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Filosofia Espírita

A Filosofia Espírita são os ensinamentos dos Espíritos superiores, repassados
aos homens na forma organizada pelo eminente educador e sábio Allan Kardec
(1804-1869).

Resumo do Ensinamento:

    1. Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
      Deus é eterno, único, imaterial, imutável, todo-poderoso, soberanamente justo
      e bom. Deve ser infinito em todas as suas perfeições, porque supondo-se um
      único de seus atributos imperfeito, não seria Deus.
    2. Deus criou a matéria que constitui os mundos;
      criou também seres inteligentes, que chamamos Espíritos,
      encarregados de administrarem os mundos materiais, segundo as leis imutáveis
      da criação, e que são perfectíveis pela sua natureza. Em se aperfeiçoando,
      aproximam-se da divindade.
    3. O espírito, propriamente dito, é o princípio inteligente; sua natureza nos
      é desconhecida; para nós, ele é imaterial, porque não tem nenhuma analogia com
      o que chamamos matéria.
    4. Os Espíritos são seres individuais; têm um envoltório etéreo,
      imponderável, chamado perispírito, espécie
      de corpo fluídico, tipo da forma humana. Eles povoam os espaços, que percorrem
      com a rapidez do relâmpago, e constituem o mundo invisível.
    5. A origem e o modo de criação dos Espíritos nos são desconhecidos; apenas
      sabemos que foram criados simples e ignorantes, quer dizer, sem ciência e sem
      conhecimento do bem e do mal, mas, com igual aptidão para tudo, porque Deus,
      em sua justiça, não poderia isentar uns do trabalho que houvesse imposto aos
      outros para chegarem à perfeição. No princípio, estão numa espécie de
      infância, sem vontade própria, e sem consciência perfeita de sua existência.
    6. O livre arbítrio se desenvolve nos Espíritos ao mesmo tempo que as idéias,
      e Deus lhes disse: “Podeis todos pretender a felicidade suprema, quando
      houverdes adquirido os conhecimentos que vos faltam e cumprida a tarefa que eu
      vos imponho. Trabalhai, pois, para o vosso adiantamento; eis o objetivo: vós o
      atingireis em seguindo as leis que gravei em vossa consciência.”
      Em conseqüência de seu livre arbítrio, uns tomam o caminho mais curto, que é o
      do bem , outros o mais longo, que é o do mau.
    7. Deus não criou o mal; estabeleceu leis, e essas leis são sempre boas,
      porque ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria
      perfeitamente feliz; mas os Espíritos, tendo seu livre arbítrio, nem sempre as
      observam, e o mau resultou, para eles, de sua desobediência. Pode-se, pois,
      dizer que o bem é tudo o que está conforme com a lei de Deus e o mal tudo o
      que é contrário a essa mesma lei.
    8. Para concorrer, como agentes do poder divino, á obra dos mundos materiais,
      os Espíritos revestem temporariamente um corpo material. Pelo trabalho que sua
      existência corpórea necessita, aperfeiçoam sua
      inteligência
      e adquirem, em observando a lei de Deus, os méritos que
      deverão conduzi-los à felicidade eterna.
    9. A encarnação não é imposta ao Espírito, no princípio, como uma punição;
      ela é necessária ao seu desenvolvimento e ao cumprimento das obras de Deus, e
      todos devem suportá-la, tomem o caminho do bem ou do mal; somente aqueles que
      seguem a rota do bem, avançam o objetivo e aí chegarem em condições menos
      penosas.
    10. Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade, que não é circunscrita à
      Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados no espaço.
    11. A alma do homem é um Espírito encarnado. Para
      secundá-lo no cumprimento de sua tarefa, Deus lhe deu, como auxiliares, os
      animais que lhe são submissos e cuja inteligência e caráter são proporcionais
      às suas necessidades.
    12. O aperfeiçoamento do Espírito é o fruto de seu próprio trabalho; não
      podendo, em uma só existência corpórea, adquirir todas as qualidades morais e
      intelectuais que devem conduzi-lo ao objetivo, ele o alcança uma sucessão de
      existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente no caminho do
      progresso.
    13. Em cada existência corpórea, o Espírito deve prover uma tarefa
      proporcional ao seu desenvolvimento; quanto mais ela é rude e laboriosa, mais
      mérito tem em cumpri-la. Cada existência, assim, é uma prova que o aproxima do
      objetivo. O número dessas existências é indeterminado. Depende da vontade do
      Espírito abreviá-lo, trabalhando ativamente pelo seu aperfeiçoamento moral; do
      mesmo modo que depende da vontade do obreiro, que deve fornecer um trabalho,
      de abreviar o número de dias que emprega ao fazê-lo.
    14. Quando uma existência foi mal empregada, é sem proveito para o Espírito,
      que deve recomeçar em condições mais ou menos penosas, em razão de sua
      negligência e de sua má vontade; assim é que, na vida, pode-se ser
      constrangido a fazer, no dia seguinte, o que não se fez na véspera, ou a
      refazer o que se fez mal.
    15. A vida espiritual é a vida normal do Espírito; ela é eterna; a vida
