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A técnica do DCD

A técnica do DCD

O Dr. Augusto Cury (psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, com livros
publicados em 40 países) apresenta em seu fabuloso livro Seja líder de si mesmo,
uma técnica bastante positiva para superação dos conflitos existenciais. Ocorre
que todos (uns mais outros menos) vivemos angústias e conflitos interiores, debatemo-nos
em dúvidas, incertezas, indecisões e normalmente perdemo-nos em aparências ilusórias
que alimentamos sob pretextos vários. Igualmente deixamo-nos dominar por pensamentos
e posturas equivocadas de outras pessoas, esquecendo-nos de que todos guardamos
o tesouro das possibilidades dentro de nós mesmos. Por outro lado, permitimo-nos
escravizar por medos, neuroses, melindres, ressentimentos, mágoas e tudo o mais
que o leitor já conhece do comportamento e das tendências humanas.

Pois sugere o Dr. Cury que usamos a técnica do DCD, que significa Duvidar,
Criticar, Determinar. Sim, DUVIDAR das idéias dramáticas que muitas
vezes alimentamos; DUVIDAR das circunstâncias, pensamentos e fatos que nos deixem
deprimidos, tristes, magoados, ansiosos; DUVIDAR de sentimentos de inferioridade,
de complexos que nos atormentam a vida.

A partir daí, CRITICAR tais pensamentos, posturas e comportamentos. Com um detalhe:
em nós mesmos, não nos outros; CRITICAR pensamentos negativos, idéia perturbadora,
angústias, medos e inseguranças que surjam interiormente. Em, por fim, DETERMINAR
ser feliz, equilibrado, sereno, harmonioso consigo mesmo, tranqüilo; conquistar
o que mais ama e ser líder de si mesmo, ao invés de deixar-se conduzir. DETERMINAR
reações e comportamentos altruístas, idéias e posturas positivas que lhe tragam
alegria, bem estar e equilíbrio emocional.

Para alcançar esse estado de determinação interior, há que se passar pelo estado
de dúvida e crítica dos próprios pensamentos e sentimentos. Para isso, o autor sugere
uma reunião íntima (duas vezes na semana ou dez a quinze minutos por dia) conosco
mesmo. Em silêncio, uma viagem interior, para debater com nós mesmos nossas dificuldades,
problemas, neuroses, desafios, em busca de soluções e caminhos de libertação dessas
autênticas travas psicológicas e emocionais.

É algo exatamente interior, individual, numa mesa-redonda onde somos o
entrevistador e o entrevistado, os debatedores, críticos e conselheiros. Trata-se,
porém, de providência altamente saneadora de nossos conflitos. Claro que não dispensaremos
os amigos, o cônjuge, o médico, o psicólogo, mas estaremos em confronto com a única
pessoa que verdadeiramente pode apresentar as soluções que buscamos: nós mesmos.
Exatamente onde se escondem as causas e traumas que nos impedem atualmente de viver
como seres livres e pensantes, autênticos deuses em potencial.