Ao contrário da postura egoísta predominante no atual estágio evolutivo da Terra, responsável pela crise moral da humanidade, o cultivo do altruísmo e da amorosidade por parte de cada indivíduo, seria capaz de combater muitas das aflições do mundo.
Enquanto o comportamento egocêntrico voltado aos próprios interesses, não levando em conta os interesses dos demais aprisiona, o cultivo da fraternidade, cria espaço para o espírito de coletividade, tão necessário para um planeta mais feliz.
Assim como todas as qualidades, o altruísmo, que se refere à capacidade de amar ao próximo, aprendendo a se colocando no lugar do outro, praticando a generosidade, pode ser cultivado a partir do esforço individual, não pela necessidade de reconhecimento dos outros, mas pela própria consciência movida pela vontade de tornar a vida mais significativa, buscando o progresso espiritual.
Para combater o egoísmo, a maior de todas as chagas da humanidade, os bons espíritos recomendam: “O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material”. (Livro dos Espíritos- Questão 917)
A luta para transformar os maus hábitos, buscando sentimentos mais puros como o amor e a solidariedade farão da humanidade, seres melhores e mais felizes. Somos capazes de nos preocupar com os outros, mas tal conquista exige perseverança e vontade em vencer os instintos egoístas ainda tão enraizados.
Ao contrário do que muitos podem pensar, ser altruísta não é abrir mão de si mesmo, mas aprender a agir de forma equilibrada, buscando o bem- estar pessoal e de seus semelhantes também. Como recomendou Jesus: “Amar ao próximo como a si mesmo”.
Por que certas pessoas são inclinadas a se dedicar mais aos outros? Porque descobriram a satisfação de praticar a generosidade. Observemos os exemplos de seres que passaram pela Terra e deixaram eternizadas as marcas da compaixão: Chico Xavier, Madre Tereza, Gandhi, Irmã Dulce, e tantos outros espíritos benevolentes, que conquistaram em sua jornada evolutiva a prática do altruísmo como instrumento da paz.
Lembrando a Oração de Francisco de Assis, um grande exemplo de conquista do altruísmo: “Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz…”.
Erika Silveira