      corpórea é transitória e passageira; não é senão um instante na eternidade.
    16. No intervalo de suas existências corpóreas, o Espírito é errante. A
      erraticidade não tem duração determinada; nesse estado, o Espírito é feliz ou
      infeliz, segundo o bom ou o mau emprego que fez de sua última existência; ele
      estuda as causas que apressaram ou retardaram seu adiantamento; toma as
      resoluções que procurará pôr em prática na sua próxima encarnação e escolhe,
      ele mesmo, as provas que crê as mais próprias para seu adiantamento: mas,
      algumas vezes ele se engana, ou sucumbe não tendo como homem as resoluções que
      tomou como Espírito.
    17. O espírito culpado é punido por sofrimentos morais no mundo dos
      Espíritos,e por penas físicas na vida corpórea. Suas aflições são a
      conseqüência de suas faltas, quer dizer, de sua infração à lei de Deus; de
      sorte que são, ao mesmo tempo, uma expiação do passado e uma prova para o
      futuro: assim é que o orgulhoso pode ter uma existência de humilhação, o
      tirano uma de servidão, o mau rico uma de miséria.
    18. Há mundos apropriados aos diferentes graus de adiantamento dos Espíritos,
      e onde a existência corpórea encontra-se em condições muito diferentes. Quanto
      menos o Espírito é avançado, mais os corpos que ele reveste são pesados e
      materiais; à medida que ele se purifica, passa para mundos superiores moral e
      fisicamente. A Terra não é nem o primeiro nem o último, mas é um dos mais
      atrasados.
    19. Os Espíritos culpados estão encarnados nos mundos menos avançados, onde
      expiam suas faltas pelas atribulações da vida material. Esses mundos são, para
      eles, verdadeiros purgatórios, mas de onde depende deles saírem, trabalhando
      pelo seu adiantamento moral. A Terra é um desses mundos.
    20. Deus, sendo soberanamente justo e bom, não condena suas criaturas a
      castigos perpétuos por faltas transitórias; oferece-lhes, em todo o tempo,
      meios de progredir e de reparar o mal que puderam fazer. Deus perdoa, mas
      exige o arrependimento, a reparação e o retorno ao bem; de sorte que a duração
      do castigo é proporcional à persistência do Espírito no mal; que por
      conseqüência, o castigo seria eterno para aquele que permanecesse eternamente
      no mau caminho; mas, desde que um clarão de arrependimento entre no coração do
      culpado, Deus estende sobre ele sua misericórdia. A eternidade das penas,
      assim, deve ser entendida no sentido relativo, e não no sentido absoluto.
    21. Os Espíritos, em se encarnando, trazem com eles o que adquiriram em suas
      existências precedentes; é a razão pela qual os homens mostram,
      instintivamente, aptidões especiais, inclinações boas ou más que parecem
      inatas neles.
    22. O esquecimento das existências anteriores, é um benefício de Deus que, em
      sua bondade, quis poupar ao homem as lembranças, o mais freqüentemente,
      penosas. A cada nova existência, o Homem é o que fez de si mesmo; é o que fez
      de si mesmo; é para ele um novo ponto de partida, conhece seus defeitos
      atuais; sabe que esses defeitos são as conseqüências daqueles que tinha; disso
      conclui o mal que pôde cometer, e isso lhe basta para trabalhar a fim de se
      corrigir. Se tinha outrora defeitos que não tem mais, nada tem a se preocupar
      com isso; ele tem muitas imperfeições presentes.
    23. Se a alma jamais vivera, seria porque fora criada ao mesmo tempo que o
      corpo; nessa suposição, ela não pode ter nenhuma relação com aquelas que a
      precederam. Pergunta-se então como Deus, que é soberanamente justo e bom, pode
      tê-la tornado responsável da falta do pai do gênero humano, manchando-o com um
      pecado original que não cometeu. Em dizendo, ao contrário, que ela traz, em
      renascendo, o germe das imperfeições de suas existências anteriores; que ela
      sofre, na existência atual, as conseqüências de suas faltas passadas, dá-se ao
      pecado original uma explicação lógica, que cada um pode compreender e admitir,
      porque a alma não é responsável senão pelas suas obras.
    24. A diversidade das aptidões inatas, morais e intelectuais, é a prova de que
      a alma já viveu; se houvesse sido criada ao mesmo tempo que o corpo atual, não
      seria segundo a vontade de Deus fazer umas mais avançadas que as outras. Por
      que os selvagens e os homens civilizados, os bons e os maus, os tolos e as
      pessoas de espírito? Dizendo que uns viveram mais que os outros, e mais
      adquiriram, tudo se explica.
    25. Se a existência atual fosse única e só ela devesse decidir o futuro da
      alma para a eternidade, qual seria a sorte das crianças que morrem em tenra
      idade? Não tendo feito nem bem nem mal, não merecem nem recompensas nem
      punições. Segundo a parábola do Cristo, cada um sendo recompensado segundo
      suas obras, não tem direito à felicidade perfeita dos anjos, nem merece dela
      estar privado. Dizei que poderão, numa outra existência, cumprir o que não
      fizeram naquela que foi abreviada, e não haver mais exceção.

