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Autoestima

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O que é autoestima? Auto – vem de “autós” do grego que significa de si mesmo, por si mesmo, espontaneamente. Estima – sentimento de importância ou do valor de alguém ou de alguma coisa; apreço, consideração, respeito. E ainda Estimar – ter em estima, apreciar, prezar, alegrar-se por algo, ter prazer em alguma coisa, ter consciência da própria dignidade, prezar-se . . . Então, o que estamos querendo dizer ao falar em baixa estima?

É que manifestamos certas inclinações (e elas não aparecem sem razão) de achar que os outros estão certos e nós estamos errados no que fazemos ou pensamos. Desde muito cedo nas nossas vidas acabamos desenvolvendo certas impotências porque somos censurados e reprovados. Quando isso acontece, o indivíduo registra nos seus sentimentos a falta de amor ou de carinho. A valorização que nossos pais e nosso primeiro grupo familiar nos proporciona é fundamental para nos sentirmos mais amados e aprovados. Desde muito cedo aprendemos que é muito grave não atender as expectativas dos outros, especialmente daquelas pessoas que gostam de nós.

É bom lembrar também que na trajetória eterna do espírito, podemos trazer a baixa estima de experiências passadas, de derrotas e fraquezas que ainda não superamos. Nesse caso viemos para superar tais dificuldades. Estaremos nos confrontando com situações que nos permitam superar a nós mesmos. Afinal de contas, estamos todos em permanente desenvolvimento e portanto, em estágios diferentes. Numa mesma família existe alguém que se mostra auto confiante e seguro e outro que se mostra pessimista e derrotado.

O processo educacional pelo qual passamos, geralmente causa erros e enganos na maneira de adquirir os nossos códigos de conduta, quer sejam sociais, morais ou espirituais. Somos educados para obedecer: desde pequeninos aprendemos que obedecer agrada os nossos pais e adultos de modo geral. Somos educados para dizer sim, jamais dizer não, jamais contrariar, e sempre concordar. Somos educados para não arriscar e todas as vezes em que cometemos ousadias fomos criticados. “Você ainda é pequeno”, “Você ainda é muito criança”, “Você ainda não sabe nada”, “Você ainda não pode” . Essas expressões são ainda muito leves e delicadas se levarmos em conta certas maneiras de educar mais rígidas e ortodoxas. Somos educados mais para o não do que para o sim. Ao longo da vida ouvimos milhares de vezes “nãos” em detrimento de poucos “sins”.

A gente ouve falar disso principalmente no trabalho. Por quê no contexto profissional sofremos mais abalos da nossa auto estima?

No trabalho isso se manifesta intensamente porque as situações do trabalho reproduzem as nossas experiências pessoais de sucessos ou insucessos com muita freqüência. A toda hora e todo dia somos julgados e classificados pelas nossas competências baseadas nos erros ou acertos que cometemos. O problema é que no trabalho os nossos insucessos e erros são tornados públicos. Desde o mau conceito no boletim escolar, os nossos fracassos tornam-se públicos. Na situação de trabalho esse problema se amplia, porque é, de fato, uma situação pública.

Os erros que cometemos nas nossas tarefas se tornam de conhecimento de muitas pessoas, e o nosso chefe representa naquela hora os nossos pais com um agravante: é como se a figura do nosso chefe somasse à reprovação dos pais mais a reprovação do público, e não raro, com o fato de ter entristecido a Deus ou ao “Pai do Céu” por termos cometido determinado erro. Não foi assim que nos disseram quando crianças que “Papai do Céu ficava triste com as coisas erradas que fazíamos?” As avaliações que nos fazem na empresa, na escola são portanto, exemplos de uma censura que pode nos afetar profundamente, se não tivermos sido educados para sermos vencedores e conhecedores dos nossos potenciais.