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A Missão dos Espíritas

A Missão dos Espíritas

Palestra Virtual
Promovida pelo IRC-Espiritismo
http://www.irc-espiritismo.org.br
Centro Espírita Léon Denis
http://www.celd.org.br

Palestrante: Pedro Vieira
Rio de Janeiro
28/04/2000

Organizadores da palestra:

Moderador: “Wania” (nick: ||Moderadora||) “Médium digitador”: “Brab” (nick: Pedro_Vieira)

Oração Inicial:

<||Moderadora||> Jesus Amigo, aqui estamos, diante de ti, dizendo presente às tarefas que abraçamos em tua Seara. Ampara a todos nós, fortalecendo a nossa vontade de te servir. Envolva coma as tuas vibrações de amor e harmonia, aos amigos que aqui estão, e aos outros, Senhor, que pelas mais diversas razões, ainda não conseguiram chegar.

Ampara, especialmente, o nosso amigo Pedro Vieira, no desenvolver do seu estudo, harmonizando o seu pensamento, permitindo, Senhor, que os espíritos amigos o auxiliem. Ampara também, Mestre, às diversas frentes de trabalho do IRC-Espiritismo. Que o desânimo não seja nunca o nosso companheiro, e, que possamos ser alcançados pela tua misericórdia.

Que seja em nome dos Espíritos amigos, que nos sustentam na tarefa, mas sobretudo em nome de Deus, que possamos iniciar as atividades desta noite. Que assim seja!

Apresentação do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Meu nome é Pedro Vieira, sou trabalhador do Centro Espírita Cristófilos, em Botafogo, no Rio de Janeiro, que está comemorando nesta semana seus 96 anos de fundação. Além disso, colaboro como outros tantos amigos para o IRC-Espiritismo, pelo Centro Espírita Léon Denis, com o nick “Brab”. (t)

Considerações Iniciais do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Hoje falaremos, amigos, sobre a missão dos espíritas.

(Mc, 16:15) “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.”

(Jo, 14:15-17, 26) “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.”

“(…) Ide (espíritas), pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho, desta provação terrena, encontrareis fervor e fé.

Ide; estes receberão, com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.” (Erasto, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XX, item 4)

“Pregação”, “Consolação”, “Jesus” são conceitos-chave em nossa postura com o Espiritismo. Vamos nos fixar na primeira palavra por início. Por muitos e muitos séculos o sentido da palavra “pregação” foi levada a cabo como sinônimo de conversão religiosa, de palavras, palestras ou oratórias belíssimas. Por muito tempo media-se a melhor ou pior pregação pela quantidade de adeptos que se fazia.

No entanto, analisando a postura de Jesus vemos um posicionamento bastante diferente. Jesus, embora tenha tido a palavra mais doce, a postura mais firme, a Verdade mais pungente, nunca forçou a ninguém seguí-lo, nunca violentou uma só crença, mesmo que equivocada. Jesus nunca obrigou ninguém ao aprendizado e nunca utilizou-se da pregação em altos brados. Seguia, caminhava e falava, e, é bastante explícito nos Evangelhos: “O Povo o seguia”.

A “pregação” de Jesus era o falar das verdades que veio trazer àqueles que, de livre e espontânea vontade, o seguiam, o ouviam, caminhavam com Ele. Mas por quê o seguiam? Porque Jesus cumpriu melhor do que todos os outros dominadores da Terra, melhor do que todos os pregadores do planeta o papel de CONSOLAÇÃO e apelo real aos corações, por sua sinceridade, direção e abrangência.

E é nesse sentido que o próprio Jesus situa seus seguidores num futuro em que a humanidade estaria mais pronta a entender-lhe a profundidade das palavras, tanto que o chama de “O Consolador”, e não de “O Cientista” ou “O Mestre”. A escolha das palavras que caracterizariam a mudança da humanidade é providencial. A “pregação” de Jesus só era efetiva por conta da consolação que trazia à consciência, que, embora possa se satisfazer momentaneamente com a mentira, só se aquieta com a Verdade.

A missão dos Espíritas é, portanto, fazer que seja efetiva a vinda desse Consolador. O Consolador dentro de nós, nas pequenas atitudes, nas “pregações dos exemplos”, observando atentamente o caminhar dos corações à nosso torno, das mentes à nossa volta. E levar a elas aquilo que elas desejavam. Fazer como Jesus: não perguntava o nome ou de onde vinha, mas apenas: “Que quereis de mim?”. (t)

Perguntas/Respostas:

<||Moderadora||> [01] <Okiya_Sama> Espíritas que somos, devemos ir às praças pregar a nossa fé? Seria isso parte da missão dos Espíritas, ou seria isso apenas proselitismo?

