Fico triste e lamento quando ouço informações equivocadas sobre pessoas, instituições, práticas e atividades, cujo conteúdo divulgado denota o desconhecimento de quem se torna o autor desses equívocos, absurdos ou distorções que torna público.
Isso ocorre em todas as áreas. Calúnias, exageros verbais ou escritos, informações precipitadas, julgamentos pré-concebidos, inverdades produzidas ou inconscientemente divulgadas, formam o rol de pseudo-orientações que só prejuízos e confusões causam à vida pessoal ou coletiva de uma família, cidade ou nação.
Que o digam os bastidores políticos de uma pequena cidade ou mesmo do país, como ocorre em toda parte. Escândalos e corrupções que mancham a dignidade humana. Igualmente as manipulações que envolvem interesses nem sempre divulgados, em empresas, famílias, e na sociedade em geral. Que pena! É mesmo de se lamentar. Acabamos não percebendo que estamos prejudicando a nós mesmos!
Sim porque tais atitudes, manipulações e a busca desenfreada de interesses nem sempre recomendáveis, com prejuízos para terceiros – morais ou materiais – redundarão sempre em aflições no futuro, cedo ou tarde, exigindo reparações, além das lamentáveis consequências coletivas para toda a sociedade. Claro, pois um ato impensado, precipitado, imoral, traz desdobramentos em suas consequências que acabam por atingir outros que, aparentemente, não estavam envolvidos com a questão.
É que estamos todos muito ligados uns aos outros. E toda ação gera reações que longe estamos de compreender em sua totalidade.
Vejo, por exemplo, quantos preconceitos existem ainda entre ideias religiosas. Recebemos informações equivocadas e guardamos como paradigmas certos, como se completos e exatos fossem, muitas vezes frutos da ignorância ou manipulação maldosa de quem não deseja que a ideia seja aceita ou progrida no seio da sociedade.
Todavia, antes de combater ou vincular ideias e práticas a absurdos lamentáveis, deveríamos – isto sim – conhecer, até por uma questão de honestidade, para sermos igualmente um divulgador ou defensor da paz social, muitas vezes advinda da ideia que combatemos.
É comum, todavia, que quando algo não nos agrada, generalizarmos e acharmos que ela não serve, não presta. Todavia, aquilo que não nos serve, pode ser de grande utilidade para outros. Por isso, para citar essa única razão – entre outras inumeráveis – que direito temos de combater uma ideia e vinculá-la a algo que nossa ignorância não consegue compreender?
Temos visto, por muitos lugares, a confusão que fazem, por exemplo, da Doutrina Espírita, com práticas de magia, cartomancia, despachos, conversa com mortos, promessas, consultas a pretensos médiuns e espíritos inescrupulosos, em aspectos absurdos e totalmente distantes da seriedade e nobreza do Espiritismo. Ou atitudes de preconceito de uma religião para com outra. Para que isso?
Quem pode se arvorar como detentor da verdade absoluta? Não somos todos alunos de uma imensa escola?
E, por esta pretensa detenção da verdade, saem muitos a criticar ou a misturar a seriedade de homens, instituições e ideias, a práticas reprováveis e comprometedoras da dignidade humana. E isto tanto na religião, quanto na política, como na administração. Que pena! Que lamentável ainda nos perdermos com isso…
Muito melhor usar nossa voz no rádio, nossa imagem na TV, nossas mãos que digitam ou as páginas que fazemos circular pela imprensa como instrumentos de progresso, orientação e dignidade. Os resultados seriam a paz social, o progresso, a ordem, a felicidade.
Enquanto não aprendermos isso, a humanidade continuará a sofrer os efeitos de sua própria inconsequência.