Amilcar Del Chiaro
Quando o homem começou a viver em grupos para depois formar tribos ou clãs, precisou criar regras de conduta, para disciplinar a convivência. Com o tempo essas regras ou leis, que eram mantidas pela tradição, passou a serem escritas em códigos como os Dez Mandamentos e o código de Hamurabi com cerca de 1780 anos antes da nossa era, com 282 artigos que trata desde a difamação, adultério, propriedade, divisão da herança, roubo, crime de morte e muitos outros que punia os escravos duramente. Os países criaram a sua Constituição e os seus Códigos Penais. Hoje se compreende que para existir um crime é preciso que exista lei que previna este crime. Portar, usar, induzir ao uso ou vender substâncias tóxicas, alucinógenas ou estupefacientes é crime que leva à prisão, excetuando-se as substâncias farmacêuticas, quando escorada em receituário médico. Entretanto, nossos legisladores começam a compreender a diferença entre traficantes e usuários, e ensaiam-se leis mais brandas com relação aos dependentes. Um grande número de pessoas já compreende que o usuário é vítima, embora muitos procurem o vício por conta própria.Somos de opinião que é preciso leis severas para com os traficantes, especialmente os grandes chefões, porque eles espalham a desgraça e a miséria, destruindo famílias e levando dependentes ao crime, para conseguirem sustentar o vício. Pouco a pouco as leis se aperfeiçoam, conforme os espíritos disseram a Kardec ainda no século XIX. Embora os legisladores e os executores da lei tenham que ser severos, a lei tem que ser pedagógica e a base deve ser o amor.