<Pedro_Vieira> Prosélito = “Indivíduo que se converte a uma religião diferente da sua; adepto, partidário”. Do livro “O Que é o Espiritismo”, de Allan Kardec, Capítulo I: “O Crítico”, lemos numa conversa de um crítico com Kardec:

“Visitante: – O senhor, então não procura fazer prosélitos?

Allan Kardec: – Por que eu me empenharia em transformá-lo em prosélito se o senhor mesmo não o deseja. Eu não forço nenhuma convicção. Quando encontro pessoas sinceramente desejosas de se instruir, e que fazem a honra de me pedir esclarecimentos, sinto o prazer e o dever de lhes responder dentro dos limites dos meus conhecimentos; porém, quanto aos antagonistas que, como o senhor, têm convicções firmadas, eu não dou um passo para os desviar delas, já que tenho muitas pessoas bem propensas ao estudo, para perder meu tempo com aquelas que não o são. Mais cedo ou mais tarde, pela força dos fatos, a convicção virá, e os mais incrédulos serão levados pela torrente. No momento, alguns adeptos a mais, ou a menos, não fariam nenhuma diferença; eis por que o senhor nunca me verá preocupado em trazer para as nossas idéias aqueles que têm, como é o seu caso, razões para se afastarem delas” (“O que é o Espiritismo”, 1a. Edição, Edições CELD, 1999, pp. 20-21)

A postura de Allan Kardec é bastante clara. Digamos, inclusive, concordante com a postura demonstrada por toda a passagem pela Terra pelo Mestre Jesus.

(Mt, 10:13s) “E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.” Nesse contexto, sempre que invadimos o direito dos outros de ouvir-nos ou não, estamos fazendo um contra-serviço à Doutrina Espírita.

Certamente locais públicos servem bastante, salvo em casos excepcionais, a esse propósito. Acredito que Kardec e Jesus respondem completamente à sua questão. (t)

<||Moderadora||> [02] <Okiya_Sama> Diante da missão dos espíritas, conforme nos aponta “O Evangelho Segundo o Espiritismo” – com suas aplicações e conseqüências, podemos concluir que o Espiritismo seja uma Religião?

<Pedro_Vieira> “Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais. (…)” (O Livro dos Espíritos, resposta à questão número 28)

Tudo depende da acepção que damos à palavra “Religião”. Se concebermos, por um lado, “Religião” como um conjunto de princípios imutáveis e indiscutíveis segundo os quais devemos nos adequar cegamente a troca de uma salvação, certamente o Espiritismo não se adequa à conceituação. Se, por outro lado, concebermos “Religião” como um conjunto de conhecimentos filosóficos e científicos que levam o homem a um crescimento moral, aproximando-o de Deus, por conseguinte, certamente o Espiritismo é, no dizer de Léon Denis: “(…) o futuro das religiões”.

Mais uma vez, uma questão de definições, de palavras. Nossa insistência com a questão das palavras é tão grande que na questão 138 tivemos que ouvir dos Espíritos novamente: “É uma questão de palavras, com que nada temos. Começai por vos entenderdes mutuamente.” Por isso, ao sermos questionados sobre “o Espiritismo é uma religião”, ou atribuímos os dois pontos de vista situando o Espiritismo ou simplesmente perguntamos: “O que é ‘religião’ sob o seu ponto de vista?” e damos a resposta a contento. (t)

<||Moderadora||> [03]<Okiya_Sama> Qual é a relação entre a missão dos Espíritas e a Reforma Íntima? Onde estariam as igualdades e diferenças entre ambas?

<Pedro_Vieira> Por que Jesus pregava e cada palavra, cada olhar, cada gesto, tocava fundo e eternamente o coração daqueles que compartilhavam a sua presença? O que fazia das palavras de Jesus, de seus atos, de seu tempo uma consolação constante? Dois fatores:

  1. Jesus sabia quem ele era, de onde vinha, para onde ia. A certeza de Jesus sobre as coisas dava a elas autenticidade incomparável, porque permeava a vida simples daquele povo com instruções belíssimas em torno da vida espiritual, que, apesar de todas as diferenças cronológicas e culturais, sempre foi a carência maior do homem.

