1 – Quando Penso em Deus…
tudo se expande e se alegra no Universo: oceanos imensos musicalizam sua águas
cristalinas, no “vai-e-vem” das praias cantantes; riachos discretos recitam
versos singelos, em louvor à Poesia-Oração
2 – Quando Penso em Deus…
vislumbro, bem longe, nos ignotos Caminhos do Infinito, o esplendor e a emoção
de cachoeiras que se projetam, das alturas, orvalhando encostas imponentes; ouço
o marulho de ondas, que se desfazem, tranqüilas, balbuciando hinos de louvor à
Eternidade…
3 – Quando Penso em Deus…
vejo árvores enormes, curvadas em suave reverência; contemplo, embevecido, quase
ajoelhado, plantinhas delicadas, arbustos diminutos, quase imperceptíveis,
cingindo o Altar da Natureza, louvando a Divina Criação…
4 – Quando Penso em Deus…
deslumbro-me ante a majestade do espaço, o brilho das estrelas valsando nos
salões celestiais…
5 – Quando Penso em Deus…
vejo, nos arsenais da memória e nos sutis gabinetes da visão, braços nimbados de
luz, buscando outros braços para os esponsais do Ideal e da Verdade…
6 – Quando Penso em Deus…
identifico almas plenas de esperanças, procurando, no sacrossanto clima do amor
e da paz, da bondade e da justiça, outras almas que vivem, sonham, trabalham…
7 – Quando Penso em Deus…
vejo a vida recriada, sublimando espíritos. Contemplo, em prodigiosa tela,
imagens aromatizadas, que convertem a aridez da Terra em plácido, sereno,
formoso jardim…
8 – Quando Penso em Deus…
o silencioso e nobre gigantismo das montanhas lembra-me o Poder Espiritual –
calmo, inspirando pensamentos que se harmonizam com a Força Eterna e invencível
do amor, em sua abençoada função geradora de Vida e Humildade…
9 – Quando Penso em Deus…
busco ouvir, através da oração, a sinfonia do amor inextinguível, entoada por
Músicos Celestiais, em longínquas constelações, e, também, em planícies
regeneradoras, onde laboram homens de boa vontade…
10 – Quando Penso em Deus…
mentalizo rosas, compondo, com alvinitentes lírios, miriametral Bandeira de Luz,
protegendo a Terra, sustentando-a na gloriosa destinação de renovar a humanidade
terráquea, sob os auspícios de almas encarnadas e desencarnadas…
11 – Quando Penso em Deus…
imagino milhões de buquês de flores – e mais flores, símbolo da perfeição dos
bons e dos justos, aspergindo sobre o ciclópio corpo da Terra incomparável
perfume…
12 – Quando Penso em Deus…
entendo que santificantes virtudes vibram, sob a Divina Ordenação do Pai,
fecundando a Natureza…
13 – Quando Penso em Deus…
o céu, a terra, o mar se enriquecem de sublimados êxtases…
14 – Quando Penso em Deus…
inebrio-me com o magnetismo que o homem registra, limitadamente, devido à
transcendência da Obra Divina…
15 – Quando Penso NELE…
e busco Seu Amparo, sinto-me feliz. As lutas humanas, necessárias à purificação
e aperfeiçoamento, não me destroem: consolidam-me as esperanças; robustecem-me
as energias; enobrecem-me os anseios ascensionais; vitalizam-me o cosmo
orgânico; sutilizam-me o psiquismo; abençoam-me a jornada…
16 – Quando Penso NELE…
peço a Jesus, Seu Amado Filho, ajude-me na conquista dos dons do amor e da
bênção da Luz – o Amor glorifica, a luz brilha, incessantemente…
17 – Quando Penso NELE…
silencio-me, rejubilo-me, verto lágrimas reconfortantes…
18 – Quando Penso NELE…
curvo-me, em espírito, rogando aos benfeitores da Vida Maior não me permitam o
desfalecimento, no meio do caminho, afim de que possa, no Grande Dia, ver,
sentir, beijar a face Augusta do Pai, refletida, no curso de milênios, na Vida e
na Obra do Carpinteiro de Nazaré…
19 – Quando Penso em NELE…
reconhecendo-Lhe a grandeza e recebendo-O como Pai, prossigo, confiante, a
romagem transformadora. Os tesouros dos céus invadem-me o ser, repletam-me o
coração…
20 – Quando Penso em Deus…
tudo de bom, maravilhoso, sublime, acontece…
Texto extraído do Jornal “O Espírita Mineiro”, edição de
Janeiro/março – 1998 (Jun1998)
(Jornal Mundo Espírita de Junho de 1998)