A Gênese Segundo o Espiritismo (Resumo) – Parte 10
Os fenômenos materiais tidos vulgarmente como milagrosos, foram explicados
pela Ciência, tendo em vista as leis que regem a matéria. Quanto aos fenômenos
“em que prepondera o elemento espiritual” não explicáveis unicamente pelas leis
da Natureza, encontram explicação nas “leis que regem a vida espiritual”.
O fluído cósmico universal assume dois estados distintos: o de
imponderabilidade – seu estado normal (eterização), passando ao de
ponderabilidade que preside aos fenômenos materiais, de alçada da Ciência; no
estado de eterização situam-se os fenômenos espirituais ou psíquicos, ligados à
existência dos Espíritos, estudados pelo Espiritismo. Neste estado, os fluídos
sofrem maior número de modificações, adquirindo propriedades especiais, sendo
para os Espíritos o que para nós são as substâncias materiais: elaboram,
combinam, produzindo os efeitos desejados. Tais modificações são feitas por
Espíritos mais esclarecidos, enquanto que os ignorantes, mesmo participando do
fenômeno, são incapazes de entendê-las.
Nossos sentidos e instrumentos de análise não podem perceber os elementos
fluídicos; alguns fluídos, entretanto, pela sua ligação com a vida corporal,
podem ser avaliados pelos seus efeitos: são fluídos mais densos que compõem a
atmosfera espiritual da Terra. Possuem vários graus de pureza, sendo desse meio
que os espíritos deste planeta, encarnados e desencarnados, tiram os elementos
necessários à manutenção de sua existência. Em outros mundos ocorre o mesmo, com
as devidas variações de constituição e condições de vitalidade de cada um.
Os fluídos espirituais na verdade são “matéria mais ou menos quintessenciada”;
somente a alma ou princípio inteligente é espiritual. Assim os fluídos
espirituais são “a matéria do mundo espiritual”. Quanto à solidificação da
matéria, na realidade “não é mais do que um estado transitório do fluído
universal, que pode volver ao seu estado primitivo, quando deixam de existir as
condições de coesão”.
Formação e propriedades do perispírito
Originado da condensação do fluído cósmico, o perispírito – corpo do espírito
envolve a alma, conservando sua “imponderabilidade e suas qualidades etéreas”.
Assim, tanto o perispírito como o corpo físico originam-se do mesmo elemento
primitivo, formados dos fluídos próprios ao mundo em que vivem; “são matéria,
ainda que em dois estados diferentes”. Ao emigrar para outro planeta o espírito
deixa seu envoltório fluídico, para formar “outro apropriado ao mundo onde vai
habitar”.
Muitos Espíritos inferiores possuem perispíritos tão grosseiros, de tal modo
que, mesmo após o desencarne, julgam-se vivos, continuando suas ocupações
terrenas. Outros, menos materializados, não conseguem alçar-se “acima das
regiões terrestres”. Quanto aos Espíritos superiores, podem comunicar-se com
mundos materializados como a Terra ou mesmo encarnar em missão, compondo seu
perispírito e (ou) corpo à partir dos fluídos deste planeta.
Os fluídos espirituais que envolvem a Terra constituem-se em camadas
inferiores mais pesadas, tornando-se mais puras nas faixas mais superiores.
Sendo heterogêneas, compõe-se de moléculas elementares alteradas e outras de
diversas qualidades, de onde formam seus perispíritos os espíritos que aqui
vivem. Entretanto, cfe. seja o espírito mais ou menos depurado, “seu perispírito
se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluído peculiar ao
mundo onde ele encarna”. Assim, a constituição íntima de cada perispírito varia
cfe. o progresso moral realizado em cada encarnação. Um espírito superior
encarnado em missão possui o perispírito menos grosseiro que o de um indígena
deste mundo. Quanto ao corpo carnal, é formado dos mesmos elementos,
independendo da inferioridade ou superioridade do Espírito.