Essa certeza não vem senão de uma fé robusta, inabalável, provinda da análise científica, do amadurecimento emocional, psíquico e, de forma geral, espiritual. A fé de uma criatura realmente robusta dá a ela autenticidade necessária à consolação dos corações. O caminho do bem é o do auto-conhecimento, do amadurecimento da própria fé, pela compreensão mais acentuada de Deus e da Criação;

2) O que Jesus falava era a VERDADE. A Verdade, embora seja vítima de tantas distorções, intencionais e não, por toda a História, é sempre a Verdade. No dizer do Cristo: “Conhecereis a Verdade. A Verdade vos libertará”. A Liberdade é o que as pessoas desejam. No entanto, para alcançarem essa liberdade precisam ver resplanceder sobre todos os seus problemas a Luz da Verdade. Seus problemas não só de ordem intelectual, mas muito principalmente, os de ordem emocional, de ordem moral. E só uma ação consistente como que procurando refletir em todas as suas atitudes. A Verdade é que poderá fazer do espírita o verdadeiro “médium da consolação”. O que é tudo isso senão a Reforma Íntima? (t)

<||Moderadora||> [04]<Okiya_Sama> Seria possível traçar uma relação entre as expressões “Missão dos Espíritas” e “Trabalhadores da Última Hora”?

<Pedro_Vieira> “(…) Aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.” – O Espírito de Verdade. (Paris, 1862)

“Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao alvorecer do dia e só o terminarei ao anoitecer. Todos viestes quando fostes chamados, um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, para a encarnação cujos grilhões arrastais; mas há quantos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que quisésseis penetrar nela! (…)” – Constantino, Espírito Protetor. (Bordéus, 1863)

A parábola dos Trabalhadores da Última hora, como nos dizem O Espírito da Verdade e Constantino, Espírito Protetor, no Capítulo XX de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, aplica-se perfeitamente aos Espíritas, que, após seguirem os trabalhadores do Cristo de séculos e séculos (…) são chamados na época do Consolador para servirem ao Cristo, de maneira a cumprirem sua missão. Ainda em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, lemos: “Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: “Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.” – O Espírito de Verdade. (Paris, 1860)

Indicando qual deve ser o foco dos Espíritas na continuação do trabalho a que o Cristo nos chamou a realizar, em hora adiantada, mas trabalho tão valoroso como qualquer outro, recompensado com o salário de nossa paz por Deus. Somos, então, os “bons espíritas” os trabalhadores da última hora.

“Bons Espíritas” = aqueles que cumprem a sua missão, fazendo a ponte de sua pergunta. (t)

<||Moderadora||> [05] <Brisa-> A mediunidade é alguma “forma de pagamento” das coisas que fizemos de errado nas vidas passadas? Tipo, um meio de acertar o errado?

<Pedro_Vieira> A Lei de Amor nos mostra que Deus nos dá, como Pai Bondoso que é, oportunidades sempre de nos melhorarmos, de nos fazermos, por assim dizer, mais próximos a Ele, compreendendo-O e vivendo-O.

Certamente a mediunidade é um desses meios. Colocando à nossa volta uma plêiade de Espíritos desencarnados com contato psíquico estreito conosco, nos proporciona ampliadas possibilidades de doarmo-nos a eles.

Como?

Com o pensamento, com a conversa, com a cessão do próprio corpo, da própria fala, das próprias mãos a que expressem suas angústias, frustrações, dores e dúvidas. É como uma mão amiga que os atinge no coração. O médium, quando totalmente agregado ao ideal de sua missão, enquanto Espírita, santifica sua mediunidade cedendo, como Jesus cedeu tantas vezes, sua mão, sua mente e seu sorriso para que outras pessoas fossem curadas de seus males morais, tocando-lhes o coração. E existe possibilidade mais bela de evoluírmos – e, ocasionalmente, refazermos o certo de maneira equivocada que fizemos ontem – do que doando amor nesses contatos coração a coração?

Médiuns, meus amigos, quando emprestarem suas bocas aos Espíritos, não doem simplesmente seus órgãos da fala, doem suas palavras também, abraçando-lhes o coração, entendendo-lhes a dor. Quando escreverem as palavras de sofrimento por eles, saibam que estão ali atendendo-lhes, e, se os Espíritos seguram sua mão física, vocês devem segurá-los mentalmente, dando-lhes a “mão espiritual”, que reanima, que consola. Utilizar-se tecnicamente da mediunidade para o trabalho é justo, mas santificar-lhe é a missão. (t)

<||Moderadora||> [06] <Okiya_Sama> Como é que se coloca em prática a “Missão dos Espíritas” em nosso ambiente de trabalho? É lícito estar-se falando do Evangelho, das virtudes e valores morais, no ambiente tão competitivo de trabalho?

<Pedro_Vieira> Tanto quanto essa postura não fira a vontade e o direito dos outros, é lícito. A partir do momento em que ela começa a incomodar quem quer que seja, que tem o direito de não ser incomodado, faz pela Doutrina Espírita um papel completamente contrário ao desejado.

