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Aborto criminoso

O aborto criminoso, buscado pela jovem com ou sem a conivência de seu
parceiro, é uma calamidade a quem o pratica. O aborto, não natural, se
constitui, assim, a um despejo indesejado de alguém que, em retornando do
passado, seria aquela pessoa que partilharia conosco de venturas e desventuras,
até a nossa total maturação espiritual.

Com um aborto provocado, portanto, além de violentação orgânica perigosa,
você poderá estar extremando o ódio ou o desencanto de alguém que retomaria ao
palco da vida terrena para superar as suas próprias desditas ou limitações
morais.

A família é extremamente importante. Quando, pois, a mulher e o seu parceiro
aceitam a prática do aborto criminoso, estarão se comprometendo mais com os
antigos companheiros de infelicidade.

Saiba, pois, que no aborto criminoso existe alguém que se sentirá
profundamente lesado, frustrado em suas esperanças de renovação espiritual. É
alguém a quem você prometeu, espiritualmente, socorro, amparo, oportunidade de
reedificação e de esperança e, diante de quem você descumpre todas as suas
promessas. Esse alguém, embora abortado, será uma realidade.

Se você, contudo, anestesiar a sua consciência e expulsá-lo de modo tão
abrupto, tão criminoso, sob o pretexto de resguardar-se, você ignora quais sejam
as dolorosas conseqüências de sua louca resolução. Quem vinha, em seu ventre,
pode ser algum parceiro seu de passado não tão remoto e que, por isso, se
ajustará à sua atmosfera mental, trazendo-lhe danos irreversíveis. Será
duplamente seu inimigo !

Eleger-se-á, pois, como seu inimigo recalcado, impondo-lhe mais sofrimentos e
desditas ao longo de sua vida. Mais tarde, é certo, ele voltará a procurá-la, na
condição de filho-problema, envolvendo-a em muito trabalho e profunda
inquietude.

Saiba que é no aborto criminoso que se fermentam as grandes enfermidades da
alma, as grandes obsessões, alimentando o páteo de sanatórios e de prisões, já
que o aborto criminoso é o indutor de crimes hediondos, catalogáveis nos
compêndios da justiça criminal.

Não mate o filho no ventre, para que você não venha a complicar a sua
própria vida !

Texto extraído do livro “Filhos, como educá-los na visão espírita”