A Administração no Centro Espírita
O Marketing atual pesquisa o mercado rotineiramente, para atualizar o quadro
das expectativas e opiniões dos compradores habituais e dos clientes em
potencial. Canais de comunicação direta com os consumidores são instituídos para
facilitar o acesso a esse manancial importante de informações. O Código de
Defesa do Consumidor prepara as pessoas para utilizarem melhores bens e
serviços, ao mesmo tem que inaugurar uma nova era do relacionamento
produtor-consumidor em que ambos ganham.
Nesse diapasão, precisamos nos conscientizar da necessidade de prestarmos um
bom trabalho em nossa área de atuação. Área essa cuja concorrência esta cada vez
mais acirrada. Não é por abraçarmos uma causa elevada que estaremos isentos do
esforço e dedicação na difusão competente do Espiritismo. A história está
repleta de causas elevadas fracassadas pela negligência do homem. O próprio
Cristianismo é o exemplo maior.
As Funções do Dirigente
O dirigente é, antes de tudo, o administrador de uma organização espírita.
Possui a responsabilidade de buscar todos os meios para alcançar o melhor
resultado possível, dentro dos objetivos da instituição. Observe suas funções
básicas:
- Divulgar os objetivos. Equacionar problemas e necessidades;
- Discutir amplamente os assuntos com todos os envolvidos;
- Estabelecer prioridades;
- Apreciar e deliberar sobre alternativas de solução;
- Planejar as atividades da instituição;
- Identificar oportunidade de trabalho de trabalhadores;
- Zelar pela qualidade geral das atividades.
Administrar não pode mais ser confundido com “mandar”. A autoridade deve ser
reconhecida naturalmente, pelas qualidades da pessoa indicada para dirigente. É
a ascendência moral e a capacidade de trabalho que contam.
Segundo Peter Drucher, um consultor norte-americano, a função do
administrador é “capacitar os subordinados a desempenhar bem suas funções”. Em
outra colocação ele afirma que a finalidade de uma organização é trazer à tona o
potencial dos funcionários”.
No meio espírita, a fraternidade deve vir antes. Não cabe deixar os
trabalhadores isolados do incentivo, da motivação, do apoio e principalmente do
diálogo. Capacitar aqueles que se dedicam voluntariamente a executarem bons
trabalhos, não é tarefa fácil. Principalmente considerando as limitações de
conhecimento e habilidade.
Algumas regras devem ser observadas para a melhoria do relacionamento com os
colaboradores da Casa Espírita, além de contribuírem para o aumento da qualidade
e produtividade dos trabalhos desenvolvidos. São elas:
- Assegurar que o colaborador esteja com boa vontade para realizar uma
tarefa. – Dar sempre uma visão geral do trabalho a ser feito, seus objetivos,
importância e sua repercussão em outras atividades. - Pedir sempre a opinião do colaborador. Abrir espaço para sugestões. –
Esclarecer bem tudo o que se espera da participação do voluntário. Pedir para
a pessoa repetir nas suas palavras, o que ela entendeu quanto à tarefa a ser
realizada. - Acompanhar o trabalho que está sendo desenvolvido. Procurar, em primeiro
lugar, os pontos que mereçam destaque. Elogiar e mostrar sua satisfação ao
perceber o trabalho sendo bem conduzido. Identificar depois, os aspectos que
esteve deixando a desejar, mostrando como o trabalho pode ser ainda melhorado,
com a correção desses pontos.
Conclusão
A administração, assim como o Espiritismo, possui um conjunto de
conhecimentos específicos que é necessário conhecer para se desenvolver um bom
trabalho. Tentar resolver as questões no âmbito da administração, baseando as
decisões apenas no empirismo (experiência pessoal), é tão nocivo quanto
empreender um trabalho doutrinário sem conhecer bem a Codificação.
Todos os dirigentes estão convidados a estudarem a administração e procurarem
se atualizar de quando em quando, assim estarão certos de ocuparem melhor o
precioso tempo dos colaboradores e dos assistidos, maximizando os resultados
esperados.