A expressão ecumenismo oferece um leque de opções na compreensão ou conceito
das pessoas. Pesquisei o Aurélio de bolso e ele me diz que ecumênico é sinônimo
de universal, que por sua vez significa comum a todos os homens, ou o que
abrange quase por inteiro um campo de conhecimentos, aptidões.
Descobri, no entanto, ao assistir a Assembléia de Estudos e Esclarecimentos
Bíblicos, no último final de semana, que o ecumenismo pode ser sintetizado numa
única palavra: RESPEITO. Naquele fórum eclético estavam o pastor Nehemias Marien,
da Igreja Presbiteriana de Copacabana, o padre Miguel Fernandes, de Brasília, e
o espírita paraibano Severino Celestino.
Numa convivência sobretudo fraterna, cada um componente do trio de
conferencistas manifestou livremente seus conhecimentos e/ou opiniões com a
audiência dos demais. Até mesmo no momento dos debates, as discordâncias foram
pacíficas. Encontro regido sob o clima da compreensão e respeito, em nenhum
momento houve quem dissesse que sua religião era a melhor nem manifestasse
interesse em converter ninguém para religião alguma.
Gostei deste detalhe, pois um fato que sempre lamentei foi a existência de
tantas discrepâncias neste mundo, visto que focalizamos um só objetivo: Deus.
Sabemos que nosso irmão Jesus não deixou nenhuma religião formal, mas dentre os
alertas, nos legou, através de seu exemplo, o ensinamento do mandamento-mor: o
amor incondicional, ou seja, que poderia sintetizar ou unificar em a religião do
amor, o que contemplaria a todos os credos.
Devemos, sim, “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo”, mas diante de nossa pequenez, levaremos ainda um certo tempo (e que
tempo, ou encarnações) para cumprir. As religiões, criadas pelos homens, são
apenas os diversos caminhos que visam o mesmo alvo: aproximar-se do Pai-Supremo.
Em geral, o que difere nas religiões são as formas de enxergar e conduzir a
mensagem cristã. Algumas de maneira mais clara, outras equivocadas, e por aí
vai. Religião é apenas um meio de referência de valores. Felizmente não seremos
salvos nem nos aproximaremos mais do Pai, por professar este ou aquele credo,
mas através de uma conquista evolutiva, norteada pelas boas obras que
praticarmos. Por mais atrasados que formos, um dia e paulatinamente todos
seremos anjos e chegaremos lá.
Mas retornando ao tema principal. Sou uma defensora número um da liberdade de
pensamento, sobretudo da capacidade de conviver com quem pensa diferente:
discordando, dialogando, mas acima de tudo respeitando. Divergir, sem dilacerar.
Abaixo a intolerância religiosa. Se o sol nasce para todos, imagine o seu
criador. Que a luz divina nos faça cada dia melhores e tolerantes para que se
concretize mais rápido a profecia deste rebanho ser conduzido por apenas um
pastor. Lembre-se: ecumenismo é respeito, acima de tudo.
Obrigada Senhor!