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Feliz Natal!

Um Feliz Natal para nós só existe de fato com o renascimento do Cristo em nós: Daí a frase paulina: “Continuarei sentindo as dores do parto, enquanto o Cristo não estiver formado em vós” (Gálatas 4, 19).

Há três tipos de renascimento: A) O biológico ou da carne. B) O renascimento do espírito (palingenesia ou reencarnação): “O Espírito sopra onde quer, e não sabemos donde ele vem (de qual vida anterior) e nem para onde vai” (para qual vida futura, destino). O renascer exclusivamente só da água do Batismo passou a vigorar com o banimento da doutrina da reencarnação do Cristianismo, a partir do Concílio Ecumênico de Constantinopla 2º (553). Na verdade, esse renascer é do líquido amniótico da bolsa em que vive o feto no ventre materno, que, para os sábios antigos, era simplesmente água, origem para eles de todos os seres: “E o Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gênesis 1, 2). Esse renascer é necessário, pois uma vida só é insuficiente para o espírito crescer: “Até que todos cheguemos à estatura mediana de Cristo” (Efésios 4, 13) e “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial” (Mateus 5,48). Quem já chegou lá? E não vale mais o chavão: “Trata-se de mistério de Deus”! C) O terceiro renascimento é o da transformação de nosso espírito para melhor.

E é nesse sentido que quero desejar Feliz Natal para todos nós brasileiros, especialmente para Lula, o nosso novo Presidente da República, e os demais eleitos que vão administrar o Brasil, para que o façam com honestidade, justiça e bom senso, rejeitando a demagogia e os radicalismos, esforçando-se para o entendimento e a solidariedade entre todos nós, empresários e empregados, ricos e pobres, pois só assim haverá de fato progresso, harmonia e paz para o Brasil.

E de igual modo é o meu Feliz Natal para todas as nossas autoridades religiosas do Brasil e do mundo, máxime as cristãs, para que despertem para a necessidade das reformas religiosas condizentes com a mentalidade do Terceiro Milênio, a qual não acata mais uma fé cega, anti-racional e imposta aos fiéis, à força, no passado, e sempre causa de tantas dissensões entre os cristãos! Urge, pois, que essas reformas venham urgentemente, caso contrário, vamos continuar tendo o dissabor de ficarmos assistindo à triste e lamentável cena de venda de igrejas e templos transformados em mesquitas muçulmanas, cinemas, restaurantes e até em boates, na Europa e América do Norte, e depois, inevitavelmente, no resto do mundo!

Que Feliz Natal signifique, pois, para todos nós a alavancada para um Brasil de uma mudança social mais cristã, mais justa e mais fraterna, e para um mundo mais identificado com as máximas evangélicas, que nos levam à verdade que liberta!

Feliz Natal!

Autor de “A Face Oculta das Religiões” (Ed. Martin Claret), entre outros livros. E-mail: [email protected]