessidades específicas, de “luxos” e exigências:

Os talheres devem ser de prata. Este restaurante não figura na lista dos melhores da cidade. Meus perfumes são todos franceses… Este vestido é um exclusivo de “sicrano”… Meus ternos são todos Armani. Carro para mim, pode ter no máximo dois anos e assim por diante.

Não falo de asseio ou de praticidade, falo simplesmente de caprichos, necessidades fictícias, que só existem para satisfazer aquela porção egoísta e exclusivista de algumas “almas”.

A medida que os espíritos vão perdendo a materialidade de seus perispíritos, não mais comem ou dormem, não necessitam de agasalhos. Seus apegos e necessidades emocionais se aquietam e são cada vez mais equilibrados. Pouco há para perturbá-los.

Tal devemos ser nós mesmos. A busca de saciar as necessidades criadas pelo marketing moderno é muito perigosa. O marketing baseia-se nos defeitos morais de nossa sociedade: o status alimenta o orgulho de quem o possui e a inveja dos que o desejam. O orgulho e a inveja são duas ervas daninhas que retardam a progressão dos espíritos.

O marketing continuará seduzindo e conduzindo milhares a necessidades que antes eles nem sabiam que tinham.

Lembram do “Orai e vigiai?” Vigiem-se. Técnicas de marketing são ensinadas na escola. Mas um espírito alerta percebe a manobra com rapidez e pode então sorrir para o truque bobo que está sendo usado.

Seria o marketing o mal? Não!!! É apenas uma maneira de ampliar vendas, conquistar consumidores, e assim por diante. Seríamos nós, vítimas do marketing então os culpados? Sim!!!!! Não seríamos vítimas se não possuíssemos os defeitos dos quais o marketing se utiliza para “capturar” nossa atenção.

“O Livro dos Espíritos” ainda chama-nos a atenção ao fato de que o supérfluo é completamente dispensável para a felicidade, mas que o necessário à vida e à saúde do corpo , este sim, é condição permanente. Quem é o responsável por conseguir este necessário, ou ainda, conseguindo, de mantê-lo? O próprio espírito na maioria das vezes! Se não quer trabalhar, se joga, gasta com supérfluos, se não é previdente e gasta descontroladamente e, com isso, sofre por falta do necessário, queixe-se de si mesmo!

Entretanto, se é por falta de condições impostas por outro, este outro é que é o verdadeiro responsável, arcará por tal suplício que impõe. Este responsável pode ser o pai que impõe a profissão ao filho, ou que insiste para que ele administre o negócio da família. Quando o filho falhar, por falta de aptidão, é o pai o responsável. Se porém, abraça-se carreira por vaidade e está além de sua competência, então a responsabilidade é sua!

Há muitos problemas no mundo por causa disto! O homem não deve afastar-se da esfera intelectual ao qual pertence, deve porém, desenvolver-se dentro dela. Nada há de mau em ser um excelente mecânico, porém é uma lástima ser péssimo cirurgião.

Cada qual deve procurar seguir suas aptidões em termos de profissão. Todas são nobres e não há trabalho honesto que seja vergonhoso.

Mas não se deve seguir carreira aquém de suas habilidades. Seria um desperdício de talento e isto também será cobrado! Deve-se procurar ser o melhor o possível em qualquer trabalho que se faça. A perfeição é meta, a despeito de ser inatingível, deve-se procurar melhorar sempre e incessantemente. Não é à toa que empresas que primam por qualidade se destacam e sobrevivem a dificuldades e crises. Qualidade em tudo o que se faz é consoante a Lei do Progresso!!! A implacável Lei do Progresso…

Há porém, escassez de trabalho! Há desemprego em massa! Esta é uma falha de nossa sociedade, que justamente por isso, não pode se considerar evoluída.

Diz “O Livro dos Espíritos”, questão 793: “Por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa?”

“Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que hão percorrido a primeira fase da civilização.”

Com deve se portar o espírita frente a este crescente desemprego? Fé? Orações? Ações diretas que reduzam o desemprego? Todas as perguntas tem a mesma resposta: SIM! Ter fé no progresso, orar pedindo forças e auxílio, agir consigo mesmo e com os demais sempre buscando maneiras de melhorar a vida das pessoas ao nosso redor. Continuamente levo as pessoas que comigo trabalham para a sala de treinamento e digo a elas: Estou treinando vocês para ganharem mais, para treinarem outros, que treinarão ainda outros e outros!

