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Os Drusos

“A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem. É
porta valiosa para que você demonstre boa-vontade, ante os companheiros menos
envolvidos”.
(André Luiz).

Uma comunidade pouco conhecida e difundida nos meios religiosos, que vive na
Síria, no Líbano e na Jordânia.

São os chamados Drusos; diz-se do membro de determinada seita religiosa
secreta na Síria e no Líbano cuja crença é basicamente maometana, e que afirma
que o sexto califa muçulmano, “al-Hakim” que viveu no século XI, da dinastia
fatímida e que foi a última de uma série de encarnações terrenas de Deus.

Esse povo, cuja população é de aproximadamente 900.000 habitantes que se
dispersam por várias cidades e pequenas aldeias.

Sinceramente, quando estudava uma obra que discorria sobre religiões, o nome
desta figura, me chamou atenção, tanto pelo nome, como também pela figura
singular de al-Hakim que segundo seus adeptos foi a última reencarnação de Deus
no orbe terrestre. E aí indago: que Deus é este que veio logo encarnar num
planeta de provas e expiações, além disso, lotadinho de espíritos imperfeitos. O
único Espírito Puro que pisou este solo gerou muitas controvérsias na época por
se dizer filho do Pai Todo Poderoso, tudo que ele ensinava classificavam de
blasfêmias e no final teve que ser crucificado por não ter sido compreendido,
julgado como agitador, revolucionário, teve como pena capital a morte através da
crucificação.

Crê-se que os Drusos são de origem ignorada, fora das que habitam hoje, tendo
se instalado ali desde o século XI da era Cristã, falam o árabe, antes usavam
para comunicar-se um dialeto desconhecido e sem importância na época.

Eles são monoteístas como os muçulmanos, pode-se afirmar que professam uma
mistura de Judaísmo, Cristianismo, Islamismo e Neoplatonismo
. Com a junção
de várias religiões como podem afirmar os Drusos que são monoteístas?
Entretanto, a crença na reencarnação é aceita por eles como dogma básico, como
afirma também os adeptos da doutrina espírita.

Os Drusos crêem na “tanasukh”, uma transmigração da alma; sempre que um Druso
desencarna, nasce outro Druso para substituir o que se foi, a alma do moribundo
(não gosto de pronunciar esta palavra), entra no corpo de uma criança que está
vindo ao mundo, alguns exegetas admitem que os mesmos aceitam a metempsicose,
porém o Professor Yan Stevenson afirme que esta informação é falsa, em seu
livro, publicado em 1980, vinte casos sugestionáveis de reencarnação, pp.4-(6).

Essa crença extrapola os limites, já que tantas crianças afirmam
veementemente recordar-se de vidas passadas, seria um caso a se estudar mais
amiúde, embora a obra do grande Stevenson “Lebanon and Turkey Cases of the
Reincarnation Type” comente o fato narrando da seguinte maneira: “Embora meus
companheiros e eu tenhamos, até agora, investigado 79 casos do tipo
reencarnação, no Líbano e na Síria, existem motivos para acreditar que mais
casos serão ali encontrados, do que em qualquer outra parte do mundo, quando
financiamentos e pesquisadores forem suficientes para identificá-los e
investigá-los.”
(Stevenson, 1980, p.oito).

O dogma também tem a sua força mesmo não sendo um conhecimento cientifico
resultante de uma investigação criteriosa.

O que assusta aos estudiosos é o alto índice de crianças com memória
reeencarnatória, visto que, existe uma estimulação dos adultos sobre as
crianças, mesmo assim as vivencias pretéritas já fazem parte da vivencia diária
das crianças da comunidade.

Neste ponto podemos assimilar uma certa diferença entre a doutrina espírita
através da codificação, que já é fato certo e consumado e a crença dos Drusos
ainda depende de um estudo mais aprofundado. A reencarnação automática que eles
professam, acredito só acontece com os animais e não com seres humanos.

“Outra concepção do Dr. Yan Stevenson”, a criança está se referindo a uma
curta encarnação entre uma anterior mais longa e rica de fatos lembrados e a
atual. Dr. Stevenson que entre sua vasta coleção de casos de reencarnação,
realmente ocorreram alguns exemplos ou casos de pacientes que se recordavam de
mais de uma encarnação, citou como exemplo, Swarnlata na Índia. (Stevenson,
1971, pp.105-127)”.

É uma bibliografia muito especifica a dos Drusos que merece atenção dos
exegetas do mundo inteiro, para ampliar esta pesquisa muito interessante, visto
que, o assunto é importantíssimo, principalmente está ocorrendo em países como o
Líbano e a Síria.

Dr. Stevenson em suas obras que tratam do assunto, inclusive o livro que foi
lançado no Brasil com versão em português, vinte casos sugestivos de
reencarnação cuja edição foi esgotada rapidamente, mostra a real importância do
estudo da reencarnação. Ele em suas pesquisas e estudos de mais de 30 anos já
comprovou mais de dois mil casos de reencarnação no mundo. Quem tiver
oportunidade de conhecer este livro que o faça que é de uma qualidade
excepcional e mostra a lisura de um estudioso que nem espírita é.