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Jesus e as Aflições dos Homens

Jesus e as Aflições dos Homens

IX Encontro Espírita sobre Jesus

Estudo Espírita
Promovido pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Expositor: Luiz Gabina
Rio de Janeiro
18/09/2002

Dirigente do Estudo:

Rosângela Pertile

Mensagem Introdutória:

Mensagem para o 9º Encontro Espírita sobre Jesus

Jesus, o grande amigo da Humanidade! Eis uma justa classificação para o Mestre de todos nós!

Sua característica ímpar foi o amor ao próximo. Fez de tudo para mostrar à criatura humana, frágil em sua essência, que o amor é busca que o homem jamais deve cessar de fazer. Pode parecer a muitos que tal afirmação seja exagerada, porém não entendemos assim.

Como ser que se aprimora, a pouco e pouco, o espírito vai acrisolando conhecimentos e, em sua caminhada, reconhece sua indigência moral. Isso o torna ansioso e aflito, por desejar chegar logo ao ponto em que não mais sofra por dores e erros cometidos durante sua trajetória humana.

Presidindo ao progresso das almas como um todo, Jesus nos deu a noção do amor e, superando as vicissitudes terrenas, apareceu-nos novamente, para dizer que permanece ao lado do homem, enquanto este dele necessitar. Para o demonstrar, tornou a falar aos apóstolos; caminhou ao lado de alguns deles; superou tantas dificuldades, que até mesmo apareceu à multidão, como que a deixar imorredoura notícia aos homens de que os ajuda

Nos momentos de aflição, em que passamos duras conseqüências em razão do nosso modo de ser, não nos esqueçamos de Jesus, o Mestre do Amor, que nos prometeu estar conosco até o fim dos séculos.

Nossas aflições serão temporárias, na medida em que nos associarmos ao bem preconizado pelo Mestre. Ele está conosco, sempre!

Busquemos a sua bondade e o seu sentimento maior, o amor, para que as lutas por que passamos sejam breves e durem o tempo necessário para nos instruirmos diante da vida.

Caminhemos, sempre, contando com a generosidade do Mestre.

Controlemos nossas aflições, substituindo-as pela prática da caridade, conformando nossa existência aos desejos do Senhor de nossas vidas.

Assim o fazendo, estaremos, certamente, merecendo o título de aprendizes do Evangelho.

Paz!

Luís
(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 22/6/2002.)

Oração Inicial:

<Ioio> Senhor Jesus, bom e Amado Mestre, agradecidos estamos pela oportunidade que nos dá de estudarmos sobre a Tua Boa Nova na noite de hoje. Ampara-nos, Senhor, as mentes e os corações para que possamos sair fortalecidos, esclarecidos e consolados pelas palavras do nosso querido amigo Gabina. Ilumina o coração de nosso amigo na condução dos nossos pensamentos da noite. E assim em Teu nome, em nome de Allan Kardec, Léon Denis, mas sobretudo em nome de Deus, nosso Pai de infinita misericórdia, que possamos dar por iniciado o estudo da noite de hoje. Fica conosco Mestre, pois que de Ti muito precisamos.

Exposição:

<Luiz_Gabina> Boa noite e que a Paz de nosso Senhor Jesus esteja em nossos corações.

Nossa participação, nesta noite, é de trazer a vocês o convite para que na manhã do Domingo [22/09/2002],possamos trocar idéias e experiências a respeito do tema do encontro desse ano: “Jesus e as aflições do Homem.”

Quando se fala em aflição lembra-se, imediatamente, de dor, de sofrimento, de angústias, e esta idéia, por si só, nos aflige. Porém o enfoque que queremos dar nesse domingo é o pensamento do Senhor Jesus a respeito de tal assunto.

Começamos pelo seguinte questionamento: O que é aflição?

Quando estamos aflitos, angustiados, ansiosos, preocupados ou inquietos é sinal de que fomos tomados pela aflição e por conseguinte, estamos desarmonizados.

A aflição, para nós, é um estado da alma que se caracteriza por um desconforto, ela é relativa porque depende da intensidade de cada indivíduo. É também um dos mecanismos da lei para estímulo do progresso do espírito.

