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Tesouros da Terra e do Céu

Palestras Doutrinárias:
Tesouros da Terra e do Céu

Grupo Espírita Bezerra de Menezes

Autor: José Queid Tufaile Huaixan

Textos a serem apresentados ao público através de cartaz ou lousa da casa espírita:

Segmento A

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.
(Jesus – Mateus, Capítulo 6, versículos 19 a 21)

Segmento B

“Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas o que são segundo o espírito para as coisas do espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz”.
(Paulo – Romanos, Capítulo 8, versículos 5 e 6)

Segmento C

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, transbordante de alegria, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo”.
(Jesus – Mateus, Capítulo 13, versículo 44)

ESTRUTURAÇÃO DA PALESTRA

Composição: 3 segmentos.

Finalidade: Demonstrar que as ocupações materiais não podem superar os interesses pela vida do Espírito. Que o conhecimento espiritual é a maior alegria que alguém pode ter.

EXEMPLO DE COMENTÁRIOS

Segmento A:

“A vida moderna é bem diferente daquela que tínhamos há algumas décadas. Hoje, nas grandes cidades, o homem é obrigado a desdobrar-se para poder cumprir com suas obrigações materiais e sobreviver. Embora haja grande progresso tecnológico por toda parte, a moral parece regredir. O materialismo ainda domina a vida no planeta. A revolução industrial trouxe o consumismo e acabou ditando a vida e suas necessidades.
As pessoas que não possuem uma orientação religiosa sadia, acabam se perdendo neste mundo de corre-corre e atividades. O consumismo e a falta de perspectiva para o futuro são causadores de muitos males psicológicos. Somos, pois, quase obrigados a viver da matéria e para ela. O Evangelho de Jesus Cristo, no inesquecível Sermão da Montanha, nos oferece preciosa lição de alerta: que nos cuidemos para que nossas atenções não se voltem exclusivamente para os interesses materiais.
Não ajunteis tesouros na terra, dizia o Mestre, pois nela as traças consomem, a ferrugem destrói e os ladrões roubam. Os bens terrenos são transitórios. Ajuntai bens celestiais, continua o Rabi. As riquezas espirituais, essas sim, são eternas. E o que são essas riquezas? São as virtudes, o bem que se faz, a amizade que se tem, a sabedoria que se pode adquirir e o serviço que se presta ao próximo. Nós só levamos daqui este tipo de riqueza. E, onde estivermos, certamente elas estarão conosco”.

Segmento B:

“Ao tomarmos conhecimento das maravilhas da Doutrina Espírita, é muito natural que desejemos difundi-la entre as pessoas que nos são caras. Mas, em alguns casos, podemos ficar decepcionados. Há pessoas que não se interessam pelo Espiritismo. Por mais argumentos que possamos usar, elas não o compreendem. Não estão maduras o suficiente para aceitá-lo. O apóstolo Paulo mostra, neste trecho de sua carta aos Romanos, que algumas criaturas possuem inclinação para as coisas materiais e outras, para as espirituais. Recordando os ensinamentos de O Livro dos Espíritos, vamos nos lembrar que os seres espirituais são criados simples e ignorantes. Que, através das encarnações, eles progridem por esforço próprio e , de acordo com a evolução, uns se inclinam para a carne e outros para o Espírito.
As palavras do Apóstolo representam a situação evolutiva de cada um, quando encarnado. Uns cresceram mais, outros menos. Uns já podem compreender as lições da Espiritualidade, outros ainda não. Mas todos, um dia, serão Espíritos Puros. Nós fomos criados para a felicidade e para a sabedoria. Cabe a nós esforçarmo-nos para adquirir essas virtudes.
Nas Escrituras Sagradas a morte é símbolo de sofrimento. Estar morto no mundo espiritual é habitar o Umbral, ou o purgatório dos católicos. É estar consciente, mas inativo. Paulo encerra este versículo mostrando que a dominação da matéria sobre uma pessoa produz sofrimento. A ocupação com as coisas espirituais é vida, atividade e paz”.

Segmento C:

“Nesta passagem do Evangelho, o Cristo pretende nos dar uma idéia da alegria que o Espírito vive, quando descobre as riquezas espirituais. Ele compara o Reino de Deus a um tesouro escondido, que um homem, depois de descobri-lo, deu-lhe muito valor. Vendeu tudo o que tinha para comprar o campo onde estava enterrado.
Nesta lição, verificamos o processo de conscientização que acontece com o cristão, frente à sua descoberta do universo espiritual. Qual a razão dele voltar e vender tudo o que tem?
Ele assim o faz, porque antes de conhecer a Deus, a matéria era a sua morada. Só ela era importante. Quando o homem descobre a Espiritualidade, a matéria deixa de ter tanta importância e ele propõe livrar-se de tudo quanto tem para voltar à Pátria Divina.
O Espiritismo é o Cristianismo renascente. Ele vem complementar as lições do Mestre e nos falar de conhecimentos novos. O Espiritismo não vem destruir as leis ou tirar o homem de suas obrigações materiais, quanto à edificação da sociedade. Mas, vem alertá-lo de que a vida não se resume só em trabalhar e divertir-se. A Doutrina Espírita mostra que há deveres que precisam ser cumpridos e estudos que devem ser empreendidos para a definitiva libertação. Trabalhemos, pois, para conquistarmos o direito a este tesouro eterno de muita felicidade”.