“O fluído etéreo está para as necessidades do Espírito, como a atmosfera para
as dos encarnados”. Assim como os animais terrestres não sobrevivem em uma
atmosfera rarefeita, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho dos
fluídos mais etéreos. Somente após depurarem-se, transformando-se moralmente,
despojando-se dos instintos materiais, gradualmente se adaptam a um meio mais
depurado. Existe, portanto, um encadeamento, uma interligação de tudo que existe
no Universo, submetido “à grande e harmoniosa lei de unidade, desde a mais
compacta materialidade, até a mais pura espiritualidade”.
Ação dos Espíritos sobre os fluídos – Criações fluídicas – Fotografia do
pensamento.
Os fluídos espirituais constituem-se nos materiais utilizados pelos
Espíritos, o meio onde ocorrem os fenômenos especiais bem como onde se forma a
luz perceptíveis no plano espiritual, como também é o veículo do pensamento.
Através do pensamento imprimem direção, aglomeram, combinam ou dispersam, dando
forma e cor, mudam as propriedades dos fluídos, de acordo com leis específicas.
Tais transformações podem ocorrer pela vontade como também resultar de um
pensamento inconsciente. Para o Espírito, basta que pense em algo para que se
produza. Pode, pois, tornar-se visível a um médium, mostrando a aparência de
qualquer encarnação em que fixe seu pensamento, com todas as características e
particularidades. Pode criar fluidicamente objetos com duração efêmera (idêntica
à do pensamento que os criou) que, para ele “são tão reais como o eram, no
estado material, para o homem vivo”. O pensamento “atua sobre os fluídos como o
som sobre o ar”; criando imagens fluídicas reflete-se no perispírito como num
espelho, encorpa-se e se fotografa. Assim, os mais secretos movimentos da alma
repercutem no perispírito, permitindo a que leiam uns aos outros como num livro.
Vêem a “preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus
desígnios bons ou maus”.
Qualidades dos fluídos
Assim como “os maus pensamentos corrompem os fluídos espirituais”, sendo
portanto viciados os fluídos que envolvem os Espíritos maus, os fluídos que
envolvem e são emitidos pelos bons Espíritos são puros na medida de sua
perfeição moral.
Os fluídos modificam-se cfe. os eflúvios do meio em que agem, adquirindo
qualidades temporárias ou permanentes. Recebem denominação cfe. suas
propriedades, efeitos e tipos originais. O perispírito dos seres encarnados
irradia ao redor do corpo e o envolve com uma atmosfera fluídica. “Desempenha
preponderante papel no organismo”. Ao expandir-se, o perispírito se relaciona
com os Espíritos livres e com os encarnados. O pensamento se transmite através
dos fluídos, de Espírito a Espírito, e, “cfe. seja bom ou mau, saneia ou vicia
os fluídos ambientes”.
O perispírito “recebe de modo direto e permanente a impressão de seus
pensamentos”, guardando suas qualidades boas ou más. Enquanto o Espírito não se
modificar, seu perispírito conserva-se impregnado daqueles fluídos viciados que
acabarão por reagir sobre o corpo ocasionando desordens físicas, ou seja, várias
enfermidades.
Em uma reunião ocorre o mesmo que numa orquestra: pensamentos bons produzem
salutares eflúvios fluídicos tornando agradável o ambiente, como as harmoniosas
notas emitidas por uma orquestra afinada. Por outro lado, pensamentos maus,
mesmo que não se externem, viciam os fluídos causando ansiedade, mal-estar,
assim como uma nota desafinada. Nas reuniões homogêneas e simpáticas o homem
“recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias pela irradiação do
pensamento”. Assim “um pensamento bondoso traz consigo fluídos reparadores que
atuam sobre o físico, tanto quanto sobre o moral”. Para evitar, portanto, a
influência dos maus espíritos, o meio é simples: à invasão dos maus fluídos,
deve-se opor fluídos bons com a emissão de bons pensamentos, repelindo assim as
más influências. Refletindo o perispírito as qualidades da alma, ao melhorá-la
criamos como uma couraça que afasta os maus Espíritos.
