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Inconvenientes e Perigos da Mediunidade

Inconvenientes e Perigos da Mediunidade

Palestra Virtual
Promovida pelo Canal #Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
em conjunto com o Centro Espírita Léon Denis http://www.celd.org.br

Palestrante: Mauro Operti
Rio de Janeiro
27/11/1998

Organizadores da Palestra:

Moderador: “Luno” (nick: ||Moderador||) “Médium digitador”: Carlos Filipe (nick: Mauro_Operti)

Oração Inicial:

<||Moderador||> Senhor Jesus, aqui estamos mais uma vez, reunidos em Teu nome, aproveitando mais uma oportunidade de estudo que nos é concedida. Que possamos, Mestre, buscar o entendimento dos assuntos que envolvem a comunicabilidade entre o plano espiritual e o plano físico para que possamos utilizar da melhor maneira possível os dons mediúnicos que possuímos em benefício de todos. Fica conosco, Senhor, inspirando nosso companheiro Mauro, que será o responsável por dirigir nossos pensamentos na noite de hoje. Que os bons espíritos possam ampará-lo! Que assim seja!

Apresentação do palestrante:

<Mauro_Operti> Eu trabalho no Centro Espírita Léon Denis como expositor, coordenador de grupo de estudos, passista e responsável ha mais de vinte anos por um grupo mediúnico. (t)

Considerações iniciais do palestrante:

<Mauro_Operti> Kardec, em “O Livro dos Médiuns” tem um capítulo dedicado exatamente aos inconvenientes e perigos da mediunidade. De uma certa forma a mediunidade é tão perigosa quanto viver em sociedade. Na realidade a mediunidade é o ponto de contato entre duas sociedades, que se interpenetram: a sociedade dos espíritos e a sociedade dos homens. Assim como para a vida de relação temos que nos ater a certas regras e temos que tomar certos cuidados, assim também no intercâmbio mediúnico. Devemos ter equilíbrio pelo menos relativo, temos que estar em condições razoáveis de saúde, pelo menos como médiuns e temos que conhecer tanto as limitações, porque elas existem, como as possibilidades desse instrumento. (t)

Perguntas/Respostas:

<||Moderador||> [1] <Fernando> O seu tema é muito novo para mim; nunca pensei que houvesse perigo na mediunidade. Não querendo entrar em detalhes, só gostaria de saber quais são os perigos da mediunidade.

<Mauro_Operti> Se não conhecermos a natureza do fenômeno mediúnico, e se não tivermos bem claro que estamos lidando com individualidades espirituais, com todos os potenciais, defeitos e qualidades do ser humano, mas com possibilidades de agir de forma oculta ou velada, podemos ser surpreendidos, e de muitas formas. Podemos ser enganados, podemos ser mal inspirados, e podemos ser prejudicados tanto do ponto de vista físico como emocional. Podemos desenvolver processos obsessivos de difícil controle, entre muitas outras coisas.(t)

<{Moderador}> [2] <Carlos Imbassahy> Considerando que o predicado mediúnico não depende da religião e do modo de vida do médium, pergunto: 1 – Como pode ele discernir os ensinamentos espíritas se não professar o Espiritismo? 2 – Não seria injusto dar atributos mediúnicos a quem não tenha conhecimento do assunto? 3 – O médium, para adquirir seus predicados, depende de seus conhecimentos? 4 – Até onde vai a responsabilidade dele, médium, se não tem domínio do que seja o mecanismo de sua faculdade?

<Mauro_Operti> O conhecimento, tanto das coisas espirituais em geral, tanto quanto do fenômeno em si, abrirá muitas alternativas de trabalho, tanto quanto dará maior segurança ao exercício da mediunidade. Se ele professar o Espiritismo e conhecer o que a Doutrina Espírita traz como esclarecimento para o fenômeno, a probabilidade de ter êxito é bem maior. Se ele não for espírita, a probabilidade de ser enganado será muito maior, além de, provavelmente, avaliar de forma inadequada as possibilidades da atividade mediúnica. Varias dessas perguntas se referem ao exercício da mediunidade por quem não é espírita. Sendo a mediunidade uma lei da natureza, os problemas advindos do seu exercício independem de sermos ou não espíritas ou de conhecermos ou não os ensinamentos da Doutrina.

