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Educação dos sentimentos

Somos movidos a sentimentos: positivos e negativos, os que nos elevam e os
que nos afugentam… Eles estão em nós, fazem parte de nós. Não tocamos, não
vemos, mas sentimos como uma força íntima que move nossas ações e a maneira como
lidamos com eles é que faz a diferença.

Mas como administrarmos tudo isso para investir numa qualidade de vida
satisfatória? A filósofa Rebeca Arruda, autora de uma tese de mestrado,
descobriu fórmulas para isso e afirma que Educação dos Sentimentos é um
ensino-aprendizagem de exercícios teóricos/práticos que promovem a qualificação
do caráter humano. Destaca a dicotomia egoísmo e amor e a inter-relação entre
ambos para analisar o processo.

Se observarmos bem a vida, descobriremos que nosso dia-a-dia, ou melhor,
nossas ações, são norteadas por altos e baixos, em termos de ânimo e de
tentativas de acertar, numa busca desenfreada pelo bem-estar. No entanto, por
sermos peregrinos em evolução espiritual ainda conduzimos resquícios que
necessitam serem educados.

Rebeca explica que existe uma larga diferença entre ser civilizado e ser
moralizado e o primeiro passo para a conquista desta moralização seria
transformar o egoísmo em amor, trabalhando os filhos do egoísmo: ambição,
orgulho, ódio, maldade e ciúme, que se desdobram em inúmeros descendentes
nocivos. A autora conceitua egoísmo como uma força magnética de redução, que
diminui as capacidades biopsicossociais e espirituais dos seres humanos.

Mas como seria o caminho da reversão energética? Ora, deixando sobressair o
antídoto do egoísmo, que é o amor e suas equivalências positivas, experienciando
a humildade (auto-consciência), fé, gratidão, justiça, piedade, prudência,
benevolência, indulgência, perdão, obediência, resignação, afabilidade,
solidariedade, paciência e fraternidade. Não de forma passiva, apática, mas
promovendo o amor, segundo ela, em contraposição ao egoísmo, como força
magnética de expansão que promove o aumento das capacidade biopsicossociais e
espirituais dos seres humanos.

Rebeca evidencia que todo sentimento é força energética qualificativa da
ação. Com base neste gancho, lembremos, caríssimos leitores, que tudo na
natureza é neutro e o homem é quem qualifica. Uma faca pode ser um útil
utensílio doméstico, coadjuvante no processo de uma deliciosa culinária, ou uma
arma que mata e destrói, assim como a bomba extermina nações, mas a de cobalto
salva enfermos do câncer. Até um mesmo avião que minimiza distâncias é utilizado
para assassinato coletivo.

Enfim, todos os sentimentos, bons ou maus, estão dentro de nós. Cabe a cada
um o processo de irmos combatendo aqueles aspectos que reduzem nossas
potencialidades, burilando-os e transformando-os, rumo à expansão da energia
benéfica, cristalina, crística e engrandecedora do ser.

Observem que quanto mais bombardearmos um recipiente com água limpa, a
sujeira vai automaticamente desaparecendo, para ceder espaço à limpidez. Assim
façamos com nossas atitudes, enraizando condutas salutares, através de hábitos
saudáveis para expulsar os empecilhos ao nosso crescimento e gerar conseqüências
satisfatórias.

Boa sorte nesta caminhada!

O Norte – 26/01/2003

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