II – Explicação de alguns fenômenos considerados sobrenaturais: Vista
espiritual ou psíquica. Dupla vista. Sonambulismo. Sonhos.
Representando o perispírito a ligação entre a vida corpórea e a espiritual,
permite o relacionamento com os desencarnados e opera no homem os fenômenos
tidos como sobrenaturais.
A vista espiritual, dupla vista ou ainda vista psíquica tem como causa as
irradiações do perispírito, na função de órgão sensitivo do Espírito, assim como
os sentidos do corpo nos dão a percepção das coisas materiais. É a alma que vê
independentemente dos olhos do corpo. Durante o sono o Espírito vive uma vida
espiritual, quando então ocorre a emancipação da alma, podendo deslocar-se a
pontos distantes da Terra, ligado ao corpo pelo laço fluídico; “confabula com os
amigos e outros Espíritos, livres ou encarnados também”. Ao despertar, às vezes
conserva uma lembrança de suas peregrinações, que constitui o sonho. Guarda
algumas vezes intuições que lhe sugerem novos pensamentos, auxiliando na
resolução de problemas que lhe pareciam insolúveis. Fenômenos como o
sonambulismo natural e magnético, catalepsia, letargia, êxtase, etc, sendo
também “manifestações da vida espiritual”, explicam-se igualmente desta maneira.
O mundo espiritual é “iluminado pela luz espiritual, que tem seus efeitos
próprios”, “tem o seu foco em toda a parte”, não havendo obstáculos à visão
espiritual em razão da distância, nem pela opacidade da matéria, inexistindo
para ela a obscuridade. Então a alma, envolta no seu perispírito, “tem consigo o
seu princípio luminoso”, e desenvolve seu alcance à medida da desmaterialização
do Espírito.
A vista espiritual nos espíritos encarnados manifesta-se através da segunda
vista, em vários níveis, “tanto no sonambulismo natural ou magnético, quanto no
estado de vigília”. Com maior ou menor lucidez, permite a certas pessoas ver
órgãos doentes e descrever a causa das enfermidades. Manifestando-se de modo
imperfeito nos encarnados, a segunda vista pode permitir percepções mais ou
menos exatas devido ao estado moral do indivíduo, tais como:
- Fatos reais ocorridos a grande distância, descrição detalhada de uma
localidade, causas e remédios para uma enfermidade; - Presença dos Espíritos;
- Imagens fantásticas criadas pela imaginação (criações fluídicas do
pensamento), das quais guardam lembrança ao sair do êxtase, dando-lhes a
ilusão de confirmarem-se-lhes as crenças de existência do inferno ou paraíso.
Durante os sonhos podem ocorrer as três situações acima, incluindo-se as duas
primeiras na categoria de previsões, pressentimentos e avisos, e a última
explicando imagens fantásticas, que parecem reais ao Espírito, ao ponto de já
ter até causado embranquecimento dos cabelos. São provocadas por exaltação das
crenças, fortes lembranças, gostos, desejos, paixões, remorsos, preocupações,
necessidades do corpo, disfunção orgânica, ou mesmo por outros Espíritos.
Catalepsia – Ressureições
O corpo e o perispírito são insensíveis, transmitindo as sensações ao “centro
sensitivo, que é o Espírito”, o qual as recebe como um choque elétrico. Pode
haver interrupção causada por lesões corporais ou em virtude de momentânea
emancipação da alma (sobreexcitação, preocupação, febril atividade, assim se
explicando por que um soldado no ardor da batalha, não percebe ter sido ferido).
Em alguns fenômenos de sonambulismo, letargia e catalepsia, ocorre idêntico
efeito, embora mais pronunciado, como também nos convulsionários e mártires em
que há total insensibilidade. A paralisia, ao contrário, tem causa nos próprios
nervos, que “se tornam inaptos á circulação fluídica”.
