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Finados: boa ocasião para se pensar que a vida continua

Finados: boa ocasião para se pensar que a vida continua

Finados é a data comemorativa do calendário oficial que mais se relaciona com
o lado transcendental da nossa existência.

Nessa data, vêem-se inúmeras manifestações de apreço aos chamados “mortos” –
que na concepção espírita são Espíritos que continuam a sua jornada vivencial no
Plano Espiritual.

Considerando este tema importante para a Humanidade, Allan Kardec em “O Livro
dos Espíritos”, na questão 323, perguntou aos Espíritos Superiores: “A visita ao
túmulo dá mais satisfação ao Espírito que uma prece feita em sua intenção?” Ao
que os Espíritos responderam: “A visita ao túmulo é um modo de manifestar que se
pensa no Espírito ausente: é a imagem. Já vos disse: é a prece que santifica o
ato de lembrar; pouco importa o lugar, se ela é ditada pelo coração”.

Com o advento do Espiritismo, a partir de 1857, inúmeros pontos obscuros em
relação ao fenômeno da Morte ficaram esclarecidos de modo lógico, objetivo e
coerente com o Amor e a Justiça do Criador para com os seus filhos, a
Humanidade.

Pouco a pouco, o Homem está se familiarizando com os temas que versam sobre a
Espiritualidade. Isto porque o progresso intelectual, nesse sentido, é
estimulado pelos próprios Espíritos Superiores encarregados de promover o
interesse e a conscientização da Humanidade em relação aos assuntos espirituais
e às conseqüências morais.

Assim é que pelas próprias “forças das coisas”, investigações científicas no
campo do Espírito e da Paranormalidade avançam em vários centros de pesquisas e
estudos de caráter acadêmico, com reflexos nos segmentos mais intelectualizados
da sociedade.

Por outro lado, a mídia de massa, representada pelos meios de comunicação,
como a televisão, o teatro, o cinema, o vídeo, a revista, o livro, o jornal e
outros meios influentes, acabam difundindo nas camadas populares da população
novos conceitos sobre a Morte, a Reencarnação, a Comunicabilidade dos Espíritos,
a Vida Além da Vida e outros temas, facilitando o processo de transformação da
cultura e conseqüentemente, da mudança de conceitos e hábitos, pelo entendimento
racional sobre o “misterioso e o sobrenatural”.

Toda essa revolução silenciosa vem ao encontro dos objetivos da
Espiritualidade Maior, consubstanciados na mensagem de “O Espírito de Verdade”,
quando afirma em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “Os Espíritos do Senhor,
que são as virtudes dos céus, como num imenso exército que se movimenta, ao
receber a ordem de comando, , espalham-se sobre a face da Terra. Semelhantes a
estrelas cadentes, vêm iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos!”

Entretanto, em convívio com aqueles que não comungam as nossas idéias, a
atitude mais sensata é o respeito – seja um familiar, um amigo, um conhecido e
até mesmo desconhecidos.

Quanto à essa questão é oportuno lembrar a ponderação de Emmanuel: “Senhor
Jesus, (…) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos criou pelo
processo de produção em massa e que, por isso mesmo, cada qual de nós enxerga a
vida e os processos de evolução de maneira diferente”. (Psicografia de F. C.
Xavier – In Reformador, Fev. 73)

Pense Nisso. Pense Agora.

(Jornal Verdade e Luz Nº 178 de Novembro de 2000)