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Cristianismo, Espiritismo e Mediunidade

Cristianismo, Espiritismo e Mediunidade

Mas, como dizia o sábio fariseu Gamaliel: (Atos, 5:35 a 40.)

“O que é obra dos homens se desfará, mas nada pode desfazer o que é obra de
Deus”.

Já dizia Kardec: “Contra a vontade de Deus não poderá prevalecer a má vontade
dos homens”.

E a mediunidade permaneceu como ponte viva entre os dois mundos.

É fácil comprovar a ressonância dos ecos mediúnicos do Tabor nos arraiais
espiritistas, afinal “O Livro dos Espíritos” foi todo composto com as vozes dos
Imortais.

Os dons mediúnicos são preciosíssimas oportunidades de serviço, e o único
privilégio que sancionam é o de servir e aprender.

Portanto, são injustificáveis as atitudes de endeusamento de médiuns e mais
ainda o envaidecimento dos que são portadores dos dons mediúnicos.

Parafraseando Paulo de Tarso, diz Emmanuel,

(…) Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de
que dispõe: esse orienta, outro esclarece; esse fala, outro escreve; esse ora,
outro alivia…

E aduz, com sabedoria, o nobre Mentor de Francisco C. Xavier:

De toda ocorrência, observa o préstimo.

Certos de que o pensamento é onda viva que nos coloca em sintonia com os
múltiplos reinos do Universo, busquemos a inspiração do bem para o trabalho do
bem que nos compete, conscientes de que as maravilhas mediúnicas, sem atividade
no bem de todos, podem ser admiráveis motivos a preciosas conversações entre os
esbanjadores da palavra, mas, no fundo, são sempre o exclusivismo de alguém, sem
utilidade para ninguém.

Recurso psíquico sem função no bem é igual à inteligência isolada ou ao
dinheiro morto: excelentes aglutinantes da vaidade e da sovinice!…

Em mediunidade, portanto, não te dês à preocupação de admirar ou provocar
admiração. Procuremos, acima de tudo, em favor de nós mesmos, o privilégio de
aprender e o lugar de servir”.

(Publicado no Boletim GEAE Número 379 de 11 de janeiro de 2000)