Nos casos de coma, em que o Espírito se acha ligado apenas por alguns pontos
ao corpo, podendo inclusive iniciar-se a decomposição parcial, existe ainda
vida, que poderá voltar a manifestar-se pela própria vontade ou por um influxo
fluídico estranho. Assim se explicam alguns prolongamentos de vida e mesmo
supostas ressurreições. Ocorrendo no entanto total desprendimento do
perispírito, ou degradação irreversível dos órgãos corporais, “impossível se
torna o regresso à vida”.
Curas
Tendo o perispírito e o corpo como origem comum o fluído universal, pode o
primeiro “fornecer princípios reparadores ao corpo” desde que um Espírito
encarnado ou desencarnado, pela sua vontade, inocule “num corpo deteriorado uma
parte da substância do seu envoltório fluídico”, substituindo cada molécula
doente por uma saudável. A cura depende também da intenção e energia da vontade,
“que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto
maior força de penetração dará ao fluído”. Uma fonte impura, entretanto,
funciona como um medicamento alterado.
Os efeitos da ação fluídica podem ser lentos ou rápidos. Certas pessoas podem
operar curas instantâneas, por imposição das mãos ou mesmo só por sua vontade;
pessoas com tal poder em seu máximo grau são raras. A ação fluídica depende
então da qualidade dos fluídos como também de circunstâncias especiais.
Pode a ação magnética ser produzida pelo próprio magnetizador, dependendo de
sua força e qualidade (magnetismo humano), pelo fluído dos Espíritos (magnetismo
espiritual), produzindo diretamente e sem intermediário: curas, sono sonambúlico
espontâneo, influência física ou moral qualquer. Podem também os Espíritos
combinar seus fluídos com os de um magnetizador, imprimindo-lhes qualidades
especiais; produz-se assim um magnetismo semi-espiritual, servindo o
magnetizador de veículo para aplicação desses fluídos.
Aparições – Transfigurações
Assim como um vapor rarefeito e invisível pode se tornar visível pela
condensação, o perispírito pode tornar-se momentaneamente visível pela vontade
do Espírito, que o faz “passar por uma modificação molecular”, produzindo o
fenômeno das aparições, que podem apresentar-se mais ou menos vaporosas, como
também podem chegar à tangibilidade; se o desejar, pode o Espírito apresentar-se
com “todos os sinais exteriores que tinha quando vivo”. Quando tangível existe
somente a aparência do corpo carnal; ao desagregarem-se as moléculas fluídicas,
instantaneamente desaparecem ou se evaporam. Conhece-se várias aparições de
agêneres, que se apresentam como pessoas estranhas com linguagem sentenciosa
inspirando surpresa e temor; passam algum tempo entre os humanos e depois
desaparecem.
Espíritos encarnados, em momentos de liberdade, também podem aparecer, em
local diverso do corpo, sendo reconhecidos, fenômeno “que deu lugar à crença nos
homens duplos”. As aparições são percebidas pelos encarnados através da vista
espiritual, podendo o Espírito tornar-se visível ou mesmo tangível para algumas
pessoas, enquanto outras não o conseguem ver e muito menos tocar. Faltam às
aparições as propriedades comuns da matéria, pois, se as tivessem, seriam
percebidas pelos olhos do corpo.
As transfigurações, por outro lado, resultam “de uma transformação fluídica”
que se produz sobre o corpo vivo tornando-se visível para todos os assistentes
pelos olhos do corpo. Resultam da irradiação do perispírito em torno do corpo
carnal, envolvendo-o com uma camada fluídica e o tornando mais ou menos apagado;
vistos através dessa camada, os traços da pessoa podem aparecer totalmente
modificados e com outra expressão.
