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Empatia: caminho para a felicidade

Quando deparamos com uma pessoa que se encontra no “fundo do poço” e oferecemos a ela a nossa ajuda dizendo-lhe que “se precisar de ajuda é só contar comigo” e seguimos adiante…, neste caso estamos expondo apenas a nossa simpatia em relação ao outro.

Mas, quando tomamos a atitude de, além de oferecer ajuda, descemos até onde a pessoa se encontra e levamos a ela a nossa companhia fraterna, oferecendo-lhe e entregando-lhe o “ombro amigo”, colocando-nos no lugar dela, envolvendo o nosso coração no estado de miséria em que ela se encontra, apresentando-lhe propostas de soluções…, aí sim, neste caso estamos praticando a empatia.

Ser empático é colocar-se no lugar do outro, principalmente nos momentos mais difíceis por que o outro está passando.

É chorar com o outro a fim de ajudá-lo a aliviar as dores, colocando-se na condição de sustentáculo e de apoio para que o outro encontre forças necessárias para entender e compreender os benefícios dos momentos de aflição para o fortalecimento do entendimento e da compreensão do sentido da vida e da busca da felicidade.

Podemos utilizar desse recurso denominado “empatia” nas diversas situações da vida e nos mais variados segmentos da sociedade, assim vejamos:

1) Perante um colega de trabalho, recém chegado na empresa, quando nos colocamos à sua disposição e repassamos a ele os nossos conhecimentos e experiências adquiridas num determinado setor ou função, sem medo de que um dia ele possa se sobressair a ponto de se tornar o nosso chefe no futuro.

2) Quando estamos numa concorrência, a exemplo da conquista de um emprego ou de uma promoção profissional, ou de uma prova de vestibular, desejamos o sucesso para todos e torcemos para todos os concorrentes, indistintamente, e que vençam o certame aqueles que realmente alcançarem o merecido merecimento.

3) Quando na chefia de equipe, ou de equipes, possamos demonstrar a nossa liderança, com ênfase nas resoluções de conflitos, colocando-nos no lugar daqueles que se encontram em dificuldades diversas, resolvendo caso a caso de forma pacífica, nos parâmetros do bom senso.

4) Fazermos ao outro somente aquilo que desejamos fosse feito para nós mesmos, de acordo com a recomendação do Mestre Jesus para o bem de todos nós.

5) Evitarmos a sonegação de impostos, entendendo e compreendendo que essa atitude pode prejudicar as pessoas e até ao próprio sonegador, tendo em vista que faltarão recursos financeiros para a aplicação nos serviços de saúde e escolas públicas, etc.

6) Denunciar os descasos do poder público para com a população menos favorecida financeira e economicamente, ajudando-a na busca de soluções de melhoria para a sua comunidade e para as outras na mesma situação.

7) Honrar pai e mãe, no sentido de nos colocarmos no lugar deles, reconhecendo o que eles fizeram por nós, dando-nos a oportunidade da vida encarnada, dos primeiros passos e das primeiras palavrinhas balbuciadas, da educação e dos exemplos de vida.

Muito importante: atender e socorrer os pais em suas necessidades, principalmente quando estiverem na velhice, dando-lhes o devido apoio material e espiritual, colocando-nos no lugar deles e reconhecendo o que eles fizeram por nós, mesmo que apenas a oportunidade de existirmos… (Vide capítulo XIV de O Evangelho segundo o Espiritismo, sobre a passagem evangélica de Mateus 19: 18 e 19, Marcos 10: 19 e Lucas 18: 20)

Os exemplos são inesgotáveis, mas os listados acima já nos dão uma ideia dos benefícios da prática da empatia.

Então, caro leitor, dos exemplos acima percebemos que realmente a empatia é um dos caminhos eficazes para o sucesso e para a felicidade.

Pois, se é da lei da natureza que “é dando que se recebe” e que recebemos justamente aquilo que damos…

Logo, quem dá compreensão recebe compreensão; quem promove as pessoas, recebe promoção espiritual e promoção no trabalho e na vida como um todo, tornando-se uma pessoa cada vez melhor para a vida e para si mesmo e para os outros que estão a sua volta e os a distância.

Aquele que se envolve no bem da comunidade, com toda a certeza terá a comunidade defendendo-lhe onde e quando for necessário.

Aliás, a prática da empatia é oportunidade divina para desenvolvermos o desprendimento, a misericórdia, a satisfação de estarmos sendo úteis a alguém, a alegria de viver e de conviver, promovendo-nos ao estado de felicidade possível na Terra, conforme previsto na questão 920 de O Livro dos Espíritos.

Trata-se da felicidade moral, da consciência tranquila, que traz longevidade no sentido de qualidade de vida.

Pensemos nisso e reflitamos a respeito do tema exposto neste artigo.

Paz a todos!!!

Hyero Gonçalves
[email protected]