O homem por si só é o arquiteto da sua aflição. Possui, ele, na sua capacidade intelectiva e sensitiva, a felicidade e a infelicidade de produzir a aflição em diversos matizes e em diferentes graus de intensidade.

O meio pelo qual estamos envolvidos, nos induz diretamente para alguns tipos de aflições. Se estivéssemos centrados em coisas úteis, evitaríamos prejuízos ao nosso corpo físico e a nossa alma, tais como: O homem aflige-se por liberdade e confunde com libertinagem; O homem aflige-se pelo gozo e destrói a sua paz interior; O homem aflige-se por amor e deixa-se levar pela paixão animalizante; O homem aflige-se por dinheiro e envolve-se com uma penitenciária dourada; O homem aflige-se pelo poder que o leva a loucura; O homem aflige-se com o medo da morte e mostra o quanto é vítima da escuridão ou mostra o quanto é enfraquecido e sedento de luz e de entendimento.

As aflições são processos depurativos que chegam ao homem, convidando à meditação em torno da problemática da existência e deve ser conduzida com responsabilidade.

A misericórdia divina faz com que a minha aflição sirva de termômetro, porque ela vai medir meu estado espiritual, que representa o patrimônio de que dispõe para recuperar a minha paz. Com isto, ela me leva a vitória sobre mim mesmo.

Quando o Senhor Jesus nos fala dos “Bem-aventurados os aflitos…” será que somos todos nós? Ou ele se refere, apenas, àqueles que retiram o bom proveito; àqueles que encontram na dor desafios para superarem a si mesmo; aos que se abraçam à fé ardente sobrepondo as conjunturas dolorosas; ou todos que transformam dificuldades e provações em experiência e sabedoria?

Na primeira parte do estudo, analisaremos a origem, as causas e os efeitos, tanto internos quanto externos, das aflições. Ou seja, o que é aflição e os tipos de aflição.

Na segunda parte estudaremos o bem e o mal sofrer e como o Senhor Jesus nos ensina a suportar esse tipo de sofrimento.

Começaremos com “Tormentos Voluntários – ESE Capítulo V, item 23.”

Por que eles existem? Será que é simplesmente porque o homem, ao invés de procurar a paz no coração, única felicidade real no mundo, deseja, ardentemente, tudo que pode agitá-lo e perturbá-lo?

Veremos também, como um homem consegue criar ,propositadamente, tormentos que só a ele caberia evitar, como por exemplo a inveja, o ciúme, a cólera e a insensatez.

Como se comportam as pessoas que não possuem domínio sobre esses sentimentos? Qual o grau de ansiedade, de aflição, que podem chegar essas criaturas? Como são as suas paisagens mentais, oriundas dessas confusões produzidas e quais são seus efeitos internos e externos?

Analisaremos ainda as causas e os efeitos produzidos por sentimentos de mágoa, de revolta, de maledicência, de rivalidade que têm origem na instabilidade moral dos indivíduos.

De acordo com a participação de vocês, teremos a oportunidade de analisarmos mais particularmente, alguns tipos de tormentos vividos pela humanidade e que causam grandes aflições, cujas dores, só não são totalmente insuportáveis graças a intervenção desse amigo citado pelo Irmão Luiz.

Tormentos da família. Como está a nossa relação dentro da nossa casa? Temos filhos adolescentes ou aborrecentes?

E com a nossa parentela? Como estamos praticando os mandamentos do Senhor Jesus, visto que o amar a Deus, se aprende no exercício da oração diária e do Culto no Lar. Será que estamos conseguindo amar ao próximo que está próximo, para sabermos como amar ao próximo que está distante?

Esses e outros questionamentos da família que poderemos trazer para trocarmos idéias e experiências, buscando caminhos e soluções no Evangelho de Jesus.

