Prezado leitor, hoje , 18 de abril, é o aniversário de um livro escrito em
1857 – O Livro dos Espíritos – que nos inspirou um texto repassado de amor.
Aperte a minha mão, deixe-me chamá-lo irmão e amigo. Olhe nas profundezas dos
meus olhos, e veja a ternura que tenho pela vida, pela sua amizade. Ouça o meu
canto, que não é de guerra, e sim de paz. Busque em meu cantar o chamado do
passarinho em busca da companheira. Mais do que escutar, cante comigo. Façamos
um dueto para cantar a paz. Sejamos irmãos, amigos aqui e além da morte. Amigos
para sempre.
A paz não está nos canhões, nem na ponta das baionetas, nem no crepitar das
chamas que incendeiam as cidades, ou nas armas dos policiais.
Amigo, ouça a canção do vento assobiando entre as folhas das arvores, o aboio
do sertanejo, a doce canção de ninar de uma mãe a embalar o filhinho em seus
braços, as cantigas infantis, a mística canção das estrelas.
Irmão, descubra outros irmãos e passe-lhes esta mensagem de paz. Cante a paz
aos judeus, aos mulçumanos, aos nórdicos, aos indianos, aos ingleses e
irlandeses, aos povos das Américas e da África. A todos os povos de todos os
continentes. Cante para os artistas, para os sábios, doutores e poetas, mas
também para os operários, os lavradores, os sem-terra e os sem tetos.
Este mundo tão grande, com os seus profundo mares, a selva amazônica, o calor
ardente das areias dos desertos, as geleiras dos pólos é o nosso doce, muito
doce lar. Sobre nós há um teto maravilhoso, aljofrado de estrelas, mundos com
humanidades como a nossa, a caminhar para Deus.
Não importa que digam que o mundo é dominado pelos maus, pois a destinação do
homem é ser bom. Quando você se sentir, desanimado, impotente, leia O Livro dos
Espíritos e ilumine-se com a paz. Por isso companheiro, da minha música, repita
o refrão. Reaja, minha sociedade, com amor, muito amor no coração.