Marisa Cajado
Hoje resolvi relacionar tudo que eu tenho e me acompanha até agora, com o intuito de observar o que há de positivo e negativo em minha vida.
Estava na cozinha adiantando o meu almoço e olhei em torno. Abri a geladeira e estava tudo lá arrumadinho e conservado. Alcancei o fogão, e admiti que é uma maravilha a rapidez com que posso preparar a alimentação. Tudo já vem semi preparado, o gás atende ao acendedor num segundo. Lava-se a louça sem nenhuma dificuldade, com o auxílio do detergente. As panelas são de fácil manutenção e se forem mais velhas temos a atenção do Bom Bril. Fogão limpinho num instante com tantas e tantos oferecimentos de produtos maravilhosos. Quanta gente trabalha para que tudo isso chegue até mim.
Prestei atenção a meu corpo obediente ao meu comando, os olhos, os ouvidos, as mãos os pés, a fala…
Caminhei até a lavanderia para tirar da máquina que havia acabado de bater, as roupas cheirosas e brancas, ao embalo do sabão e do amaciante. Eu não tive trabalho nenhum, apenas as estendi. Olhei o ferro de passar que deveria utilizar logo mais, porém a maioria delas não precisaria ser passada.
E dizem que a vida está pior, meditei…
Cheguei na sala, a mesa posta, com tudo certinho. Olhei a xícara, o café, o pão fresquinho, a manteiga. Na sala de estar, a televisão aguardava o horário de ser ligada. No momento, no aparelho de som, soava uma melodia harmoniosa que enchia o ambiente de deliciosa paz.
No seu lugar o computador já a postos para comunicar-me com o mundo através da internet. Mais à frente, iria assistir uma palestra espírita, coisa que faço diariamente. Pensei no tempo esperávamos meses por uma carta.
Á noite leria no Ipad um dos livros preferidos. Imaginei quando para se ler algo era necessário preparar o papiro, a tinta das plantas, a cópia de algum artigo feito por copistas.
Cheguei até a sacada, brilhava o sol na manhã dourada. Uma brisa suave anunciava talvez uma chuvinha refrescante para a tardinha.
Pude ver o carro estacionado na garagem do prédio, pronto para servir-me quando dele eu precisasse.
O telefone soou. Era uma de minhas filhas a contar de sua vida, de suas conquistas, do seu trabalho.
Meditei na força da família que aprendeu a se amar sem exigências, repeitando as diferenças.
Mais tarde eu iria sair para levar o canto de amor no trabalho ao semelhante.
Quantas bênçãos enumeradas pensei.
Por tantas e quantas coisas positivas
Ergui ao céu meu olhar agradecido
E quando fui anotar as negativas
Ah! Já havia esquecido.
Assim desejei entrar o ano novo, com o coração repleto de gratidão, meditando nas bênçãos tantas que tenho recebido. Repensei a responsabilidade perante a vida, a necessidade de melhorar a cada dia, de honrar a oportunidade de crescimento.
Entendi que Jesus veio nos trazer o código moral da humanidade. A lei que rege os mundos ditosos. Haverei de lutar comigo para cumpri-la em mim. Sei que ela está escrita em minha consciência. Kardec mo revelou.
Depois deste entendimento, tudo ficou mais fácil e a fé dilatada impulsionando o crescer.
Abençoado seja 2015 por mais 365 páginas em branco para escrevermos nosso roteiro e torná-lo um roteiro de libertação.
Um grande ano a todos, meu abraço amigo e carinhoso.
Marisa
Luar de Esperança
Entrada de 2002
Cancioneiros doInfinito/Marisa Cajado
Hoje a lua está plena
Assim como gosto de vê-la.
Ela parece uma estrela
Pela romagem terrena
Vem anunciando esperança
Para o tempo que vem vindo
A luz solar refletindo
Nos sugerindo bonança.
A atmosfera terrestre
Em clara transformação
Vai seguindo a evolução
Na mesma trilha do Mestre.
Criados fomos, para a glória.
Unamo_nos então no amor.
Quanto mais luta mais dor,
Tanto maior, a vitória