Amilcar Del Chiaro
Comunicar bem é crucial nessa época em que vivemos. O mundo transforma-se com uma rapidez impressionante, e para entender essas mudanças é preciso entender as mensagens que recebemos. Mais do que nunca é preciso transmitir com clareza e objetividade. Temos a impressão que as linguagens iniciáticas ou cifradas já passaram de moda, e a boa comunicação deve ser uma via de duas mãos. Jesus de Nazaré, comunicador por excelência, deixou uma mensagem cristalina baseada no amor. Mais do que chamar o homem para o Reino dos Céus, ele convidou-o amar, começando por amar a si mesmo. Embora discursando, o que aparentemente seria uma via de mão única, ele conseguia tal empatia com o auditório que as respostas vinham, não com palavras, mas com sentimentos, emoções. Num povo onde imperava a pena de Talião, o olho por olho, dente por dente, não havia lugar para o perdoai setenta vezes sete. Mas o magnetismo da voz e do olhar do jovem carpinteiro, fazia o seu público entender e aceitar. E a comunicação espírita? Vocês já pararam para pensar no diálogo formidável que Allan Kardec manteve com os espíritos? Quando vocês lêem O Livro dos Espíritos, o fazem passivamente ou dialogam, questionam e até mesmo discutem com o livro? Por algum momento vocês se colocaram no lugar de Kardec para conversar com os espíritos? Se não o fizeram, façam, pois verão o enriquecimento do diálogo, a segunda via do caminho funcionado. E na sua casa, com os seus, com os amigos, como vai a comunicação? Observe-se a si mesmo. Não somos apenas um ser que fala. Somos uma alma, ou espírito capaz de ter compaixão, de se sacrificar, de amar, de perdoar.. Experimente dizer a alguém: EU TE AMO. E observe a reação. Quase sempre é de susto, surpresa, mas passados os primeiros momentos a pessoa compreenderá que o seu amor não é interesseiro, nem sensorial, é apenas o amor, e vai gostar. E vai amá-lo também.