 

Extraído do livro “O que é o Espiritismo”
de Allan Kardec, FEB

Doutrina Espírita

“A Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo
material com os Espíritos ou seres do
mundo
invisível” (Allan Kardec – O Livro dos Espíritos).

Esse intercâmbio sempre acompanhou a humanidade, mas com a observação
minuciosa e metódica dos fenômenos, à luz da ciência,
Allan Kardec elaborou o Livro dos Espíritos
(1857), sistematizando o ensinamento filosófico dos Seres evoluídos.

Os princípios fundamentais são:

  1. Existe no Universo uma inteligência suprema, “causa primária de todas as
    coisas”, chamada Deus;
  2. “Deus é soberanamente justo e bom”;
  3. Há harmonia no Universo, e uma lei que vela por sua manutenção (lei de
    causa e efeito);
  4. Os seres vivos são imortais;
  5. Eles evoluem indefinidamente; essa evolução se inicia nas formas mais
    elementares de vida;
  6. Estes seres gozam, a partir de determinado estágio de sua evolução, de
    certa liberdade de ação (livre-arbítrio).

A Revelação Espírita veio preencher o vazio conseqüente do materialismo e
incerteza gerada pelo antiquado dogmatismo, oportunizando a compreensão e
aceitação através da inteligência e do raciocínio
lógico, sobre as questões fundamentais da nossa vida como:

  • quem somos?
  • que fomos antes?
  • que seremos depois?
  • por que estamos neste mundo?
  • por que sofremos?
  • por que tanta desigualdade e injustiça?
  • por que Deus permite tudo isso se é soberanamente justo e bom?

Para atingirmos a maturidade evolutiva, a Espiritualidade Superior vem
trabalhando desde meados do século passado, a transformação do
Mundo de Provas e Expiações a que
pertencemos, objetivando através da nova visão do mundo, um fim grande e
sublime: o do progresso individual da alma, através da
reencarnação e da evolução social indicando o caminho que conduz a esse fim, o
Mundo de Regeneração
, onde o bem prevalecerá ao mal.

Hoje, passados quase um século e meio de explorações, análises, e estudos dos
mais qualificados sábios, não há mais sombras de dúvida em relação a existência
do mundo espiritual. Porém, o ceptismo contra a Doutrina, ainda persiste em
alguns setores como resultante de uma oposição sistemática por interesse ou
conhecimento incompleto dos fatos, apesar de não reconhecerem como tal. Outras
pessoas conservam certa distância, por medo do desconhecido ou pelo preconceito
e ignorância no assunto; e muitas permanecem no imobilismo, devido ao
instinto de conservação, permanecem alienadas a
realidade das próprias existências.

Mundo

“O homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência,
em bondade e perfeição”

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Quanto à pluralidade dos mundos habitados, são unânimes nos diversos setores
do conhecimento humano. Várias culturas milenares já o mencionam, “O Livro dos
Espíritos” editado por Allan Kardec em 1857, os espíritos colocam claramente e
hoje a ciência já admite a existência de outros sistemas com vida semelhante a
nossa.

Na imensidade do Universo existem várias formas de vida e estão espalhadas em
muitas categorias de acordo com a evolução espiritual. E o mundo material faz
parte de um laboratório de purificação das almas pouco evoluídas que necessitam
de experiências carnais. Mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno,
preexistente e sobrevivente a tudo.

