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Equilíbrio perante os imprevistos

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Por Rita Foelker – para o site FEAL

A dinâmica da vida nos insere em experiências diversas. Conscientes de que somos seres em evolução nessa dinâmica, de que somos Espíritos imortais, podemos procurar agir com uma visão mais ampla e profunda dos acontecimentos.

Como? Eis um jeito de fazer isso: não dos deixando abalar pelo impacto de coisas que nos descontentam, pelos imprevistos, mas tentando perceber o seu sentido e a sua necessidade para a nossa melhoria.

Nem sempre a vida espera que estejamos preparados, para nos trazer suas questões (que, no fundo, são as nossas, refletindo nossas necessidades evolutivas). Em geral, a primeira coisa que fazemos em situações tensas é nos agarrarmos ao passado. Aos fatos semelhantes de outros tempos. Às possíveis consequências negativas ou desagradáveis que carrearam.

E esses pensamentos nos levam a nos enrijecer, perante a situação que se apresenta, quando seria mais importante nos soltarmos e ficarmos mais sensíveis, para agir com mais flexibilidade e confiança.

Essa tensão que nos colhe, no entanto, tem um motivo: ela vem do fato de encararmos negativamente as possíveis mudanças e de sonharmos com uma impossível estabilidade.

A estabilidade jamais esteve nas coisas, nem nunca estará: é a força da alma que nos concede serenidade, enquanto as circunstâncias externas são mutáveis. Não podemos determinar os acontecimentos, porque eles não obedecem aos nossos desejos e nem funcionam segundo a nossa lógica particular. Mas podemos solicitar inspirações e intuições no sentido de que venham boas ideias, visões de opções e de caminhos viáveis, sobretudo se estivermos imbuídos de bons sentimentos e com o coração aberto, além da mente positiva e receptiva.

Somos mais que o físico, somos mais até que aqueles nossos aspectos mentais e emocionais que, habitualmente, nos elevam ou nos derrotam, se não estamos vigilantes. Se não podemos controlar pessoas e acontecimentos, podemos escolher agir melhor perante eles!

É uma boa providência, em favor do equilíbrio interno e da harmonia, observar para onde dirigimos nossa atenção, nossos pensamentos. Para quais fatos. Quais coisas. Quais pessoas. E perceber como isso nos afeta. E dentro do conhecimento que a filosofia espírita nos proporciona, modificar pensamentos negativos, diluir estados emocionais pesados, de ansiedade ou sofrimento, que apenas nos desgastam sem ajudar, nem a nós mesmos, nem os outros eventualmente ligados à mesma circunstância.

É possível um equilíbrio, sim, ampliando a visão do que acontece, ter mais positividade e menos receios. Acreditar mais na sabedoria das leis do Universo e menos nas nossas preocupações que sempre vêm de uma limitação de perspectiva.

Desejo que hoje minha mente descanse na gratidão pelas bênçãos recebidas, na leveza e no parentesco universal com tudo aquilo que evolui e se torna mais inteligente, maduro e amoroso, enquanto atravessa suas vivências e desafios.

 

Ps.: Os conceitos aqui emitidos não expressam necessariamente a filosofia FEAL, sendo de exclusiva responsabilidade de seus autores.