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A importância da Oração

“Por isso vos digo: Todas as coisas que vós pedirdes, orando, crede que as
haveis de receber e que assim vos sucederá” (Jesus Cristo, no Evangelho de São
Marcos, Capítulo, versículo 24).

Jesus Cristo veio trazer uma nova religião, diferente de tudo que até então
se tinha dito. Sua doutrina era baseada no culto interior e na modificação moral
do homem. O Mestre Galileu nunca pediu para acendermos velas, cultuarmos imagens
ou praticarmos qualquer outro ritual, pois “Deus é Espírito, e deve ser adorado
em espírito e verdade”.

Entendendo isso, percebe-se que um dos atos mais importante da Doutrina do
Cristo é a oração. Ele mesmo nos ensinou como a fazer, dizendo: “E quando orais,
não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão
ouvidos. Quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar
em pé nas sinagogas, para serem vistos pelos homens”. Estes trechos estão no
Evangelho de Mateus, Capítulo 6, versículos 5 a 8.

Conforme estes ensinamentos, a oração se torna um ato interior do homem, pois
é uma relação íntima da criatura com o Criador. Pede o Mestre para darmos mais
importância ao sentimento que emana da prece do que às palavras. Não adianta
orarmos muito e mecanicamente, como geralmente se faz, pois as coisas externas
pouco significam para Deus e sim as que provêm do nosso coração.

Através da prece podemos nos dirigir a Deus de três formas: pedindo, louvando
e agradecendo. Vamos entendê-las:

PEDIR: no trecho do Evangelho de Marcos que colocamos no início, Jesus fala
que tudo o que pedirmos através da oração haveremos de receber. Temos que
entender direito o que Ele quis dizer, pois o Pai Celestial sabe antes e melhor
do que nós o que necessitamos. Mas, então, porque iremos pedir? Jesus assim
aconselha porque, pedindo pela prece, nós nos colocamos numa posição de
submissão em relação ao Alto. Essa atitude de humildade dará condições ao nosso
Espírito de receber as boas influências provindas de Deus. Inspirações que nos
levarão a vencer com mais tranqüilidade e esperança nossas dificuldades ou as
daqueles que amamos.

LOUVAR: Deus não precisa que nós O louvemos. Nele, não encontramos o desejo
de grandeza, pois por Si só já é onipotente. Precisamos, sim, quando orarmos,
entender esta condição do Pai, que a tudo criou. Louvá-Lo não significa
adulá-Lo, bajulá-lo, mas sim, reconhecer Sua justiça. Isso fortalecerá nossa fé
nos seus desígnios.

AGRADECER: é de vital importância o agradecimento por tudo o que temos na
nossa vida. Se formos fazer uma análise fria do que nos cerca, iremos perceber
que temos muito mais coisas boas que dificuldades. Agradecendo pela comida que
nos mantém vivos; pela roupa, a casa e o trabalho; e ainda por termos uma
família, amigos e a oportunidade do lazer. Lembremo-nos que apesar de parecerem
coisas corriqueiras na vida de todos, há muitos que por vários motivos não as
têm. Embora Deus não precise de agradecimentos, ao reconhecermos Sua ajuda,
estaremos nos predispondo a continuar recebendo-a, pois o grande beneficiado
pela prece somos nós mesmos.

Jesus Cristo nos ensinou uma única oração: o Pai Nosso, que está no Sermão do
Monte, dos Evangelhos. Esta prece contém tudo o que é necessário para a criatura
entrar em contato com o Pai. Mas temos que fazê-la transformando as suas
palavras em sentimentos, não apenas repetindo-as. Se você acha difícil o Pai
Nosso, ore de outra forma. Simplesmente converse com Deus, falando de suas
dores, de seus sofrimentos. Com certeza, seus problemas serão ouvidos e, na
medida de sua fé, solucionados. BANCO DE DADOS

Jornal “A Voz do Espírito” – São José do Rio Preto – SP