Tormentos no trabalho. Hoje, quando o trabalho se torna uma atribulação que ronda milhões de lares, uns em busca incessante, outros, preocupados com as conseqüências desastrosas que podem ocorrer a qualquer momento e, por qualquer futilidade, corrermos o risco de perdermos o nosso emprego, a lição do Senhor Jesus sobre “Os trabalhadores da última hora” nos traz a reflexão de quanto mal faz a inveja e o ciúme. Coisas tão comuns que encontramos com naturalidade em todos os setores da nossa sociedade moderna.

Tormentos da religião. Como está a nossa relação com a divindade? Será que recorremos a ela só nas necessidades ou buscamos através do estudo e da meditação, uma reflexão mais profunda, mais sólida para sedimentar a nossa fé?

Temos aí uma gama de questionamentos a serem abordados na manhã desse domingo sobre esse assunto.

E, finalizando, tormentos no lazer. Quantas vezes, uma programação planejada para o divertimento não termina em tristeza, em tragédia ou é responsável por grandes aflições em nossas vidas?

Em seguida, passaremos ao estudo do Capítulo V, item 25 do ESE: A Melancolia.

O que é a melancolia? Será uma sensação de desgosto, de pesar ou de tristeza, conforme afirmam os dicionaristas? Será que é um estado da alma que já vem predisposta, conforme nos diz Léon Denis? Será, ainda, um desencanto insistente que tira a coragem de lutar e nos leva a depressão, como nos afirma Joanna de Ângelis? Ou, ainda, como nos diz o amigo Fraçois de Geneve: “…é uma vaga tristeza que se apodera de nossos corações”?

E, para vocês, o que é melancolia?

Discutiremos como a melancolia se apresenta sutil ou avassaladora, firme ou frágil, dominadora ou não. Quais os mecanismos que levam as criaturas a se sentirem tristes e apáticas? Por ventura suas causas não estariam ligadas a solidão, a saudade, a contrariedade, a aborrecimentos, a frustrações ou ao poder? Quais são as suas conseqüências?

Buscaremos junto ao grande médico das almas, entender e sentir o porquê dEle dizer: “ Vinde a mim vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei…”

Fechando a primeira parte do estudo passaremos ao estudo das” Provas voluntárias. Verdadeiro cilício. ESE, Capítulo V, item 26.”

Segundo Palhano Júnior, no Dicionário da Filosofia Espírita, as provas são situações aflitivas que testam a capacidade do indivíduo para superar as suas próprias imperfeições morais.

A partir daí o estudo nos leva aos seguintes questionamentos: É lícito diminuir o rigor das provas? Qual a influência dos atributos da alma como: inteligência, paciência, resignação, devotamento, bondade, para diminuir as provas que temos que suportar? Em que consiste o mérito das provas?

Chegamos a segunda parte do estudo onde analisaremos “ O Bem e o Mal Sofrer” – ESE Capítulo V, item 18.

E concluiremos o trabalho com algumas passagens do Evangelho do Senhor Jesus, onde Ele nos ensina a suportar as aflições.

Assim fica, então, o nosso convite para na manhã do próximo domingo, aqui nos encontrarmos e debatermos em profundidade esses temas.

Que o Senhor Jesus nos abençoe e alivie as nossas aflições.

Assim Seja!

Perguntas/Respostas:

[01]<estelar> O que leva uma pessoa a contrariar as regras de sua felicidade própria , espontaneamente ter comportamentos que sabe que a prejudicarão?

<Luiz_Gabina> São pessoas que legaram ao segundo plano os verdadeiros sentidos da palavra amor. Lamentavelmente, a criatura está num momento de infelicidade profunda, levado pela sua falta de fé e de amor nela própria.

Oração Final:

<DrUmOnD> Jesus, mestre de infinito amor, a Ti e a Deus nosso pai, agradecemos por tudo de bom que temos em nossa vida. Agradecemos pelo ar que temos para respirar, pela água que temos para beber e principalmente agradecemos pela Tua misericórdia para conosco. Agradecemos ainda pela oportunidade de estar aqui e adquirir mais conhecimentos. Pedimos a Ti mestre, que na próxima palestra possamos estar todos presentes e que ela seja tão proveitosa como esta. Agradecemos pela noite maravilhosa e agradecemos por termos mais a agradecer, do que a pedir.

Que assim seja

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