As principais categorias são:

  1. Mundos Primitivos
  2. Mundos de Provas e Expiações
  3. Mundos de Regeneração
  4. Mundos Felizes
  5. Mundos Celestes ou Divinos

Mundos Primitivos: servem de primeiras moradas da alma humana; são
rudimentares e de forma sem nenhuma beleza, nem delicadeza e benevolência com os
semelhantes. Vivem pelo instinto onde a força bruta é a lei.

Mundos de Provas e Expiações: Constituídos, em sua maioria, por seres
que já viveram e que realizaram certo progresso, mas ainda com numerosos vícios
e apegos as causas materiais, demonstrando uma grande imperfeição moral. A
Terra, é um desses mundos ingratos, cheios de misérias, perversidades dos homens
e ainda sujeito a hostilidade da Natureza, requerendo assim, penoso trabalho de
desenvolver, a uma só vez, as qualidades do coração e as da inteligência,
encarnação em encarnação, se depurando e se regenerando, tornando dignos da
glória que lhes estavam reservadas.

Mundos de Regeneração : mundo intermediário entre mundos de expiação e
os mundos felizes; as almas se depuram sem mais as paixões desordenadas e as
maldades que eram envolventes, porém ainda sujeita às leis que regem a matéria.

Mundos Felizes: o bem se sobrepõe ao mal e a convivência em perfeita
sintonia com a vontade do Criador.

Mundos Celeste ou Divinos: morada dos espíritos puros,
desmaterializados e resplandecentes de glória. A forma humana idêntica, porém,
embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada.

Para maiores conhecimentos leia:

  1. O Que é o Espiritismo – Cap. Terc. – Editora IDE – Allan Kardec
  2. O Pensamento de Emmanuel- Cap. I – Editora FEB – Martins Peralva
  3. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. III – Editora IDE – Allan Kardec
  4. Evolução em Dois Mundos – Primeira Parte – Editora FEB – Série André Luiz

“Na casa de meu Pai há muitas moradas”
Jesus

Alma e Pensamento

É a alma quem pensa sendo o pensamento, um atributo.

A palavra alma exprime três idéias distintas:

  1. Alma Vital: princípio da vida material e orgânica dos seres vivos.,
    (plantas, animais e homens)
  2. Alma Intelectual: inteligência (animais e homens)
  3. Alma Espírita: individualidade após a morte (homens)

Normalmente refere-se a alma ao ser imaterial e individual que em nós reside
e sobrevive ao corpo ou ainda: a alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo
apenas o seu envoltório.

Há no homem três coisas:

  1. O corpo ou ser material
  2. A alma ou ser imaterial
  3. O perispírito, laço que prende a alma ao corpo,
    princípio intermediário, semi-material, entre a matéria e o espírito.

Quando o homem morre ou desencarna tem:

  1. Espírito
  2. Perispírito

Normalmente refere-se apenas Espírito para melhor simplificar.

Para maiores conhecimentos leia:

  1. O Que é o Espiritismo – Cap. Terc. – Editora IDE – Allan Kardec
  2. O Pensamento de Emmanuel- Cap. I – Editora FEB – Martins Peralva
  3. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. III – Editora IDE – Allan Kardec

Inteligência

A inteligência é uma faculdade especial, peculiar a algumas classes de seres
orgânicos e que lhes dá, como pensamento, a vontade de atuar, a consciência de
que existem e de que constituem uma individualidade cada um, assim como os meios
de estabelecerem relações com o mundo exterior e de proverem às suas
necessidades.

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Instinto

O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência
propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao
passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.

O instinto varia em suas manifestações, conforme às espécies e às suas
necessidades. Nos seres que tem a consciência e a percepção das coisas
exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade, e à liberdade.

O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

Espírito

O Espírito é o elemento inteligente do Universo individualizado. É ele quem
pensa, a mente reflete e o corpo executa.

Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a
Trindade Universal
.

Esse elemento material vai desde o elemento grosseiro que conhecemos até o
fluido universal, primitivo ou plasma universal, que desempenha o papel de
intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita.

Geralmente se refere Espírito as individualidades dos seres extracorpóreos.
Devido a isso chamamos mundo espiritual (ou dos mortos) e mundo material (ou dos
vivos).

