Enfoque Evangélico
Na primeira carta enviada a Timóteo por Paulo de Tarso, a primeira vista pode
parecer que Paulo tenha condenado o dinheiro. Um estudo mais aprofundado mostra,
entretanto, que ele alerta não para o perigo do dinheiro em si, mas para o
perigo do apego a ele.
A Doutrina Espírita segue o mesmo raciocínio de Paulo. Ela nos ensina que o
interesse pessoal é o sinal mais característico de imperfeição e que o apego às
coisas materiais é um sinal notório de inferioridade” (Livro dos Espíritos,
questão 895).
Como Paulo, o Espiritismo não condena o dinheiro ou os bens materiais em
geral. Ensina-nos a usá-los com equilíbrio e com a devida consideração, em
benefício próprio e d próximo Eles podem ser utilizados para promover a
dignidade da pessoa humana e para a própria caridade.
O dinheiro e os bens materiais não prejudicam o homem.
Pelo contrário, são instrumentos preciosos para a edificação da criatura. O
que é prejudicial é o apego, é o seu uso inadequado, é a sua utilização para
alimentar o egoísmo e a sensações do corpo.
Paulo afirma que o amor ao dinheiro é a raiz de todos o males Igualmente, a
Doutrina Espírita nos ensina que este apego reforça o egoísmo e que este é a
raiz de todos os males de natureza moral
Se o apego aos bens materiais é sinal de inferioridade moral, o
desprendimento dos bens terrenos, sem o desprezo eles, indica progresso
espiritual Portanto, a melhor atitude par o ser humano é desapegar-se de tais
bens e empregá-los d modo a promover a dignidade das criaturas e a prática do
bem.
O Pirilampo – Maio de 2000