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A Cor dos Espíritos

no dia 20 de novembro se comemorará o Dia da Consciência Negra, instituído pela lei federal
nº 12.519/2011 para incentivar a sociedade a continuamente avaliar as injustiças e os desequilíbrios
causados pelo racismo e pelo preconceito ainda existentes no planeta, de modo a estimular a implantação
definitiva do respeito e da valorização do ser humano de forma universal, sem quaisquer tipos de
segregações.

Contudo, para os que pensam além das aparências da vida material, que se atentam em
considerar o aspecto espiritual do ser humano, a data expande o campo das reflexões, incluindo a alma
imortal no contexto. Por tal motivo é que trazemos a seguinte questão: o espírito tem cor, assim como os
corpos humanos?

Em “O Livro dos Espíritos”, obra básica da doutrina espírita, codificada por Allan Kardec,
há uma explicação interessante na questão 88-a, de que as almas são, figurativamente falando, como
chamas ou clarões, vibrando de acordo com sua pureza espiritual.

Os espíritos se melhoram no processo de conhecimento e amadurecimento alcançado
durante as experiências vividas em suas várias encarnações. Quanto mais moralizado o espírito, maior sua
pureza, destarte, se o víssemos em sua essência, concluiríamos que espíritos, como chamas, vibram em cor.
Não se empolguem os preconceituosos! As chamadas raças humanas não têm cores
diferentes em seus corpos por causa de seus valores morais. É tão-só efeito da genética, com direito a
explicações científicas.

Se as almas emitem uma espécie de “vibração colorida” que resulta do seu
desenvolvimento moral, nas “raças” branca, negra e amarela, há espíritos com todo tipo de “cor moral”, vez
que em todas há bons e maus, justos e injustos, dignos e indignos.

A cor do corpo físico nada significa, espiritualmente falando. O preconceito e o racismo
são injustificáveis sob todos os aspectos. Não amamos, só desperdiçamos oportunidades de construir uma
humanidade solidária e fraterna, julgando o valor das pessoas por suas aparências e cores físicas, quando
somente seus valores é que importam.

Até que o respeito mútuo impere e a igualdade seja reconhecida como um direito natural
que não permite exclusão ou desvalorização de nenhum ser humano, será preciso conversar sobre racismo e
o preconceito. Por isso aconselhamos: esqueça a cor, é preciso falar de amor.

Autora: Vania Mugnato