Lembramos que não é só a palavra que toca. Um sorriso toca, um abraço, um carinho, 1 minuto de atenção, um “bom dia”, uma atitude justa, uma brincadeira a quem chora, reanimando-lhe a alegria; uma prece a quem está em desespero. A postura do Espírita é penetrar as necessidades das pessoas das maneiras que elas permitirem, oferecendo-lhes sempre um “porto seguro” para que possam contar de maneira a, nessa interação, buscarem seu aprimoramento, sua melhora. Evangelizar e ler o Evangelho são conceitos de nível de abrangência bastante distintos. (t)

<||Moderadora||> [07] <nikima_man> Nossa missão é divulgar o Espiritismo de que forma?

<Pedro_Vieira> Pedindo a Deus inspiração e discernimento; Preparando-se intelectualmente pelo estudo para o enfrentamento das dúvidas que surjam; equilibrando-se sempre pela oração e pela vigília de maneira a transmitir para aqueles que nos cheguem certeza e consolação; respeitando sempre os limites do direito do próximo; exemplificando o que falamos; Fazendo aos outros aquilo que gostaríamos que se nos fizessem.

“Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.” (O Espírito da Verdade); “Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem” (Jesus)

Amarmo-nos, enfim. Assim tudo o que fizermos será recheado de bem, apreço, abraço e, mais importante, real consolação. Porque se a destreza das palavras choca e aumenta números, só a consciência tranqüila realmente “converte” o homem em direção a Deus. (t)

<||Moderadora||> [08] <Sergio_PR> Sabemos que a missão do Espírita é efetivar a vinda do consolador, principalmente “vivendo” a doutrina espírita, e dando exemplos. Qual a importância do “conhece-te a ti mesmo” dentro desse contexto?

<Pedro_Vieira> O conceito do “Conhece-te a ti mesmo” é originário de Sócrates, da Antiguidade. Em “O Livro dos Espíritos” podemos ler na questão 919: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?” Resposta: “Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

Mas como?

Santo Agostinho, na questão seguinte, nos mostra: “Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. (…)”

Melhorando-se nos tornamos mais capazes de amar ao próximo, porque nos amamos, por assim dizer, mais e mais. O amor a si mesmo é um resultado da própria fé robusta em Deus e em si, das vivências acumuladas e das posturas positivas perante essas vivências e da melhoria das capacidades de entender as dificuldades dos outros superando as nossa próprias dificuldades. No entanto, não é o suficiente. Uma vez que nossa compreensão se dilata em relação a nós mesmos e em relação à vida, é hora de pormos em prática o mandamento que o Mestre nos deixou.

“Jesus respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”

Conhece-te a ti mesmo, fortalece-te para que teu amor aos que necessitam seja também aumentado, mais e mais. É a conexão pedida na pergunta. (t)

Considerações Finais do Palestrante:

<Pedro_Vieira> Ainda hoje a mais bela canção que o mundo já escutou ecoa em nossos espíritos como um cântico de força, de amor, de confiança e de fé. Possuímos, assim, mecanismos de análise que perdurarão para sempre para nos guiar a uma caminhada segura. Sermos, por assim dizer, mais do que divulgadores espíritas, mas representantes de Deus perante a criatura humana. O amor à criatura humana, o amor ao espírito é a finalidade maior de nossa jornada, logo após o amor a Deus.

Como nos balisar? No dizer de Ghandi, o Mahatmaji da Índia, “se todos os livros da humanidade fossem perdidos e nos restasse o Sermão da Montanha a humanidade estaria bem guiada para sempre em seus caminhos morais”. Por isso, espíritas, meus amigos, vamos nos fixar nas palavras e nas promessas de Jesus, que, cantando do alto do monte, consolou e permanece consolando os corações dia após dia, hora após hora.

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;”

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;”

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;”

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;”

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;”

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;”

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;”

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;”

“Bem-aventurados sereis vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.”

“Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”

Que Jesus nos abençoe e nos ajude nos bons propósitos de servir a Deus em nossa caminhada terrena, pelas mãos do Consolador. (t)

Oração Final:

<||Moderadora||> Senhor Jesus, agradecidos estamos a Ti, pela oportunidade de estudarmos a Doutrina Espírita, mesmo estando distante da Casa Espírita. Que possamos ter sempre em nossas mentes, as Tuas lições, para que possamos nos tornar melhores a cada dia. Que o Teu Amor infinito nos console diante das nossas dores e das nossas dúvidas. Que a Tua paz se faça presente em nossos espíritos, e que a Tua Luz nos oriente a caminhada.

Que seja em Teu nome, Senhor da Vida, mas sobretudo em nome de Deus, que encerramos mais esta atividade do IRC-Espiritismo. Que assim seja!