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Espíritas, Amai-vos e Instruí-vos

Espíritas, Amai-vos e Instruí-vos

Podemos colocar a nossa Doutrina na sagrada bitola destas duas dinâmicas: Amor
e Instrução.

Sabemos que o amor é a máxima expressão da vida. E sabemos, também, que o amor
é a força de Deus que equilibra o Universo e os seres. O amor é fruto da nossa conquista
espiritual. O Espírito evolui, hoje, em nossos dias, ninguém mais contesta a lei
da evolução. Nos primeiros degraus da nossa longa jornada, o amor manifesta-se bruxuleante,
como um pequenino ponto de luz. Depois, essa luz vai aumentando e quanto mais crescemos
moralmente. O amor resplandece inundando a nossa Alma. O melhor conceito do amor,
nos o encontramos, cristalino, nas palavras de Emmanuel:

“O Amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os Seres da imensidade;
sem ele, a própria criação infinita não tem razão de ser, porque Deus é a sua expressão
suprema”.

Sim, meus amigos. Amor e Instrução, duas asas magníficas que nos ajudarão a nos
elevarmos dos pântanos poluídos, deste plano de provas, para alcançarmos esferas
mais diáfanas.

Instrução é o ato ou o efeito de instruir. E instruir é adquirir conhecimento.
E só adquirimos conhecimentos através de nossos estudos e, acima de tudo, através
das boas leituras dos bons livros.

Meus amigos, estudo é a fonte perene da nossa emancipação moral e espiritual.
Pelo estudo, abrimos os nossos olhos e aprendemos a separar o joio do trigo. A boa
leitura liberta-nos das preocupações vulgares e nos faz esquecer das atribulações
da vida. O bom livro, sem dúvida, é o nosso melhor amigo que nos dá bons augúrios,
bem como, nos coloca em sintonia com os grandes vultos do passado. Sim, meus amigos,
o bom livro é como uma voz que nos fala através dos tempos e nos relata os trabalhos,
as lutas, as descobertas daqueles que nos precederam no caminho da vida e que, em
nosso proveito, aplainaram as nossas dificuldades.

Não poderíamos almejar, maior felicidade, o poderemos, através do livro, comunicar-
nos, pelo pensamento, com os Espíritos Eminentes de todos os séculos e de todos
os países. Os sábios, os filósofos, os pensadores, os escritores, através da Ciência,
das Artes e da Literatura. Ao contato dessas obras que constituem o mais precioso
dos bens da humanidade, compulsando esses livros notáveis, pelos nossos estudos,
sentimos um engrandecimento íntimo, sentimo-nos felizes ao pertencermos ao gênero
humano. As irradiações dos pensamentos desses eminentes vultos, que incorporamos
em nossas leituras, estendem sobre as nossas almas, enriquecendo-as com aquele verdadeiro
tesouro que os ladrões não conseguem roubar e que as traças não conseguem destruir.

Meus amigos, nestas circunstâncias, saibamos escolher bons livros e habituemo-nos
a viver no meio deles em relação constante com os Espíritos Elevados. Rejeitemos
as obras imundas, rejeitemos a baixa literatura que nada edifica, mas que só serve
para poluir nossas mentes. Acautelemo-nos dessa sub-literatura pornográfica que
deixa, em sua passagem, a corrupção e a imoralidade.

Alguns amigos e confrades alegam falta de tempo para a boa leitura; entretanto,
tempo não lhes falta para certos prazeres fúteis e conversações ociosas; se quisermos,
sempre poderemos arrumar algum tempo para a boa leitura, basta querermos. Também,
não se pode alegar falta de dinheiro para a aquisição de livros. As bibliotecas
circulantes aí estão para empréstimo gratuito de bons livros. Em nossos dias, os
preços dos livros espíritas são acessíveis aos bolsos mais humildes. Assim, cremos,
que todos os interessados e estudiosos terão oportunidade para haurir instrução.

Sim, podemos alcançar o amor, no seu sentido mais amplo – cristão, podemos nos
instruir, através das nossas lutas íntimas, através do nosso trabalho na Seara do
Bem e através da nossa boa vontade. Lembremo-nos sempre:

“O livro edificante é o templo do Espírito, onde os Grandes Instrutores do Passado
se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam os mestres do futuro”.

(Nima Arueira – “in” – “Mensagens Esparsas” – psicografia de Francisco Cândido
Xavier).

(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 365 de Junho de 2001)

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