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Amar é caminho para saúde e felicidade

Curar as doenças do ser humano é algo que desafia incessantemente os homens
de ciência, levando o homem da ciência a buscar anos a fio por uma terapia
adequada para os mais variados tipos de enfermidades existentes e que ainda
estão por vir.

Isto se dá de forma permanente, porquanto ao lograrem bons resultados
terapêuticos frente a esta ou àquela enfermidade, logo outra surge pondo à prova
a inteligência e a persistência desses homens dedicados a minorar o sofrimento
alheio.

Todavia, aparece em nossos tempos, não que outrora não existisse, mas
descoberto por nós, e de forma bem categórica, o grande efeito curador do amor,
tornando-se a exteriorização desse sentimento uma autêntica panacéia no meio
científico ( 1 ).

O mais interessante desse novo tipo de “medicamento terapêutico” é que ele
não custa nada, pode ser ministrado por qualquer pessoa e se aplica com o
paciente perto ou longe do seu curador. Já tendo sido realizado por médicos, a
relação da enfermidade com a fé e a oração, que são cultivos do próprio
potencial de amar de cada um.

Antes de curar com o amor, muitos médicos estudiosos do assunto chegaram à
seguinte conclusão: quando se consegue que as pessoas curadoras amem a si
mesmas, algumas coisas incrivelmente maravilhosas começam a acontecer,
abrangendo não só o aspecto psicológico mas sobretudo o físico.

Ao tomar uma postura psicológica altamente positiva e altruísta, o mundo
físico interior do paciente sofre também alteração semelhante, melhora, cura-se,
reequilibra-se.

Necessário, assim, ao terapeuta induzir seus pacientes e a eles próprios a
sentirem e expressarem o amor. Muito se tem visto a questão do relaxamento
terapêutico que conduz o ser humano a esferas interiores, proporcionando a si
mesmo momentos de tranqüilidade e de refazimento, moldando como conseqüência uma
saúde mais plena, ou pelo menos o indício de tudo isso. E tem-se observado que o
retorno do paciente após essas terapias, ele retorna bem mais tranqüilo, em
comparação ao que havia iniciado. O seu tônus vibratório, pulsação, batimentos
cardíacos são paulatinamente reequilibrados dando uma sensação de bem estar
profundo.

Compete, antes de tudo, ao terapeuta, transmitir de forma persuasiva ao seu
paciente que ele é amado pelo seu curador e que ele, doente, é criatura digna de
ser amada, a atenção dada pelos profissionais da área de saúde será recurso
imprescindível no tratamento.

O amor é importante na cura porque é o mais significativo elemento da vida
humana, constituindo-se, sem embargo, como a síntese da vida em sua expressão
holística. Sugerimos a leitura do capítulo 18 do livro “Nosso Lar”, da série
André Luiz, psicografia de Chico Xavier, cujo título é “Amor – Alimento das
Almas”, edição da FEB. Somo criados pelo Amor (DEUS), e cada um de nós é parte
integrante desse amor, pena é que ainda não descobrimos ele inteiro.

O amor deve ser doado de forma espontânea, nunca compulsoriamente. Amar não
se impõe, é um ato de livre escolha. Ninguém deve ser constrangido a amar,
porque amar é movimentação energética do espírito que se transmite e somente
assim o faz quem a tem; não se falsifica condição energética sem a ter. Tudo que
é obrigado causa constrangimento e conseqüentemente superficialidade. Por isso,
ame não finja, e não force ninguém a amá-lo.

Erroneamente se fala em o “amor verdadeiro”, o que levaria à suposição da
existência de o “amor falso”. Dado, a várias interpretações erronias que existem
sobre o amor.

Ora, amor é amor, sem gradação alguma, e nós aduzimos: não se conjuga, em
essência, o verbo amar no passado ( eu amei ), porque quem ama nunca deixa de
amar. No presente e no futuro, tudo bem ( eu amo, eu amarei ) mas no passado,
não. É uma heresia ao amor.

Várias são as formas de passarmos a nos amar. Podemos recorrer à meditação, à
oração, utilizar a música em busca do bem-estar interior ou simplesmente nos
colocarmos diante de um espelho e dizermos a figura ali refletida que a ama, a
quer muito, que ela é muito bela e que tudo fará por amá-la para sempre, com
total fidelidade. Pare, agora, e olhe para você mesmo, já viu o quanto és uma
bela pessoa, olhe bem, não finja, você é belo, importante e merece ser amado,
primeiramente por você mesmo, pois você é o próprio fulcro gerador desse amor.

O trabalho do terapeuta é o de colocar o paciente de novo no caminho reto, ou
seja, aquele caminho que o levará a se valorizar, auto-perdoar-se e amar-se.
Isto significa fazer com que o paciente se sinta capaz de contribuir para um
mundo melhor, ofertando-lhe o seu amor.

O contato físico para a cura ( não é o sexual ) tem significativa
importância, é conveniente. E quando se ama, não se deve alimentar o receio de
abraçar o paciente, apertar sua mão, demonstrar carinho por ele através do
afago.