Manifestações físicas – Mediunidade
O perispírito é o meio pelo qual o Espírito quando encarnado atua sobre o
corpo, como também o é, quando desencarnado, para manifestar-se. Envolvendo e
penetrando um objeto com seu fluído perispirítico, produzindo uma espécie de
atmosfera fluídica, pode produzir fenômenos de tiptologia, mesas girantes,
levitação, etc. Ao envolver um médium com seu eflúvio fluídico, faz com que
escreva, fale, desenhe. Representam então, tanto o médium como os objetos de que
se utiliza, os instrumentos de manifestação do Espírito. Para o Espírito não há
dificuldade em erguer no ar uma pessoa ou uma mesa, tomar um objeto e lançá-lo
longe. Produz ruídos dirigindo um jato de fluído sobre o objeto, causando o
efeito de um choque elétrico.
Há médiuns que possuem a aptidão de escrever em língua estranha, explanar ou
escrever sobre assuntos acima de sua instrução, sendo alguns até analfabetos,
compõem poesias e músicas, desenham, pintam, esculpem, utilizam a grafia e
assinatura do Espírito comunicante. Agem os Espíritos sobre eles como se a uma
criança se guiasse a mão fazendo com que executasse a tarefa que desejássemos.
Entretanto quando possui o médium na mente os conhecimentos à respeito do que
pretende o Espírito executar, torna-se o trabalho mais fácil e rápido. Tais
conhecimentos podem ter sido adquiridos pelo médium em encarnações anteriores.
Obsessões e possessões
A ação malfazeja dos maus Espíritos é uma constante na Humanidade “em
conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes”. A ação persistente de
um Espírito mau sobre uma pessoa, constrangendo-a a agir contra sua vontade,
ação esta que pode ser perceptível ou não, influenciando moral ou fisicamente,
ou então a obstinação em manifestar-se através de um médium tornando-o
exclusivo, constitui-se na obsessão. Decorre sempre de uma imperfeição moral do
obsidiado. Contra seus efeitos deve-se contrapor uma força moral com o
fortalecimento da alma através do trabalho na melhoria íntima. Representam as
obsessões quase sempre uma vingança com origem em encarnação anterior. Nos casos
graves o obsessor envolve sua vítima com um “fluído pernicioso, que neutraliza a
ação dos fluídos salutares e os repele”. Juntamente com a aplicação de passes no
obsidiado é necessário que se atue com superioridade moral sobre o obsessor,
levando-o a “renunciar aos seus maus desígnios”. A vontade e a prece por parte
do obsidiado concorrem efetivamente para que mais rapidamente seja libertado da
obsessão. Quando porém se ilude com as qualidades de seu obsessor e se compraz
no erro a que é levado, resulta em estado de fascinação, “infinitamente mais
rebelde sempre, do que a mais violenta subjugação”. A prece é o “mais poderoso
meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor”.
Na possessão o Espírito atuante toma temporariamente o corpo por
consentimento do encarnado, falando por sua boca, vendo por seus olhos,
movimentando-se como se vivo estivesse, imprimindo-lhe sua voz, linguagem,
maneiras e até expressão fisionômica. Pode se tratar de um espírito bom que
deseja se comunicar de forma mais expressiva, não causando qualquer perturbação
ou incômodo. Entretanto, se for um Espírito mau e se o encarnado não possuir
força moral, será martirizado, podendo inclusive o possessor tentar
exterminá-lo. Blasfema, maltrata as pessoas que o cercam, mostrando-se louco
furioso. Tanto a obsessão como a possessão ocorrem, na maior parte dos casos,
individualmente. Pode no entanto “uma revoada de maus Espíritos” invadir uma
localidade atacando muitos indivíduos ao mesmo tempo, em caráter epidêmico.
Mostrando a causa das misérias humanas, o Espiritismo “indica o remédio a ser
aplicado: atuar sobre o autor do mal que, sendo um ser inteligente, deve ser
tratado por meio da inteligência”.
(Publicado no Boletim GEAE Número 435 de 16 de abril de 2002)