Fomento o auxílio mútuo, meço-lhes o trabalho em equipe com escala melhor que o a do trabalho individual. Asseguro-lhes que os resultados são fantásticos. O senso de equipe é “mágico” e produz grandes trabalhos.

Os países onde seus governos esquecem de produzir desenvolvimento padecem de misérias fabulosas. O sofrimento atinge proporções calamitosas. Os países considerados ricos, sofrem atentados terroristas, drogas entre seus jovens, facções racistas. Ricos ou pobres, nossa sociedade está longe de ser feliz, pois está longe de ser evoluída. Cabe a nós fazer evoluir o que estiver ao seu redor! A difusão desta prática evoluirá o conjunto. Somos co-autores de toda a evolução que se processa. Somos espíritos preparados para esta fase de transição que vivemos e sob nossa responsabilidade está a mudança. (t)

Perguntas/Respostas:

[01] <Eulasio_estudando> Gostaria de ter um exemplo de ação direta para diminuirmos o desemprego?

<MBueno> Criar empregos é, sobretudo, resultado de novos empreendimentos. Por vezes, estes empreendimentos não precisam ser grandes. A revista “Pequenas Empresas Grandes Negócios” faz destas idéias o seu negócio principal, que muitas vezes pode ser iniciado por alguém da família. Na medida que vai se ampliando, termina por requisitar mais pessoas para mantê-lo.

Outra forma é fazer muito bem seu próprio trabalho, na empresa onde já trabalha. Se a empresa lucra e está bem, pode crescer e contratar mais pessoas. Procurar, na medida do possível, trabalhar apenas a sua própria carga horária, evitando horas extras também é fonte de auxílio. São diversas, como vê. (t)

[02] <Valdir> Nas explanações acima, muitos, por não acreditarem na sociedade, fazem as suas próprias leis na base da violência; isso vem dos tempos da escravidão?

<MBueno> Valdir, você está coberto de razão! Ainda hoje vemos exemplos disto. As desordens sociais principiam na falta de disciplina, de conhecimento moral mais apropriado e principalmente do despreparo e da ignorância na qual ainda nos encontramos imersos. (t)

[03] <Eulasio_estudando> E uma empresa do porte do Mappin, está fechando suas portas e deixando centenas de pessoas sem emprego. O que teria causado o seu fechamento? Problemas de administração ou falta de qualidade nos seus serviços? Antes de me responder esta última pergunta, MBueno, não entendi a colocação de se evitar fazer horas extras?

<MBueno> Eulásio: As duas coisas são provavelmente verdades. A falha na administração e a falta de qualidade. São situações extremamente interligadas. Veja que a fidelidade a seu trabalho encanta clientes, que voltam a empresa para mais negócios, e ela se torna mais estável…

Infelizmente muitos perdem recursos notáveis, onde poderiam se desenvolver, apenas por entenderem a empresa como um pai, ou uma mãe, obrigada a tudo fornecer. As empresas (todas) vivem de lucro. (t)

Quanto à questão das horas extras: Existem pessoas que optam sistematicamente por trabalhar além de um período considerado normal. Veja, no livro “Nosso Lar”, os espíritos evitam trabalhar além de doze horas diárias. Esta prática de trabalhar muito além do razoável, mascara a necessidade de mais trabalhadores em determinada função e fecha as portas a novos empregos. Decerto que quando isto não é sistemático, não ocorre com freqüência critica, não há nenhum problema. Entende, Eulásio? (t)

[04] <Valdir> Não acreditam na sociedade, como em nós, muitos de nossos irmãos, que não concordam com a nossa mudança de valores para o AMOR e PAZ agora. Quem vive no narcotráfico não tem muita chance com a sociedade que não perdoa, mesmo que as pessoas tenham sido recuperadas. Conheço um amigo que diz que quando sair da cadeia vai voltar para o erro.

<MBueno> Concordo Valdir. Este problema de recuperar os marginalizados ainda é muito gritante em nossa pobre sociedade. (t)

Oração Final:

<Valdir> Amado Mestre Jesus, conhece a cada um de nós, sabes de onde viemos porque somos as ovelinhas, que o Pai enviou e conheces as nossas necessidades de conformidade com os nossos merecimentos. Ajude-nos a transpor as nossas próprias dificuldades, ajuda-nos, Senhor, a sairmos dos nossos próprios escombros, para depor aos teus pés as flores, sem ter que voltar para reconciliar com os adversários por não mais existirem, ilumine os nossos passos e que por onde passarmos deixemos uma esteira de luz. Abençoe-nos, Jesus! Que assim seja!

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