A criação dos Espíritos é permanente. Deus jamais deixou de criar. Porém, a
origem e o modo como processam nos são desconhecidos; apenas sabemos que foram
criados simples e ignorantes, mas com igual aptidão para tudo conhecer, passando
pela infância e depois ao despertar da consciência, o livre arbítrio, para
honrar a conquista progressiva adquirido pelas sucessivas existências nos
diversos mundos.

Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem
de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria.

Eles estão por toda parte, povoam infinitamente os espaços do Universo.
Normalmente convivemos lado à lado, diariamente, nos observam e atuam sem
notarmos. Os Espíritos são uma das potências da natureza e os instrumentos de
que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. Nem todos
(entende-se maioria na Terra) vão a toda parte, devido a grande densidade
fluídica de seus perispíritos, ainda muito enraigados a matéria. Esses ficam
próximo a crosta terrestre, na superfície ou até nas regiões subterrâneas.

Ordem simplificada dos Espíritos.

  1. Espíritos imperfeitos: predominância da matéria sobre o Espírito.
    Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes
    são conseqüentes. Condições da grande maioria que compõe a Humanidade. São
    compostos de cinco classes principais:
  1. Espíritos impuros: ocupação ao mal.
  2. Espíritos levianos: ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros.
  3. Espíritos pseudo-sábios: bastante conhecimento porém orgulhosos,
    hipócritas que iludem os incautos.
  4. Espíritos neutros: nem bons nem maus, são estacionários.
  5. Espíritos batedores e perturbadores: manifestam através dos efeitos
    sensíveis e físicos, como pancadas, movimento dos objetos, etc.
  1. Bons Espíritos: predominância do Espírito sobre a matéria; desejo
    do bem. Suas qualidades e poderes para o bem estão em relação com o grau de
    adiantamento que hajam alcançado. Esta ordem compõe-se de 4 grupos principais:
  1. Espíritos benévolos: bondade predomina.,
  2. Espíritos sábios: amplo conhecimento.
  3. Espíritos de sabedoria: qualidades morais e intelectuais.
  4. Espíritos superiores: reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade.
  1. Espíritos puros: nenhuma influência da matéria. Superioridade
    intelectual e moral absoluta, com relação aos Espíritos das outras ordens.
    Classe única: os espíritos que percorreram todos os graus da escala e
    despojaram-se de todas as impurezas da matéria. Não necessitam mais de
    reencarnar e são os mensageiros e ministros de Deus, atuando com grande
    responsabilidade na manutenção da harmonia universal.

Para maiores conhecimentos leia:

  1. O Livro dos Espíritos – Cap. I – Editora FEB – Allan Kardec
  2. O Pensamento de Emmanuel – Cap. II – Editora FEB – Martins Peralva
  3. Nosso Lar – Editora FEB – Francisco C. Xavier
  4. O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Editora FEB – Léon Denis

Perispírito

Envoltório vaporoso, semi-material que envolve o Espírito propriamente dito,
composto pelo fluido universal de cada globo.

Quando em vida, faz a ligação do espírito ao corpo; após a morte, permanece
unido ao espírito de forma organizado, representando o molde semeado na
existência do ser encarnado. Subsiste além do sepulcro, demorando-se na região
que lhe é própria, de conformidade de seu peso específico.

Do corpo para o Espírito, transmite sensações; do Espírito para o
corpo, conduz impressões.

Quando os Espíritos possuem determinada elevação, podem modificá-la, à sua
vontade, ser visível ou até tangível ao tato humano. Caso contrário, sob a
influência das leis que regem o mundo mental, ou sob ação de entidades cruéis,
como acontece nos processos de zoantropia (aparências de monstros
animalescos) e licantropia (aspecto de lobo) pode haver alterações na
forma perispiritual, independente da vontade do Espírito.

A existência do perispírito é conhecida desde a mais remota antigüidade,
tendo recebido várias denominações:
  • Entre os homens primitivos, CORPO-SOMBRA.
  • Entre os egípcios, KÃ.
  • Os teosofistas, CORPO ASTRAL.
  • Paulo de Tarso designa-o, CORPO CELESTE.
  • Filósofos do século XIX chamavam-lhe, MEDIADOR PLÁSTICO
  • Nas palavras de Jesus – “Os teus olhos são a candeia do teu corpo”.
  • Allan Kardec, codificando o Espiritismo, deu-lhe o nome de PERISPÍRITO.

Para conhecer melhor o assunto leia:

  1. O Pensamento de Emmanuel – Editora FEB – Martins Peralva
  2. O Livro dos Espíritos – Editora FEB – Allan Kardec

 

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