Richard Simonetti – richardsimonetti@uol.com.br
A senhora encontrou-se com Chico Xavier na rua. Ficou muito feliz. Após alguns minutos de bate-papo amigo, o médium convidou: – Vamos tomar um cafezinho no bar.
Ela estranhou, cogitando, intimamente: “Logo num bar? O ambiente ali deve ser péssimo”.
– Chico, vamos à minha casa. Fica perto. Lá estaremos à vontade.
Ao que o grande discípulo do Cristo, demonstrando ter lido seu pensamento, respondeu bem-humorado:
– Minha filha, quando um espírita entra num bar, ele vira um lar.
Como sempre, temos um ensinamento profundo na observação de Chico, apresentado na simplicidade de suas expressões. Frequentemente ouvimos pessoas reclamarem que enfrentam problemas sérios de influências espirituais, em face de contaminação em ambientes por onde andam. Impressionáveis, sem controle sobre suas emoções, afirmam:
– Não entro em locais profanos, como bares, restaurantes, lanchonetes… Vibrações deletérias…
Na atividade profissional:
– Não suporto o ambiente na empresa em que trabalho. Muita fofoca, palavrões, conversa fiada, gente mal orientada…
Até na atividade religiosa:
– Vai mal o grupo. Infindáveis discussões e divergências. O pessoal não se entende.
Se levarmos às últimas consequências essa postura, o ideal será mudar de planeta. Segundo nos informam os mentores espirituais, a Terra é um mundo de provas e expiações, habitado por Espíritos orientados pelo egoísmo, cujas vibrações mentais são tão densas que todo o planeta é circundado pela escuridão.
No livro Renúncia, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel reporta-se à Terra como a região das faixas negras.
Valha-nos Deus!
Imperioso considerar, amigo leitor, que mais importante do que o ambiente por onde transitamos é o ambiente que cultivamos.
Se estivermos bem psiquicamente, nenhuma vibração, nenhuma densidade fluídica, nenhuma influência espiritual nos afetará. Pelo contrário, nós influenciaremos o ambiente e as pessoas, porquanto é elementar que a luz sempre espanta as trevas.
Nossa estabilidade íntima e nosso equilíbrio emocional não podem, portanto, estar condicionados aos ambientes da Terra. Devem ser resguardados pelo exercício da oração e de todas as virtudes preconizadas e exemplificadas por Jesus ao longo de seu abençoado apostolado.
Em inúmeras oportunidades, Jesus transmitiu orientações aos discípulos quanto ao seu procedimento na divulgação da Boa Nova, em que haveriam de enfrentar a hostilidade de inimigos gratuitos. O Mestre recomendava (Mateus, 10:12-13):
E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a. Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
Está aí uma boa medida, capaz de nos preservar em qualquer lugar por onde transitemos. Saudemos as pessoas desejando:
– A paz esteja com todos!
Obviamente, façamos isso em pensamento, a fim de que não nos confundam com delirante pregador evangélico.
Se os que ali se encontram forem receptivos às nossas vibrações, ótimo! Depuraremos o ambiente.
Se não nos receberem bem, ainda assim teremos o melhor – a paz não nos deixará.
Ps.: Os conceitos aqui emitidos não expressam necessariamente a filosofia FEAL, sendo de exclusiva responsabilidade de seus autores.