Eles simplesmente ocorrem, como sempre ocorreram em todos os tempos, do mesmo modo que o manuseio de equipamentos elétricos por pessoas não treinadas pode levar a acidentes graves e até à morte. O contato entre homens e espíritos é potencialmente perigoso, assim como é potencialmente benéfico. Tomemos como exemplo do primeiro caso a famosa brincadeira do copo, que tem levado a problemas sérios de envolvimento obssessivo, enquanto que a mediunidade exercida disciplinadamente em casas espíritas sérias leva a benefícios muito grandes e à alegrias espirituais dificilmente imagináveis por quem não as tenha vivido.(t)

<{Moderador}> [3] <Lilian> Sobre o tema de “Inconvenientes e Perigos da Mediunidade”: Estamos desenvolvendo nossas funções mediúnicas em um Centro Espírita preparado para tal, e no decorrer deste processo atraímos irmãos necessitados de esclarecimentos, que sempre são socorridos pelos trabalhadores da casa. Porém esta Casa fica fechada durante um período no final do ano, como devemos proceder para não nos prejudicarmos e nem ao obsessor?

<Mauro_Operti> A nossa opinião pessoal é que casas espíritas não devem ficar fechadas. Eu preferiria freqüentar uma casa espírita em que o trabalho mediúnico não fosse interrompido, a não ser por intervalos curtos e por necessidade de descanso. (t)

<{Moderador}> [4] <Roger_> Como podemos saber se determinada mensagem realmente é de um determinado espirito?

<Mauro_Operti> Primeiramente temos que examinar o conteúdo da mensagem para verificar se é compatível com o espírito que a assina. Além disto, verificar se há elementos comprobatórios no conteúdo. Pode não haver, pode haver só considerações gerais de interesse comum. Neste caso temos que levar em consideração a confiabilidade do médium, o seu trabalho anterior, a sua moralidade e outras experiências favoráveis que tenhamos vivido com ele. Se não tivermos estas possibilidades de exame, o melhor é guardar a mensagem na prateleira e esperar o tempo.(t)

<{Moderador}> [5] <{Jock}> Kardec dá várias “fórmulas” para estimular o desenvolvimento da mediunidade (estou lembrando da psicografia, por exemplo). Há algum inconveniente para quem talvez não possua esse tipo de mediunidade em utilizá-las?

<Mauro_Operti> Kardec NÃO dá várias fórmulas para estimular o desenvolvimento da mediunidade. Só há um meio de saber se a faculdade existe, que é experimentar durante um tempo bastante razoável até a sua possível eclosão. Se ela não aparecer, desista-se, pelo menos no momento. Além disto, se a pessoa não possui a faculdade, como utilizá-la ?(t)

<{Moderador}> [6] <Naema> É suficiente como proteção o grupo mediúnico estar com boas intenções?

<Mauro_Operti> Não, tanto que é recomendável ou, melhor dizendo, indispensável, que antes de se iniciar as atividades de qualquer trabalho mediúnico, se proceda durante bastante tempo ao estudo doutrinário e a harmonização entre os seus componentes. Além disto, a contribuição de pessoas já experimentadas no trabalho mediúnico é quase indispensável. A experiência e o conhecimento, além da boa intenção, é que estabelecem as condições de segurança no trabalho.(t)

<{Moderador}> [7] <Obireon> Além de capacidades mediúnicas, uma pessoa pode ter também capacidade de libertar o seu espírito do seu corpo físico, sem interferência ou assistência de outros espíritos? Se sim, até que ponto os cuidados que se aplicam a esta atividade são semelhantes ou diferentes com os cuidados relativos à atividade mediúnica? E quais são os seus inconvenientes e perigos?

<Mauro_Operti> Todo trabalho feito isoladamente e individualmente sem a proteção de seres espirituais mais elevados que nós, está sujeito à interferências por parte de espíritos malévolos. Equivale a nos aventurarmos sozinhos em uma favela dominada por traficantes.(t)

Oração Final:

<Barbara> Nesse momentos finais só temos de agradecer a Deus e aos bons espíritos pelas trocas de experiências e que possamos aproveitar esse convívio para melhor trabalharmos com a mediunidade com Jesus. E que possamos caminhar não só com a razão mas também com o amor. Que as bênçãos de Jesus estejam presentes em todos os momentos de nossas vidas. Graças a Deus!

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