A alimentação do ressentimento pode conduzir pessoas até mesmo ao crime.
Aquilo que não se diz é, geralmente, o que mais dano provoca na criatura, doente
ou candidata a adoecer. O ressentimento é um veneno que nós mesmos tomamos e
esperamos que o outro morra.

Os nervos do ressentido se torna um gatilho prestes a disparar a exagerada
sensibilidade, pronto a explodir por qualquer motivo insignificante, nessas
horas apresentando um tipo de reação desproporcional ao fator desencadeador do
ressentimento. Se nos víssemos diante de um espelho nesse momento do revide,
verificaríamos uma transformação profunda em nossa entranhas até, mudança
radical da fisionomia e expressões físicas, desastrosas.

O verdadeiro terapeuta não é alguém que lança olhar superior sobre o doente,
mas aquele que considera o trabalho de cura como um diálogo e um aprendizado,
tanto para o paciente quanto para o curador. Paciente e terapeuta entram
naturalmente num processo através do qual um termina por curar o outro, porque
passa a haver entre os dois uma integração perfeita, um sentindo o que atinge o
outro, tal o grau de confidência a que chegaram. Essa interação se dá quando
existe algo favorável ou desfavorável que está sendo vivenciado por um dos dois.

Chegaram os estudiosos da terapia do amor à conclusão, até certo ponto já do
conhecimento público, que o fundamental é se amar o que se está fazendo.

Por índole ancestral o ser humano somente valoriza o que perde. Quando a
coisa perdida está à plena disposição pouco ou nada significa. Pois sem nos
valorizar, dificilmente valorizaremos os outros.

A vida saudável e seu dinamismo pulsante dentro de nós não o percebemos
quando estamos bem. Somente quando o véu da morte paira sobre a nossa cabeça nos
chocamos com a possibilidade do seu envolvimento.

Recobrando a saúde, voltando a disposição de realizar, sentimo-nos gratos,
lembramo-nos de Deus e a Ele costumamos agradecer quando alguém nos diz : “Como
você está bem!”. “Graças a Deus”, é a nossa resposta, invariavelmente.

O que é a cura? É toda uma movimentação química que ocorre no interior das
nossas células, conduzindo-nos à retomada da ligação com a vida na plenitude de
nossa capacidade de ação.

Curar-se é alcançar maiores níveis de capacidade de amar a nós, ao próximo e
à vida, é aquele estado que nos conduz à vida mais plena. Vamos, com isso,
notando que curar-se é, em essência, um fenômeno espiritual, pelo fato de ter a
sua gênese no espírito. A cura é, pois, espiritual. Corpo sadio é sintoma de
espírito saudável, feliz, que se ama. Devemos buscar objetivamente a saúde do
espírito, e não apenas do corpo, sendo esse procedimento o que os médicos mais
atualizados estão fazendo.

A síntese da mensagem de Jesus é que chegássemos ao patamar da nossa cura
espiritual, ao dizer que prosseguíssemos vivendo e que não continuássemos
pecando.

A cura analisada mais detidamente pelos pesquisadores da área ainda é um
mistério. A medicina moderna apoia-se em observações que, em sua essência, são
inexplicáveis. Chega-se à conclusão de que ninguém conhece a atuação de droga
alguma. Lógico que a maioria dos médicos prefere ignorar que não sabe de fato o
que ocorre, afirma apenas que tal remédio é eficiente, isso basta. Que importa,
nessas horas, como se dá o restabelecimento do organismo, que mecanismo são
acionados e como interagem? O cliente se curou ou foi curado, é tudo que basta.

A cura ainda permanece na fronteira existente entre o saber da ciência e a
força do pensamento. É desta região, se assim podemos chamar, que se origina a
cura. Chegar a este ponto crucial é o desafio existente.

No tratamento que conduz à cura existe um elemento que ultrapassa a técnica e
que é fator vital unificador de todos os agentes e métodos de cura que só agora
começa a ser explorado e utilizado – o amor.

O amor tem força curativa, porque leva ao relacionamento afetivo, a
capacidade de nos fundir, de nos tornar unos, mesmo que seja por breves
intervalos conosco mesmo, com o próximo, com a vida. “O amor é alimento das
almas”.

Disseram os autores do livro aqui utilizado como apoio que precisamos
encontrar um estado de harmonia entre nossas consciências intuitiva e
espiritual. Para tanto, é necessário termos em conta que o processo de cura
envolve a comunhão de três forças:

  1. Participação original e espontânea na vida, livre de julgamentos;
  2. Perceber as profundezas de onde emana o nosso envolvimento com a vida; e,
  3. Amar incondicionalmente.

Vale buscar a síntese do que acima acabamos de registrar, isto é, que amar é
imprescindível e o maior amor que já esteve aqui chama-se Jesus. Urge vivermos
seus ensinos como a única forma de curar e de nos curarmos. Quem se cura, pode
curar. Agora, quem ainda não alcançou a própria cura…

O Espiritismo, pois, ensina a amar quando afirma a necessidade de praticarmos
a caridade para atingirmos a felicidade de viver.

(1) Todos estes informes médicos/científicos estão apoiados no livro “Curar,
Curar-se” organizado por Richard Carlson, Ph.D e Benjamin Shield, livro da
Editora Cultrix